terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

É NO ALGARVE E NO ALENTEJO... PALAVRAS PARA QUÊ?

Seca Extrema
Quando em Outubro, do ano de 2004, o ministro do ambiente Luís Nobre Guedes, veio a público afirmar que poderia faltar a água no Algarve na época de veraneio em 2005, logo foi crucificado, pelos empresários hoteleiros (?), pelos políticos algarvios e até por Sua Eminência Macário Correira, ex-ambientalista, hoje presidente da autarquia de Tavira, onde assina despachos de construção em plena Ria Formosa... adiante.
Hoje, quando as previsões dão seca extrema na região do Algarve, os mesmos que há 3 meses, diziam que o ministro estava a assumir uma postura catastrófica perante a região, e inclusive a fomentar a má publicidade da região no mercado inglês e alemão - o tal mercado que se abastece nos supermercados, tal a qualidade de turismo que os abomináveis empresários criaram - , dizem hoje que era impossível de prever que não chovesse de Outubro até hoje, e imagine-se preparam-se para pedir fundos para impedir a calamidade.
Ora, pode-se não gostar de Nobre Guedes.
Ele até pode ou não violado as regras na Arrábida, mas quanto ao Algarve deu uma verdadeira bofetada de luva branca a todos os parasitas da região.
Utilizou a cabeça num momento de lucidez, e pensou... a longo prazo.
Colocou a hipótese de não chover e pensou.
Ora, basta percorrer meio Algarve e perceber, que Macários, Vitorinos, Manueis da Luz e afins, fazem tudo desde rotundas a hóteis em cima da falésia, mas recusam-se liminarmente a pensar. Desconhece-se se tal se deve ao calor marroquino que bloqueia os neurónios, ou se por pura e manifesta incapacidade para tal... pensar entenda-se.
Hoje, as barragens estão a 14% (Arade).
Se em Outubro se tivesse iniciado um plano de pré-contigência de abastecimento de água - cortando a água selectivamente por concelhos em determinados períodos nocturnos e diurnos- e acima de tudo alertando a população para o problema, incitando esta a consumir de forma mais racional a água, hoje a barragem do Arade teria entre 22% e 28 % da sua capacidade.
Mas não.
O que é importante é a Fashionalgarve e o HermanSic na Penina.
Primeiro cantaram... no verão haverão de dançar...
Nota : As autarquias do Algarve deram o seu aval e apoiaram a construção do autodrómo do Algarve em Portimão.
A cerca de 15 kilometros de distância, está bloqueada a construção da barragem de Odelouca por questões ambientais, que motivou a Comissão Europeia a cancelar os fundos comunitários. As autarquias nunca moverão um linha para desbloquear a situação.
António

3 Comments:

At 1 de fevereiro de 2005 às 13:20, Anonymous Anónimo said...

Autarcas no seu melhor..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

 
At 1 de fevereiro de 2005 às 18:17, Anonymous Anónimo said...

É altura de pôr os ambientalistras e ecologistas à sêde.
Num País em que o avanço da desertificação é uma realidade, não se admite que este tipo de "gente" coloque não se sabe em nome de quem obstáculos à construão de barragens.
Aqui também está incluído o Sr Guterres com a barragem do Côa.
É preciso com urgência fazer o que já se faz em Espanha. Transvasos.
É necessário levar a água onde mais abunda ( Norte ) para locais mais secos como Alentejo e Algarve.
A Soares

 
At 2 de fevereiro de 2005 às 13:30, Anonymous Anónimo said...

Oh Sr. Soares:
O que é que o ecologistas e ambientalistas tem a ver com os broncos dos Presidentes das Câmaras Municipais?

Joana Silvestre

 

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