quarta-feira, 19 de janeiro de 2005

O PÂNTANO...


O líder do CDS-PP, Paulo Portas, criticou hoje o documento apresentado pela Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social), alertando que "Portugal não precisa de uma atitude pessimista". "Fico não muito impressionado com documentos que habitualmente acentuam a depressão do país", afirmou Paulo Portas, num jantar com cerca de uma centena de empresários em Lisboa.
Ao mesmo tempo, na sua chafarica, um dos seus seus fieis escudeiros, Paulo Pinto Mascarenhas, atirava-se a João Salgueiro perguntando, e referindo-se ao Presidente da Sedes, "E se fizesse alguma coisa de útil?" (!)...
Ainda por aquelas bandas uma Inês Teotónio Pereira descobria virtualidades numa candidatura presidencial do Dr. Balsemão e na eventual entrada de João Pereira Coutinho no negócio dos média. Começando pelo fim tudo isto faz sentido, demasiado sentido, João Pereira Coutinho declarou-se contra o "pessimismo" dos média, contra o excesso de más notícias, contra a overdose de realidade e e aí que está a chave. Portas, e os seus acólitos, acredita piamente que se determinado tipo de problemas não forem debatidos publicamente então é como se não existissem, é a lógica pura e dura da avestruz.
A verdade, seja qual for, sobre o que for, é só para alguns.
A plebe, o povo, esses incultos a quem de tempos a tempos é preciso convencer a ir votar, uma maçada, não tem estaleca para perceber os problemas, deprime-se, alegam eles, precisa é de Big Shows SICs, Quintas de Celebridades e jogos de futebol para se entreter.
Uns democratas é o que é.
O pequeno facto de tudo o enunciado no documento da SEDES ser um lugar comum, absolutamente óbvio, e - entre alminhas intelectualmente honestas - absolutamente consensual é obviamente negligenciável até porque para esta tropa os factos não se discutem, fabricam-se. O pântano também é isto, resta saber até quando.
Manuel

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1 Comments:

At 20 de janeiro de 2005 às 14:24, Anonymous Anónimo said...

Coitado do Paulinho das Feiras!
Agora nem pode vir aos mercados a Ponte de Sor, que o Taveira Pinto acabou com eles.

Joaquim José C.

 

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