Entre 2001 e 2003, o número de agregados familiares com rendimentos superiores a 250 mil euros/ano passou de 26 802 para 2 144. “Desapareceram” precisamente 24 658 contribuintes, segundo as estatísticas do IRS reveladas pelas Finanças.
Perante este quadro, especialistas citados pelo JN sugerem que há claros indícios de uma evasão fiscal em larga escala, uma vez que a crise económica não pode explicar tudo.
“Esta quebra representa, na prática, uma redução do número de declarações na ordem dos 70% por ano, que, à primeira vista, não parece ser compensada pelo aumento do número de declarações em outros escalões”, diz Jorge Tainha, partner da consultora KPMG, acrescentando: “A observação deste simples facto deixa-nos uma questão: o que aconteceu às famílias portuguesas com rendimentos mais elevados?”.
Uma explicação possível é a “transferência” para um escalão de rendimentos mais baixos. Surge, aliás, um aumento significativo do número de agregados com rendimentos no intervalo entre os 50.000 e os 75.000 euros/ano, onde as declarações passaram de 43 317, em 2001, para 112 300.
Só que, mesmo contando com a crise, conforme questiona o especialista citado pelo JN, será crível uma quebra no rendimento em aproximadamente dois terços (de mais de 250 mil euros de rendimento anual para 50 a 75 mil euros)?
O Estado gastou mais 1,4 milhões de euros acima do previsto no Orçamento de Estado (OE) para 2004. A notícia é avançada pelo Diário Económico de hoje.
De acordo com dados da Direcção-geral do Orçamento, houve um descontrolo considerável na despesa corrente do sub-sector Estado no ano passado.
No total gastou-se cerca de 35 mil milhões de euros. Mas Manuela Ferreira Leite tinha previsto no Orçamento para 2004 um gasto de 33,5 mil milhões.
Isto é, um desvio de cerca de 1470 milhões de euros. Esta foi a segunda vez, desde 2000, que se registou uma derrapagem da despesa corrente do Estado, mas até agora nunca tinha atingido um valor tão elevado.
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25 mil ricos “desapareceram” de Portugal
Sinais de evasão fiscal nas declarações de IRS
Entre 2001 e 2003, o número de agregados familiares com rendimentos superiores a 250 mil euros/ano passou de 26 802 para 2 144. “Desapareceram” precisamente 24 658 contribuintes, segundo as estatísticas do IRS reveladas pelas Finanças.
Perante este quadro, especialistas citados pelo JN sugerem que há claros indícios de uma evasão fiscal em larga escala, uma vez que a crise económica não pode explicar tudo.
“Esta quebra representa, na prática, uma redução do número de declarações na ordem dos 70% por ano, que, à primeira vista, não parece ser compensada pelo aumento do número de declarações em outros escalões”, diz Jorge Tainha, partner da consultora KPMG, acrescentando: “A observação deste simples facto deixa-nos uma questão: o que aconteceu às famílias portuguesas com rendimentos mais elevados?”.
Uma explicação possível é a “transferência” para um escalão de rendimentos mais baixos. Surge, aliás, um aumento significativo do número de agregados com rendimentos no intervalo entre os 50.000 e os 75.000 euros/ano, onde as declarações passaram de 43 317, em 2001, para 112 300.
Só que, mesmo contando com a crise, conforme questiona o especialista citado pelo JN, será crível uma quebra no rendimento em aproximadamente dois terços (de mais de 250 mil euros de rendimento anual para 50 a 75 mil euros)?
Mais 1,4 milhões de euros
Estado ultrapassa valor previsto no OE para 2004
O Estado gastou mais 1,4 milhões de euros acima do previsto no Orçamento de Estado (OE) para 2004.
A notícia é avançada pelo Diário Económico de hoje.
De acordo com dados da Direcção-geral do Orçamento, houve um descontrolo considerável na despesa corrente do sub-sector Estado no ano passado.
No total gastou-se cerca de 35 mil milhões de euros. Mas Manuela Ferreira Leite tinha previsto no Orçamento para 2004 um gasto de 33,5 mil milhões.
Isto é, um desvio de cerca de 1470 milhões de euros. Esta foi a segunda vez, desde 2000, que se registou uma derrapagem da despesa corrente do Estado, mas até agora nunca tinha atingido um valor tão elevado.
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