O PINTO BEM SE ESFORÇOU ...

Parece que o sistema de vigilancia a incêndios

utilizando os ultraleves

fabricados em Ponte de Sor,

afinal não vai para a frente.... (é pena)

"As suspeitas apresentadas por diversas entidades ligadas ao sistema de protecção e socorro acabaram por se comprovar. A maioria das medidas anunciadas em Dezembro de 2004 pelo primeiro-ministro Santana Lopes para melhorar as acções de prevenção e combate aos fogos florestais ficaram a meio.

O próprio secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, Paulo Pereira Coelho, admite ao DN que "poderá haver uma catástrofe neste Verão em termos de incêndios florestais".

Questionado sobre o que já foi executado do ambicioso plano contra os incêndios, o secretário de Estado cessante destacou que "está concretizado o comando único para as acções de vigilância, detecção e combate a fogos florestais, aprovado por unanimidade por todas as entidades envolvidas e que fica sob coordenação do ministro da Administração Interna".Sobre o mesmo plano - orçado em 131 milhões de euros, 17 milhões dos quais destinados ao aluguer de aviões e helicópteros -, Paulo Coelho deverá falar publicamente amanhã para "deixar ficar bem claro o que já foi feito e o que está a ser feito", revelou ao DN."Deixei pronto para ser lançado o concurso para aquisição de sistemas de comunicações mais eficazes, que possam estar operacionais já neste Verão e depois ser integrados no futuro SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal) para não se perder o investimento", adiantou.vigilância. Por concretizar ficou também a "vigilância em ultraleves fabricados em Ponte de Sor, equipados com sistemas de vídeo e infravermelhos, que quase detectam uma ponta de cigarro a arder na floresta", referiu o governante.

Em curso estão as acções de formação, na Lousã, para a criação das brigadas helitransportadas. "Temos de formar um grupo coeso, com nível académico e boas aptidões físicas para constituírem uma força de elite
de combate a fogos", diz Paulo Coelho. Por resolver em definitivo está ainda a forma de legalmente proceder à contratação desses elementos (ver texto abaixo).

Na sua opinião, "se o Governo não tivesse mudado, tudo ficaria pronto até ao final de Maio. Nesta altura já estávamos prontos para receber os equipamentos e dar formação aos elementos que os vão utilizar. Penso que quem vier a seguir - a nova equipa do Ministério da Administração Interna toma, em princípio, posse no sábado - deve rapidamente implementar as medidas contidas neste plano, que fariam evoluir muito a capacidade de prevenção e intervenção".

A "receita" de Paulo Pereira Coelho para esta evolução assenta numa "boa vigilância para detecção precoce dos incêndios e em forças rápidas de intervenção, de preferência aéreas para evitar os maus acessos do terreno e apagar o fogo logo à nascença". Em vésperas de abandonar o cargo, o secretário de Estado denuncia que neste sistema de protecção e socorro "há pequenos interesses instalados, que tentam impedir a mudança para não os perderem"."

in:http://dn.sapo.pt

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