ONDE É QUE NÓS JÁ VIMOS IGUAL?
O executivo da CM
e a relação
com os funcionários
«Um dos maiores erros da maioria deste executivo municipal reside na relação conflituosa que estabeleceu com os funcionários da autarquia.
A entrada numa organização de uma nova equipa de gestores traz sempre consigo a ameaça de um "terramoto" do ponto de vista dos funcionários: quem será mantido na chefia, como será o novo chefe, quem será deslocado para novas funções, e quais serão essas novas funções?...
Diz-nos a experiência que uma nova administração implica mudanças. Ora mudanças nos métodos de trabalho são sempre preocupantes, quando não “ameaçadoras” para os funcionários.
De qualquer forma, passado o ímpeto inicial, os novos ocupantes descobrem como os funcionários são necessários, e inicia-se, então, a fase de reajuste, negociação e normalização.
A entrada numa organização de uma nova equipa de gestores traz sempre consigo a ameaça de um "terramoto" do ponto de vista dos funcionários: quem será mantido na chefia, como será o novo chefe, quem será deslocado para novas funções, e quais serão essas novas funções?...
Diz-nos a experiência que uma nova administração implica mudanças. Ora mudanças nos métodos de trabalho são sempre preocupantes, quando não “ameaçadoras” para os funcionários.
De qualquer forma, passado o ímpeto inicial, os novos ocupantes descobrem como os funcionários são necessários, e inicia-se, então, a fase de reajuste, negociação e normalização.
É assim que habitualmente acontece.
Porém, tudo indica, não foi isto o que se passou na CM. O clima de desconfiança mútua inicial, ao invés de ceder, agravou-se. Espalhou-se sobre os funcionários uma desconfiança generalizada quanto à sua lealdade. A nova equipa fechou-se sobre si própria e, numa atitude a roçar a esquizofrenia, iniciou um processo de segregação e afastamentos selectivos, logo percebido pelos restantes funcionários. Daí aos processos intimidatórios foi um pequeno passo, seguindo-se os inquéritos em catadupa e alguns processos disciplinares.
Uma das atitudes que terá levado a este comportamento, impeditivo de um relacionamento honesto e produtivo dever-se-á à presunção e falta de humildade dum executivo com vergonha de fazer perguntas ou dizer "não sei".
Ora não é apenas porque se foi eleito, ou porque se é chefe, que temos obrigação de saber tudo.
Muitos dirigentes, no entanto, sentem que, se fizerem uma pergunta banal, estão a perder autoridade, a comprometer a sua imagem de chefe e de líder. Por isso, acabam por não perguntar, e em consequência, não saber.
Este executivo, provavelmente, ainda não percebeu que só há um tipo de pergunta idiota: aquela que precisava ser feita e não foi.
Perguntar, pedir explicações, e se não percebeu perguntar novamente é um comportamento, desejável e responsável, compreendido pela generalidade dos funcionários. É a atitude humilde e honesta de reconhecer que não se sabe mas que se quer saber, que é, normalmente, bem recebida. Pior é fingir que se conhece a matéria, diante de quem domina melhor os assuntos. Rapidamente os funcionários, na sua generalidade, compreendem que não apenas os novos ocupantes não sabiam, como perceberam uma inesperada fragilidade, não por desconhecer, mas por tentar esconder a sua ignorância.
Outro dos argumentos que pode ter sustentado uma posição hostil pode resumir-se nesta frase: "Não há problema em “vergar” os funcionários, e, se for preciso, até criticá-los e humilhá-los em público, porque eles não podem reagir às críticas".
É verdade, mas não é toda a verdade. Qualquer dirigente com um mínimo de competência e habilidade sabe que qualquer funcionário experiente responderia: "É certo que eu não posso reagir de forma pública, mas eu tenho as minhas formas de reagir".
Ora qualquer destes comportamentos da administração não pode ser mais pernicioso.
A experiência ensina que não compensa hostilizar o corpo de funcionários. Na grande maioria dos casos não há mesmo razão para tal. Os funcionários, em regra, têm brio profissional e nada os move contra uma nova equipa, desejando e ambicionando mesmo integrá-la. Não podem tomar a iniciativa porque correm o risco de serem mal entendidos. Aguardam apenas a oportunidade certa para mostrar sua utilidade e os seus conhecimentos.
Não é, pois, difícil para quem está no poder construir uma boa relação com os funcionários. É o que eles esperam e desejam, e é o que qualquer dirigente necessita.
Porquê então este aparente divórcio?
Uma das razões relaciona-se com todos aqueles problemas que com tanta facilidade foram criticados durante a campanha, mas que agora são da nova equipa e vão persegui-la durante todo o mandato, enquanto não forem resolvidos.
Por isso, não são casuais ou episódicas as acusações que se ouvem de que “isto está muito pior do que antes”, mesmo daqueles funcionários assumidamente apoiantes da actual maioria.
Por outro lado, esperam os munícipes, mas também os funcionários, que sejam programadas as medidas e acções, dadas orientações e os meios para que se possam resolver esses problemas e cumprir as promessas anunciadas.
Mas o que assistem é a medidas avulsas, muitas vezes desconexas e contraditórias, reveladoras de profunda ignorância nos procedimentos e na eficácia da gestão. O que vêem é uma organização cada vez mais apetrechada de meios humanos, e, simultaneamente, cada vez mais inoperante e desorientada, incapaz de responder às solicitações e, por isso, desmotivada e insatisfeita.
Por isso se fez uma reestruturação dos serviços! Afirmarão os incautos.
Mas esta reestruturação não será eficaz.
Nas actuais condições uma reestruturação apressada e não participada (elaborada no mês de Agosto?!...) é um equivoco que satisfará apenas algumas situações pontuais, mas agravará ainda mais o funcionamento da generalidade organização.
E não será preciso esperar muito para o comprovar."
N.R.:Este texto foi publicado no blog Mais Évora, mas como a escola dos Presidentes de Évora e Ponte de Sor é a mesma, resolvemos publicar o referido texto.
4 Comments:
Este executivo liderado pelo Dr.Taveira Pinto, só tem perseguido os funcionários da Câmara Municipal de Ponte de Sor.
Funcionários na parteleira, funcionários com processos, funcionários que desempenham funções fora das suas áreas funcionais, funcionários em degredo, funcionários que à custa de espedientes vários e de duvidosa
ética tem passado à frente de outros, etc, etc...
..."O clima de desconfiança mútua inicial, ao invés de ceder, agravou-se. Espalhou-se sobre os funcionários uma desconfiança generalizada quanto à sua lealdade"...
Esta frase diz tudo o que se passa na Câmara Municipal de Ponte de Sor.
Uma funcionária.
Esta funcionária, já aqui fez um breve rasenha do que se passa.
Muito mais, há...
Este Bugalheira é pior que um ditador da América latina...
«...Não há problema em “vergar” os funcionários, e, se for preciso, até criticá-los e humilhá-los em público, porque eles não podem reagir às críticas".»
É este a política do Bugalheira em relação aos funcionários da Câmara Municipal de Ponte de Sor.
Vai tudo bem?
Só há uma queixa!
Mas temos uma possibilidade de mudar isto tudo, não é verdade?
Vêm aí eleições.
A . Soares
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