sexta-feira, 18 de março de 2005

AI... AI...


Depois de ler isto tudo …. Lembrei-me... Passo a citar:

“Chamam-te”Zé Ninguém”!” Homem Comum” e, ao que dizem, começou a tua era, a Era do Homem Comum. Mas não és tu que o dizes Zé ninguém, são eles, os vice presidentes, os importantes dirigentes do proletariado, os filhos da burguesia arrependidos, os homens de Estado e os filósofos. Dão-te o futuro, mas não te perguntam pelo passado.
Tu és herdeiro de um passado terrível. A tua herança queima-te as mãos, e eu que to digo.
Há algumas décadas, tu Zé ninguém, começas-te a penetrar no governo da Terra. O futuro da raça humana depende, a partir de agora, da maneira como pensas e ages.
És livre apenas num sentido: livre da educação que te permitiria conduzires a tua vida como te aprouvesse, acima da autocrítica.
Deixas que os homens do poder o assumam em teu nome. Mas tu mesmo nada dizes. Conferes aos homens que detêm o poder, quando não o conferes a importantes mal intencionados, mais poder ainda para te representarem. E só demasiado tarde reconheces que te enganaram uma vez mais.
Mas eu entendo-te. Vezes sem conta te vi nu, psíquica e fisicamente nu, sem máscara, sem voto, sem aquilo que faz de ti “membro do povo”. Nu como um recém nascido ou um general em cuecas. Ouvi então os teus prantos e lamurias, ouvi-te os apelos e esperanças, os teus amores e desditas. Conheço-te e entendo-te. E vou dizer-te quem és Zé ninguém, porque acredito na grandeza do teu futuro, que sem duvida te pertencerá. Por isso mesmo, antes de tudo mais, olha para ti. Vê-te como realmente és. Ouve o que nenhum dos teus chefes ou representantes se atreve a dizer-te: “
(…) continua

Ai … Ai…

Se ainda existisse o jornalista que relatava os acontecimentos teria terminado a descrição “ e esta, heim!”

Galateia de Pompeia

4 Comments:

At 19 de março de 2005 às 23:21, Anonymous Anónimo said...

Que aborrecimento se tornou isto...
metida a escritora, tenha um pouco mais de cuidado na escrita: tempos verbais e pontuação!

 
At 20 de março de 2005 às 11:15, Anonymous Anónimo said...

Em minha opinião a verdadeira motivação para o verdadeiro flagelo é outra. Trata-se apenas e simplesmente da mais profunda estupidez. Tenho alguma dificuldade em compreender os motivos pelos quais, sempre que alguma coisa foge do desejo somos levados a concluir que os verbos não fazem concordância com o sujeito…
“ Vamos a isso, porque é que não hei-de dar ouvidos a mais uma utopiazinha? Não há nada a fazer , meu caro doutor – sou e continuarei a ser um pobre diabo, o homem da rua que não tem opinião própria. Aliás, quem sou eu…”
Ouve escondes-te detrás da lenda do Zé Ninguém, porque tens medo de mergulhar e de ter de nadar no grande rio da vida,(…) A primeira de todas as coisas que não mais farás será consentir na percepção de ti próprio como sujeito insignificante e sem opinião, que afirma a todo o momento” mas quem sou eu…”
Aquilo a que chamas “opinião publica “ Zé Ninguém, nada mais é o que o total de todas as opiniões de todos os homens e mulheres ditos comuns. Todo o homem e mulher tem opiniões erradas e certas. Expressa as erradas porque teme as igualmente erradas dos outros homens e mulheres comuns – e esta a razão fundamental porque as opiniões correctas raramente são expressas.(…) Não fujas. Não fiques aterrado.(…)
“Oiçam isto! A conspurcação do meu patriotismo, da honra e gloria…”
Cala-te, Zé ninguém. Há dois tipos de tons: o rolar da tempestade sobre a montanha e – o teu peido. Não passas de um peido e julgas-te perfumado a violetas:”
Se quiser comprar o livro:
Escuta Zé Ninguém!
Wilhelm Reich
Publicações Dom Quixote
O meu é a 11ª edição de 1993.
Não conhece este livro senhor(a) anónimo!!!

Galateia de Pompeia

 
At 20 de março de 2005 às 17:53, Anonymous Anónimo said...

Não afirme o que desconhece, criatura escondida atrás de máscaras!
Por acaso tenho a 5ª ed.! Na altura também li e sublinhei...frui com entusiasmo, como se fosse uma Bíblia de novo humanismo. Continuo a apreciar, se assim não fosse não teria lido o seu texto. Não foi o conteúdo que me afligiu - logo tirou conclusões muito erradas e num tom bem pouco de acordou com as ideias do post! São erros mesmo! ( confusão presente/passado e pontuações que são verdadeiras excrecências!
A propósito: o som do peido é bem humano! Pena que se sirva da voz humana de forma tão pouco original e fraterna...a noção de pequenez começa em nós e na aceitação da crítica...você, de certeza, não é o Zé Ninguém! Pela escolha do pseudónimo se vislumbra o ego demasiado inchado.
...///:::

 
At 21 de março de 2005 às 18:56, Anonymous Anónimo said...

Nós, há medida que crescemos, vamos restringido o espaço da fantasia. Mas há um espaço de fantasia que não se pode restringir, e que é o espaço do sonho. A psicanálise veio dizendo ao "Zé Ninguem" que para ele estar em contacto com o alguém que está dentro dele, basta sonhar. E não há ninguem que o possa proibir disso, não se paga imposto, por enquanto...
Penso que o Orwell percebeu o problema da manipulação do pensamento, mas não percebeu que há um espaço no homem que jamais é manipulavel, que é o espaço do sonho, o espaço da fantasia, absolutamente inalienável.
Se o espaço do sonho e o espaço da fantasia nao fossem, de facto manipulaveis, nem os homens, nem as sociedades, seriam o que são.O poder atinge, no âmago, esse espaço, esmaga-o quase sempre. Não é possivel levar o dia obsecado pela incapacidade de satisfazer as necessidades mais básicas da existência- e é o que acontece à esmagadora maioria das pessoas que pisa este planeta incluindo aqueles em quem tropeçamos todos os dias, nas sociedades civilizadas...

Galateia de Pompeia

 

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