segunda-feira, 6 de dezembro de 2004

EIS UMA HISTÓRIA DE PASMAR... [parte III]


Era uma vez uma ponte que dava o nome à cidade e ao concelho.
Em nome do progresso da "treta", autoriza-se a destruição da ponte...
O resto é uma "história de pasmar":

Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar
São Carita à Proa
Bugalheira a comandar
Ouvi agora senhores
uma história de pasmar

D. Bagão conta o pilim
D. Morais trata das velas
D. Guedes limpa com VIM
tachos pratos e panelas
D. Pereira na enfermaria
conta pensos e emplastros
E o D. António Mexia
põe vaselina nos mastros

Andava a nau bolinando
Sor abaixo sem destino
D. Bugalheira besuntando
seu ralo bigode
D. Carita mudo e calado
olhos fixos no além
espera nervoso e sentado
por notícias de Além

E eis que então de repente
sol a pino, era meio-dia
D. Bugalheira pára o pente
e berra para o vigia
Sobe à gávea meu marujo
sei que a borrasca me aguarda
e como à sina não fujo
então que venha a bernarda

Vê se topas de luneta
quem me quer fazer a cama
além desse El-Rei da treta
os autores de toda a trama
embora p'ra ser sincero
eu já os conheça bem
desde o Mourujo ao Francisco
e ao candidato de fora

E ainda a Adelaide
e o filho de uma rameira
que deitava p'la janela
os post’s dos blogues
foram muitos os traidores
devia ter estado a pau
malditos conspiradores
contra o comando da Nau

Da parte que toca a nós
sempre vos fomos leais
nunca criámos torós
borrascas ou temporais
Digo eu, D. Carita
e é a verdade acabada
se as coisas sairam tortas
foi a rosa a culpada

Cale-se lá um bocado
que isso é conversa fiada
Marujo: estás tão calado
ainda não viste nada?

Meu Capitão, vejo sim
vejo El-Rei muito animado
com os homens do pilim
e D. Zé Zé a seu lado
e também o D. Margalho
e ainda o Cardeal Jordão
perguntando se é possível
fazerem-lhe o funeral

A si e a D. Carita
e à tralha que vos seguiu
vão mandar-vos de fininho
p'rá p... piiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuu!!!
dizem que estão liquidados
e que a partir desta altura
estão mortos e enterrados
bem fundo na sepultura

Àh,ah,ah! deixa-me rir
bem enterrado uma ova
pois saibam que hão-de assistir
ao morto a sair da cova
Digo-vos eu Bugalheira
as vezes que for preciso
que ainda hei-de voltar
p'ra vos chagar o juízo


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