sábado, 30 de julho de 2005

ISTO VAI DE MAL A PIOR...

"Guterres deixou o país de tanga, Barroso mentiu ao eleitorado e desabou, Santana foi um intermédio penoso e Sócrates mentiu como Barroso e vai a caminho de um mau fim".


Vasco Pulido Valente

6 Comments:

At 30 de julho de 2005 às 15:09, Anonymous Anónimo said...

A virtude de saber decidir...
... não é o forte deste Governo. À força de se querer renegar a herança do “diálogo” que Guterres levou ao extremo, com os resultados que se conhecem, parece ter havido uma aposta clara na colagem a uma atitude mais afirmativa e levemente autocrática, ao estilo de Cavaco Silva. Sem sucesso.


Numa altura que Portugal está num ponto decisivo quanto a vários e avultados investimentos públicos o Ministro da Economia deslocou‑se à Ordem dos Economistas para, falar sobre a economia portuguesa, e justificar a melhor forma que permita à mesma sair da grave situação em que se encontra.

E para o governo, a questão é simples. No curto prazo o crescimento da economia portuguesa será sustentado pelo investimento público, independentemente dos efeitos colaterais, da qualidade e da racionalidade que o mesmo possa empreender. No longo prazo, a fórmula de sucesso, é o plano tecnológico.

Várias vezes Manuel Pinho estabeleceu analogias entre a Coreia (um bom exemplo) e Portugal, entre os quilómetros de auto-estrada que a Espanha têm e Portugal não têm, ou entre o TGV Espanhol, que curiosamente os espanhóis assumem não conseguirem rentabilizar e a necessidade de Portugal também possuir, sob pena de ficar ainda mais periférico. Ora mal de quem pensa, que o simples facto de se investir em rodovia e ferrovia, por si só garante robustez no crescimento e sustentabilidade no desenvolvimento.

Argumentos substanciais nem um. Não só isso como ficou sem resposta a maioria das perguntas que foram colocadas ao Ministro sobre a Ota e o TGV, os dois projectos mais proeminentes do plano de investimentos do Governo. O investimento público é de facto essencial a qualquer economia, mas não o pode ser a qualquer preço, sendo ponto assente que a economia portuguesa não precisa de mais investimento público... apenas e só de melhor investimento público.

Entre outras coisas, Manuel Pinho recorreu a manobras evasivas quando confrontado com um desafio para, à semelhança do que o próprio Ministro disse ter encontrado na Internet sobre o plano de investimentos espanhóis, publicar no portal do governo, os estudos que sustentam a decisão do governo em fazer avançar a OTA. Assistindo-se, portanto, a uma situação sui generis em que o Governo defende o investimento em grande obras públicas independentemente da sua racionalidade económica, que se recusa a discutir e que toma como dogma.

As medidas que de facto deveriam motivar o governo, as verdadeiras reformas estruturais, que deveriam ser bandeira, de um governo que se auto intitulou de diferente. Essas ficaram escondidas. E o futuro de Portugal passa pela reforma da educação, quer ao nível do financiamento, quer pela ligação entre universidades e mercado de trabalho de forma eficiente, evitando que o Estado gaste fundos em cursos que o mercado já não absorve. Passa por assumir que a pré falência da segurança social é um dado assumido, em 2020 o défice entre pensões e contribuições será quase de 10 % do PIB. Dois exemplos de como a dimensão dos problemas são manifestamente perigosos, para não se actuar de imediato, e de forma concertada.

Ora o governo, cometeu um enorme erro de análise. Sustenta as medidas com vista ao crescimento económico, e este até pode de facto acontecer, tal a dimensão do apoio financeiro que será criado, mas de alguma forma, poderá o plano tecnológico resolver os problemas estruturais da economia portuguesa, e permitir o seu desenvolvimento?

Esperava-se bem mais do titular da pasta da Economia, que saiu das Novas Fronteiras do PS com o rótulo de salvador da pátria.

 
At 30 de julho de 2005 às 15:10, Anonymous Anónimo said...

Há um ano atrás o país político, e o país jornalístico, encarou com serenidade e normalidade, quando não com divertimento, a fuga do Dr. Barroso. Poucos foram os que se indignaram por aí além quando o Dr. Lopes chegou a primeiro-ministro.

De normalidade em normalidade a paciência do comum cidadão foi-se esgotando ao ponto do pacífico Dr. Sampaio se vir na contingência de ter de despedir sumariamente o Dr. Lopes, cuja continuidade era simplesmente insustentável, não tanto para o tal país politico-jornalístico, que reagiu com surpresa, mas para o comum cidadão.

Convinha que o Eng. Sócrates se recordasse do contexto absolutamente excepcional que lhe permitiu ascender ao poder. E convinha que tivesse um bom plano B, que pode passar - simplesmente - por assumir um erro e pedir desculpa aos portugueses. É que - já se percebeu - não vai haver Ota, muito menos esta (b)Ota do Dr. Pinho e do Dr. Lino. Convinha mesmo.

 
At 30 de julho de 2005 às 15:30, Anonymous Anónimo said...

"ISTO VAI DE MAL A PIOR..." ATÉ NO PARTIDO SOCIALISTA:

«Sei muito bem que estou sozinho», diz Manuel Alegre

Manuel Alegre substituiu o seu habitual artigo mensal no jornal Expresso por «um conto», a que deu o nome de "O Quadrado".

Numa metáfora evidente à situação que ele próprio vive no PS, onde depois de assumir a disponibilidade para se candidatar a Belém viu Mário Soares passar-lhe à frente e colocar-se na linha de partida, Alegre escreve: «Sei muito bem que estou sozinho. Mas enquanto me bater a guerra não está perdida (...) É a guerra de um homem no meio do quadrado. Um homem que se bate, talvez em sonho, porque tudo é sonho (...) Não há outro sentido senão este. Lutar até ao fim.

O poeta refere ainda que «um homem não se rende. Não seria bonito. Seria, aliás, uma falta de educação».

É assim, neste tom magoado que Alegre se refere metaforicamente ao que, neste momento, sente e ao sonho que alimentou, o de ser candidato da esquerda à Presidência da República.

Sondado para o efeito pelo primeiro-ministro José Sócrates há mais de dois meses, com quem definiu uma conversa definitiva sobre a aceitação ou não de uma candidatura a Belém, para o fim de Julho, o deputado socialista foi sendo "empurrado" por vários sectores do PS, mas nunca sentiu um grande entusiasmo por parte da direcção do partido.

Exemplo disso mesmo, é o facto de Jorge Coelho nunca ter falado com ele sobre este tema. E, há cerca de três semanas, Alegre tomou conhecimento que Soares estava na corrida, através de um dirigente de outra força política, refere o Expresso.

Na altura, falou com Sócrates, mas a conversa não foi elucidativa. Poucos dias bastaram para que o chefe do Governo que comunicasse que era verdade, tentando convencê-lo a apoiar o antigo Presidente da República.

Indignado, Alegre fez o contrário, dado que se disse disponível para defrontar Cavaco Silva. Mas era tarde demais. Entretanto Mário Soares partiu de férias para com prioridades na agenda: tomar pulso ao país, dar atenção às sondagens e, sobretudo, cativar figuras do centro político.

Com o apoio garantido da esquerda - já que tanto o PCP com o BE deverão ter candidatos próprios, mas para desistir na recta final -, Soares tenta antecipar-se a Cavaco Silva nos apoios ao centro e deverá consultar todas as personalidades que, há dez anos, aceitaram integrar os órgãos sociais da sua Fundação.

Figuras do PSD como Pinto Balsemão, Rui Machete e Miguel Veiga, banqueiros como Artur Santos Silva, Raul Capela ou Jardim Gonçalves, e empresários como Belmiro de Azevedo, Ilídio Pinto, Américo Amorim e Vasco e João Pereira Coutinho, constam da lista.

De acordo com o que colaborador do ex-Presidente da República disse ao Expresso, «essas são pessoas que o dr. Mário Soares seguramente contactará.

Até Setembro, Soares anunciará a sua decisão. Aos mais próximos já comunicou que, se ganhar só fará um mandato, refere a mesma publicação.

 
At 30 de julho de 2005 às 17:15, Blogger J said...

O problema é só um: por causa de quem trabalha ou dirige merecer a justa recompensa, os dirigentes e patrões têm comido o pão todo, e, deixado as migalhas para os restantes. Isto assim é realmente complicado,e, só pode ir de mal a pior. Até aparecer, p.e., um novo D. Henrique, o navegador, que arranjou meios para as Descobertas, mas não se aproveitou deles!

 
At 30 de julho de 2005 às 19:12, Anonymous Anónimo said...

Vasco Pulido Valente é um amargurado, um revoltado com a vida e com o Mundo. É um homem sem fé, abandonado pela ex-mulher, Maria Filomena Mónica, que não vislumbra esperança para o País porque não conta viver muito mais tempo (tem andado doente). É um fatalista; é um espectro, uma sombra do que outrora foi quando escrevia para a revista infelizmente já desaparecida "O tempo e o modo". É incapaz de apresentar soluções, engana-se em 3/4 das previsões que faz e tem memória curta: tem vergonha de recordar que já fez parte do sistema que critica, enquanto deputado do PSD no tempo do Cavaco. É um rezingão. Escreve com um pH = 1. Mas nada como uma boa base para lhe estancar o ácido que exala por todos os poros, mesmo sabendo que apenas serve de correctivo porque aquele fel é incorrigível.

 
At 30 de julho de 2005 às 19:53, Blogger J said...

Talvez uma das novas descobertas seja então conhecermo-nos melhor uns aos outros...

 

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