ERA UMA VEZ ou melhor duas, "era" duas vezes uma Constituição Europeia.
E nós, por cá, impávidos e serenos, até a nossa Constituição alteramos pelo prazer de nos pronunciarmos sobre um texto que, já duas vezes chumbado, nunca entrará em vigor com a actual redacção.
E se o arco do poder acha que referendar este texto para depois aprovar outro é um exercício de democracia estão muítissimo enganados e escusam de pensar que nos fazem passar por parvos.
A favor ou contra o texto, temos todos de ser contra este embuste. Que, para mais, tem um custo orçamental não dispiciendo.
- Ser contra esta "constituição" europeia NÃO é estar contra a construção europeia - há muito mais Europa para além do obrar da Convenção;
- A diversidade das razões que se aglutinaram nos ?NÃO? francês e holandês não constitui um fenómeno extraordinário ou inquietante - pelo contrário, trata-se de uma lógica corrente, mesmo banal, em qualquer eleição democrática actual. As pessoas têm a liberdade de decidir o seu voto baseadas em motivações díspares, aparentemente contraditórias ou idiossincráticas. Atacar um resultado eleitoral por esse prisma acentua uma aversão perigosa em relação às regras do jogo democrático.
3 Comments:
ERA UMA VEZ
ou melhor duas, "era" duas vezes uma Constituição Europeia.
E nós, por cá, impávidos e serenos, até a nossa Constituição alteramos pelo prazer de nos pronunciarmos sobre um texto que, já duas vezes chumbado, nunca entrará em vigor com a actual redacção.
E se o arco do poder acha que referendar este texto para depois aprovar outro é um exercício de democracia estão muítissimo enganados e escusam de pensar que nos fazem passar por parvos.
A favor ou contra o texto, temos todos de ser contra este embuste. Que, para mais, tem um custo orçamental não dispiciendo.
De uma vez por todas:
- Ser contra esta "constituição" europeia NÃO é estar contra a construção europeia - há muito mais Europa para além do obrar da Convenção;
- A diversidade das razões que se aglutinaram nos ?NÃO? francês e holandês não constitui um fenómeno extraordinário ou inquietante - pelo contrário, trata-se de uma lógica corrente, mesmo banal, em qualquer eleição democrática actual. As pessoas têm a liberdade de decidir o seu voto baseadas em motivações díspares, aparentemente contraditórias ou idiossincráticas.
Atacar um resultado eleitoral por esse prisma acentua uma aversão perigosa em relação às regras do jogo democrático.
63% disseram NEE à "constituição" europeia.
Esta já está materialmente morta embora ainda não formalmente enterrada.
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