Já estou tão habituado a levar estaladas pelos políticos desta democracia que por convicção continuo a defender, que nem fiquei incomodado com a divulgação pela TVI da reforma do ministro das Finanças paga pelo Banco de Portugal; o ministro ganha uma pensão porque trabalhou seis anos! Que é legal ninguém tem dúvidas, mas retira ao ministro qualquer autoridade moral para exigir reformas. E há mais.
Quando passou pelo banco de Portugal o ministro ainda aproveitou para obter um crédito à habitação que vence em 2017, estando a dívida em 55.899,93 euros; como que pode verificar pelos rendimentos declarados, o ministro não é propriamente um jovem em início de vida com dificuldades; é fácil de adivinhar que as condições oferecidas pelo Banco de Portugal serão mais favoráveis do que as da banca comercias e Luís Cunha aproveitou a oportunidade, mesmo tendo recursos financeiros mais do que suficientes para comprar a casa. Isto é, enquanto Ferreira Leite impunha o fim das bonificações para os mais jovens com o apoio militante de Vítor Constâncio, o Banco de Portugal tem mordomias que nada têm que ver com aquilo que o seu Governador quer impor aos outros portugueses.
O mínimo que se exige aos titulares de altos cargos públicos a quem cabe a adopção de medidas que implicam sacrifícios para os mais pobres é pudor e um comportamento exemplar.
«Desde logo, as taxas de juro sobem de 2,1% para 2,5%. Ou seja, a factura com os juros dos empréstimos contraídos pelas famílias vai aumentar 19% já no próximo ano e o ritmo, nos anos seguintes, será sempre crescente, com as taxas a atingirem 3,6% em 2009. Também a inflação, influenciada pela subida do IVA, vai disparar, corroendo o poder de compra das famílias. Um cenário temido por economistas. É que o endividamento médio das famílias portuguesas já atinge os 117% do rendimento disponível anual, de acordo com os últimos dados do Banco de Portugal. Acresce que, em 2006, mais 16 mil pessoas vão ficar sem trabalho, juntando-se aos 400 mil registados pelo INE. Ou seja, o desemprego vai aumentar a um ritmo mensal de 1300 pessoas e este quadro vai perdurar. Só em 2007, com previsões do PIB a crescer acima dos 2,0%, é que a economia começará a gerar novos empregos. O consumo das famílias só começará a crescer entre 2007 e 2009, quando se "dissipar o impacto sobre o rendimento disponível real dos ajustamentos de impostos indirectos, nomeadamente do IVA e do ISP", assume o próprio PEC.»
Eu até acho que "em condições normais" se deve mexer no estatuto remuneratório da classe (das classes) política centrando eventuais divergências face à função pública regular num número mínimo de aspectos (na remuneração mensal, por exemplo), sendo que o efeito até poderia ir no sentido de um aumento das remunerações desde que tudo o resto, reformas, subsídios e afins, fosse regulado exactamente da mesma forma. Mas não estamos em condições normais como podemos avaliar pelas recentes medidas governativas e pelo ruido de fundo da ameaça de contestações que já vamos ouvindo. E, já agora, como venho avaliando no meu cantinho de trabalhador do Estado com contrato individual de trabalho quase desde o momento em que iniciei contrato.
O nosso trabalhido de casa enquanto cidadãos que acabam de ser promovidos na hierarquia dos contribuintes líquidos é assumir uma postura de tolerância zero perante tudo o que seja laxismo e injustificação do lado da despesa, hoje mais do que nunca, porque também pagamos mais hoje mais do que nunca. E, infelizmente, há demasiada matéria absolutamente transversal a qualquer orientação ideologica do cidadão que reflecte, onde se encontra despesa absolutamente injustificada. Por isso, aplaudo o artigo de opinião de João Miguel Tavares no Diário de Notícias, intitulado "Os deputados têm de sofrer". Deixo-vos um excerto:
" (...) Se obrigar os ricos a pagar mais 2% e acabar com subvenções após 12 anos a pisar os mosaicos do Parlamento vale pouco dinheiro, estas medidas têm uma dimensão simbólica muitíssimo importante. Poupam-se insignificâncias, mas dão-se bons exemplos ao povo. Os deputados prejudicados, que já andam a fazer queixinhas aos jornalistas e a pressionar o Governo para adiar o fim das subvenções, estão a fazer pela vida - mas são bem tristes as suas figuras. Se todos têm de apertar o cinto, quem deve dar o exemplo não pode continuar com folga nas calças. Chamem-me demagógico num tempo de crise como este, ir ao bolso dos deputados é uma obrigação moral.
João Miguel Tavares"
Quantos funcionários públicos e trabalhadores do privado deixarão de ver respeitados os seus direitos adquiridos com as indispensáveis alterações legislativas a implementar? Alterar os limites ou as possibilidade de requisição de reforma antecipada (con a até aqui prevista perda de remuneração por cada ano de antecipação) não constitui uma alteração das regras contratuais e das expectativas de trabalhadores com décadas de trabalho? Convinha que os senhores políticos, perante a caça às notícias "demagógicas" a que alguns media se dedicam, encontrassem outras explicações/justificações para a acumulação de remunerações do Estadodo que as ouvidas recentemente da boca do ministro das finanças (que acumula pensão adquirida em seis anos no Banco de Portugal com vencimento de Ministro) ou do presidente do governo da região autónoma da Madeira (reformado mas ingualmente no activo). As suas justas justificações invocando os descontos devidos e o estrito cumprimento do lei, são as mesmas justas justificações com que qualquer trabalhador se poderá defender perante a alteração das regras do jogo. Acontece que para estes últimos, e perante a situação de crise nacional, essas justificações não podem ter provimento. Fica portanto mais complicado perceber como neste estado de emergência subsite "uma normalidade legal" apenas para quem desempenhou altos cargos nas várias estruturas do aparelho do Estado.
Será esta denuncia demagogia? Hoje, neste contenxto, é também um exercício de auto-defesa do Estado pelos cidadãos. Convinha os senhores políticos reflectirem bem nisso e interiorizarem verdadeiramente os tempos por que passamos e o que vamos ter pela frente em termos de contestação social. Convinha que o governo tivesse toda a coragem necessária e que olhasse um pouco para sabedoria popular deste género: "Para grandes males, grandes remédios."
COMO É QUE NÃO DEVIA TER, VEJAM O QUE VEM PUBLICADO HOJE NO INDEPENDENTE:
Ministro recebe reforma dourada Luís Campos e Cunha acumula ordenado com uma pensão de 115 mil euros do Banco de Portugal. Este é o ministro que vai aumentar impostos para moralizar os gastos do Estado Luís Campos e Cunha, ministro de Estado e das Finanças, acumula o ordenado de 6759 euros com uma reforma do Banco de Portugal (BP) no valor de 114 mil 784 euros anuais (cerca de 23 mil contos). O ministro que pretende colocar as contas públicas em ordem e moralizar os encargos do Estado, com um pacote de medidas de austeridade, reformou-se aos 49 anos. Depois de exercer as funções de vice-governador do banco central durante seis anos consecutivos. Entre Janeiro de 1996 e Abril de 2002, o professor de Economia trabalhou com os governadores da instituição, António Sousa e Vítor Constâncio. Quando terminou as suas funções em 2002, a ministra das Finanças,Manuela Ferreira Leite, recusou conceder-lhe um novo mandato. O “plano de pensões de reforma e sobrevivência” aplicável aos membros do conselho de administração do BP (plano III), que permite ao actual ministro a pensão de 114 mil euros anuais, entrou em vigor em Fevereiro de 1998. Graças à nova lei orgânica do banco. O ministro das Finanças era António Sousa Franco. E foi Sousa Franco quem, por proposta do conselho de administração do BP, criou este novo regime de pensões contributivo. António Sousa e Luís Campos e Cunha ocupavam, nessa data e respectivamente, os cargos de governador e vice-governador do banco central. Aos membros do conselho de administração basta concluir um mandato para beneficiar do regime do Fundo de Pensões do BP. Além disso, foi nessa época que os salários dos membros do conselho de administração também aumentaram. Os administradores deixaram de ser equiparados, para efeitos remuneratórios, a gestores públicos do grupo I. E obtiveram depois, segundo fontes do BP, prémios equivalente a duas dezenas de salários. Em 2004, Luís Campos e Cunha declarou rendimentos que totalizam 216 300 euros. Os rendimentos de trabalho dependente renderam menos de metade do total: 101 516 euros. A pensão paga pelo Fundo de Pensões do Banco de Portugal foi superior aos rendimentos obtidos por Campos e Cunha enquanto professor catedrático de Economia da Universidade Nova de Lisboa (UNL). O ministro foi director da Faculdade de Economia daquela universidade pública. Ou há moralidade... Luís Campos e Cunha, contactado pelo Independente, afirmou que este “é um direito adquirido, legal e legítimo. Qualquer pessoa, nas mesmas circunstâncias, teria direito à mesma pensão. A pensão está declarada no Tribunal Constitucional e sempre paguei impostos sobre essa pensão”. O ministro sublinhou que a sua pensão é “paga pelo Fundo de Pensões do Banco e não pela Caixa Geral de Aposentações, ou pela Segurança Social”. E afirma que a sua declarações depositadas no Tribunal Constitucional. Já o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Carneiro Jacinto, afirmou ao Independente que o ministro “Freitas do Amaral não recebe nenhuma subvenção estatal, simplesmente porque a lei não o permite”. Ou comem todos. O ministro das Finanças conseguiu um outro benefício no BP além da pensão.A declaração que depositou no Tribunal Constitucional indica que contraiu um empréstimo para aquisição de habitação própria permanente. E,em Fevereiro de 2005, a sua dívida ao BP, no âmbito desse empréstimo, era de 55 899 euros. As condições dos empréstimos do BP são concedidas aos seus funcionários sob cláusulas especiais: as taxas de juro estão muito abaixo das referências de mercado. Uma regalia legal do BP. A lei orgânica do BP caracteriza a instituição como “uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira e de património próprio”. Mas o governador e os demais membros do conselho de administração são nomeados pelo Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças.
Ele é um reformado de luxo. E você? pensão “não será no futuro acumulável com outras pensões”.
Em conclusão, o ministro Campos e Cunha diz: “Estou a cumprir rigorosamente a lei.” As afirmações do ministro surgem três dias depois da reunião extraordinária do Conselho de Ministros de 30 de Maio. O mesmo em que o governo decidiu promover a “revisão do regime legal aplicável ao exercício excepcional de funções por parte de funcionários, agentes ou outros servidores do Estado, aposentados ou reservistas, ou em situação equiparada, de forma a impedir injustificadas e desproporcionadas situações de acumulação remuneratória”. Campos e Cunha afirma que a acumulação da pensão com o vencimento de ministro é legal. O anterior ministro das finanças,António Bagão Félix, tem também uma pensão do Banco de Portugal (embora diferente da do actual ministro). Mas suspendeu esse benefício enquanto esteve no governo, como pode verificar-se nas declarações depositadas no Tribunal Constitucional. Já o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Carneiro Jacinto, afirmou ao Independente que o ministro “Freitas do Amaral não recebe nenhuma subvenção estatal, simplesmente porque a lei não o permite”. Ou comem todos. O ministro das Finanças conseguiu um outro benefício no BP além da pensão.A declaração que depositou no Tribunal Constitucional indica que contraiu um empréstimo para aquisição de habitação própria permanente. E,em Fevereiro de 2005, a sua dívida ao BP, no âmbito desse empréstimo, era de 55 899 euros. As condições dos empréstimos do BP são concedidas aos seus funcionários sob cláusulas especiais: as taxas de juro estão muito abaixo das referências de mercado. Uma regalia legal do BP. A lei orgânica do BP caracteriza a instituição como “uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira e de património próprio”. Mas o governador e os demais membros do conselho de administração são nomeados pelo Conselho de Ministros, sob proposta do ministro das Finanças.
É ESTE «SR» QUE QUER APERTAR MAIS O CINTO A TODOS NÓS.
Bela reforma! Com 49 anos, teve direito a uma reforma de 9.565,36 Euros por mês,(1.917.682$50). Agora quer que os Zés e as Marias tenham a reforma o mais tarde possível e com uma reforma de «merda». Tenham vergonha.
Governo suspende reforma antes dos 65 anos Para diminuir a despesa, o Governo decidiu suspender as reformas antecipadas no sector privado. O decreto-lei já foi aprovado em Conselho de Ministros
Coitado do Senhor Campos e Cunha, ganhou de ordenado € 8.459,72 (1.696.022$09) e mais uma reforma de 9.565,36 Euros por mês,(1.917.682$50, no total de € 18.025,08 (3.613.704$59).
Este senhor é como Bugalheira, perde dinheiro com a POLITICA.
«Sócrates solidário com ministro das Finanças. José Sócrates considera plenamente legal a situação de Campos e Cunha. O primeiro-ministro salienta que o ministro das Finanças vai continuar a acumular a sua reforma de vice-governador do Banco de Portugal com o salário de ministro.»
-Tanta responsabilidade ser governante! -Tanta responsabilidade ser deputado! -Tanta responsabilidade em ser autarca!
VAMOS DIZER SIM Á CONSTITUIÇÃO EUROPEIA PRA VER SE ALGUEM NOS COMANDA MAIS ACIMA DESTES FILHOS DA PUTA (COMO DIRIA O ALBERTO J. JARDIM). JÁ AGORA ....ONDE ANDA O VIGARISTA DO PRESIDENTE DA REPUBLICA. CAMBADA DE CHULOS.
«VAMOS DIZER SIM Á CONSTITUIÇÃO EUROPEIA PRA VER SE ALGUEM NOS COMANDA MAIS ACIMA DESTES FILHOS DA PUTA (COMO DIRIA O ALBERTO J. JARDIM). JÁ AGORA ....ONDE ANDA O VIGARISTA DO PRESIDENTE DA REPUBLICA. CAMBADA DE CHULOS.»
Diz «Sim» oh tapado pode ser que que f... ainda mais
17 Comments:
Já estou tão habituado a levar estaladas pelos políticos desta democracia que por convicção continuo a defender, que nem fiquei incomodado com a divulgação pela TVI da reforma do ministro das Finanças paga pelo Banco de Portugal; o ministro ganha uma pensão porque trabalhou seis anos! Que é legal ninguém tem dúvidas, mas retira ao ministro qualquer autoridade moral para exigir reformas. E há mais.
Quando passou pelo banco de Portugal o ministro ainda aproveitou para obter um crédito à habitação que vence em 2017, estando a dívida em 55.899,93 euros; como que pode verificar pelos rendimentos declarados, o ministro não é propriamente um jovem em início de vida com dificuldades; é fácil de adivinhar que as condições oferecidas pelo Banco de Portugal serão mais favoráveis do que as da banca comercias e Luís Cunha aproveitou a oportunidade, mesmo tendo recursos financeiros mais do que suficientes para comprar a casa. Isto é, enquanto Ferreira Leite impunha o fim das bonificações para os mais jovens com o apoio militante de Vítor Constâncio, o Banco de Portugal tem mordomias que nada têm que ver com aquilo que o seu Governador quer impor aos outros portugueses.
O mínimo que se exige aos titulares de altos cargos públicos a quem cabe a adopção de medidas que implicam sacrifícios para os mais pobres é pudor e um comportamento exemplar.
SÃO SÓ BOAS NOTÍCIAS
As que nos dá o ministro das Finanças:
«Desde logo, as taxas de juro sobem de 2,1% para 2,5%. Ou seja, a factura com os juros dos empréstimos contraídos pelas famílias vai aumentar 19% já no próximo ano e o ritmo, nos anos seguintes, será sempre crescente, com as taxas a atingirem 3,6% em 2009. Também a inflação, influenciada pela subida do IVA, vai disparar, corroendo o poder de compra das famílias. Um cenário temido por economistas. É que o endividamento médio das famílias portuguesas já atinge os 117% do rendimento disponível anual, de acordo com os últimos dados do Banco de Portugal. Acresce que, em 2006, mais 16 mil pessoas vão ficar sem trabalho, juntando-se aos 400 mil registados pelo INE. Ou seja, o desemprego vai aumentar a um ritmo mensal de 1300 pessoas e este quadro vai perdurar. Só em 2007, com previsões do PIB a crescer acima dos 2,0%, é que a economia começará a gerar novos empregos. O consumo das famílias só começará a crescer entre 2007 e 2009, quando se "dissipar o impacto sobre o rendimento disponível real dos ajustamentos de impostos indirectos, nomeadamente do IVA e do ISP", assume o próprio PEC.»
Eu até acho que "em condições normais" se deve mexer no estatuto remuneratório da classe (das classes) política centrando eventuais divergências face à função pública regular num número mínimo de aspectos (na remuneração mensal, por exemplo), sendo que o efeito até poderia ir no sentido de um aumento das remunerações desde que tudo o resto, reformas, subsídios e afins, fosse regulado exactamente da mesma forma.
Mas não estamos em condições normais como podemos avaliar pelas recentes medidas governativas e pelo ruido de fundo da ameaça de contestações que já vamos ouvindo. E, já agora, como venho avaliando no meu cantinho de trabalhador do Estado com contrato individual de trabalho quase desde o momento em que iniciei contrato.
O nosso trabalhido de casa enquanto cidadãos que acabam de ser promovidos na hierarquia dos contribuintes líquidos é assumir uma postura de tolerância zero perante tudo o que seja laxismo e injustificação do lado da despesa, hoje mais do que nunca, porque também pagamos mais hoje mais do que nunca. E, infelizmente, há demasiada matéria absolutamente transversal a qualquer orientação ideologica do cidadão que reflecte, onde se encontra despesa absolutamente injustificada. Por isso, aplaudo o artigo de opinião de João Miguel Tavares no Diário de Notícias, intitulado "Os deputados têm de sofrer".
Deixo-vos um excerto:
" (...) Se obrigar os ricos a pagar mais 2% e acabar com subvenções após 12 anos a pisar os mosaicos do Parlamento vale pouco dinheiro, estas medidas têm uma dimensão simbólica muitíssimo importante. Poupam-se insignificâncias, mas dão-se bons exemplos ao povo. Os deputados prejudicados, que já andam a fazer queixinhas aos jornalistas e a pressionar o Governo para adiar o fim das subvenções, estão a fazer pela vida - mas são bem tristes as suas figuras. Se todos têm de apertar o cinto, quem deve dar o exemplo não pode continuar com folga nas calças. Chamem-me demagógico num tempo de crise como este, ir ao bolso dos deputados é uma obrigação moral.
João Miguel Tavares"
Quantos funcionários públicos e trabalhadores do privado deixarão de ver respeitados os seus direitos adquiridos com as indispensáveis alterações legislativas a implementar? Alterar os limites ou as possibilidade de requisição de reforma antecipada (con a até aqui prevista perda de remuneração por cada ano de antecipação) não constitui uma alteração das regras contratuais e das expectativas de trabalhadores com décadas de trabalho? Convinha que os senhores políticos, perante a caça às notícias "demagógicas" a que alguns media se dedicam, encontrassem outras explicações/justificações para a acumulação de remunerações do Estadodo que as ouvidas recentemente da boca do ministro das finanças (que acumula pensão adquirida em seis anos no Banco de Portugal com vencimento de Ministro) ou do presidente do governo da região autónoma da Madeira (reformado mas ingualmente no activo). As suas justas justificações invocando os descontos devidos e o estrito cumprimento do lei, são as mesmas justas justificações com que qualquer trabalhador se poderá defender perante a alteração das regras do jogo. Acontece que para estes últimos, e perante a situação de crise nacional, essas justificações não podem ter provimento. Fica portanto mais complicado perceber como neste estado de emergência subsite "uma normalidade legal" apenas para quem desempenhou altos cargos nas várias estruturas do aparelho do Estado.
Será esta denuncia demagogia? Hoje, neste contenxto, é também um exercício de auto-defesa do Estado pelos cidadãos. Convinha os senhores políticos reflectirem bem nisso e interiorizarem verdadeiramente os tempos por que passamos e o que vamos ter pela frente em termos de contestação social. Convinha que o governo tivesse toda a coragem necessária e que olhasse um pouco para sabedoria popular deste género: "Para grandes males, grandes remédios."
COMO É QUE NÃO DEVIA TER, VEJAM O QUE VEM PUBLICADO HOJE NO INDEPENDENTE:
Ministro recebe reforma dourada
Luís Campos e Cunha acumula ordenado com uma pensão de 115 mil euros do Banco de Portugal.
Este é o ministro que vai aumentar impostos para moralizar os gastos do Estado
Luís Campos e Cunha, ministro de
Estado e das Finanças, acumula o
ordenado de 6759 euros com uma
reforma do Banco de Portugal (BP) no
valor de 114 mil 784 euros anuais
(cerca de 23 mil contos). O ministro que pretende colocar as contas públicas em ordem e moralizar os encargos do Estado, com um pacote de medidas de austeridade, reformou-se aos
49 anos.
Depois de exercer as funções
de vice-governador do banco central
durante seis anos consecutivos.
Entre Janeiro de 1996 e Abril de
2002, o professor de Economia trabalhou com os governadores da instituição, António Sousa e Vítor
Constâncio.
Quando terminou as suas funções em 2002, a ministra das Finanças,Manuela Ferreira Leite, recusou conceder-lhe um novo mandato.
O “plano de pensões de reforma e
sobrevivência” aplicável aos membros do conselho de administração do BP (plano III), que permite ao actual ministro a pensão de 114 mil euros anuais, entrou em vigor em Fevereiro de 1998. Graças à nova lei
orgânica do banco.
O ministro das Finanças era
António Sousa Franco. E foi Sousa
Franco quem, por proposta do conselho de administração do BP, criou este novo regime de pensões contributivo.
António Sousa e Luís Campos
e Cunha ocupavam, nessa data e respectivamente, os cargos de governador e vice-governador do banco central.
Aos membros do conselho de
administração basta concluir um
mandato para beneficiar do regime
do Fundo de Pensões do BP.
Além disso, foi nessa época que os salários dos membros do conselho de administração também aumentaram.
Os administradores deixaram de ser
equiparados, para efeitos remuneratórios, a gestores públicos do grupo I. E obtiveram depois, segundo fontes do BP, prémios equivalente a duas
dezenas de salários.
Em 2004, Luís Campos e Cunha
declarou rendimentos que totalizam
216 300 euros.
Os rendimentos de
trabalho dependente renderam
menos de metade do total: 101 516
euros. A pensão paga pelo Fundo de
Pensões do Banco de Portugal foi
superior aos rendimentos obtidos
por Campos e Cunha enquanto professor catedrático de Economia da Universidade Nova de Lisboa (UNL).
O ministro foi director da Faculdade de Economia daquela universidade pública.
Ou há moralidade...
Luís Campos e Cunha, contactado pelo Independente,
afirmou que este “é um direito adquirido, legal e legítimo. Qualquer pessoa, nas mesmas circunstâncias, teria direito
à mesma pensão.
A pensão está declarada no Tribunal Constitucional e sempre paguei impostos sobre essa pensão”.
O ministro sublinhou que a
sua pensão é “paga pelo Fundo de
Pensões do Banco e não pela Caixa
Geral de Aposentações, ou pela
Segurança Social”. E afirma que a sua declarações depositadas no Tribunal Constitucional.
Já o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros,
Carneiro Jacinto, afirmou ao
Independente que o ministro “Freitas
do Amaral não recebe nenhuma subvenção estatal, simplesmente porque a lei não o permite”.
Ou comem todos. O ministro das
Finanças conseguiu um outro benefício no BP além da pensão.A declaração que depositou no Tribunal Constitucional indica que contraiu um empréstimo para aquisição de habitação própria permanente.
E,em Fevereiro de 2005, a sua dívida ao BP, no âmbito desse empréstimo, era de 55 899 euros. As condições dos empréstimos do BP são concedidas aos seus funcionários sob cláusulas especiais: as taxas de juro estão muito abaixo das referências de mercado.
Uma regalia legal do BP.
A lei orgânica do BP caracteriza a
instituição como “uma pessoa colectiva de direito público, dotada de autonomia administrativa e financeira e de património próprio”.
Mas o governador e os demais membros do conselho de administração são nomeados pelo Conselho de Ministros, sob proposta
do ministro das Finanças.
Ele é um reformado de luxo. E você?
pensão “não será no futuro acumulável com outras pensões”.
Em conclusão, o ministro Campos e Cunha diz: “Estou a cumprir rigorosamente a lei.”
As afirmações do ministro surgem
três dias depois da reunião extraordinária
do Conselho de Ministros de 30
de Maio.
O mesmo em que o governo decidiu promover a “revisão do regime legal aplicável ao exercício
excepcional de funções por parte de
funcionários, agentes ou outros servidores do Estado, aposentados ou reservistas, ou em situação equiparada, de forma a impedir injustificadas e desproporcionadas situações de acumulação remuneratória”.
Campos e Cunha afirma que a acumulação da pensão com o vencimento de ministro é legal.
O anterior ministro das finanças,António Bagão
Félix, tem também uma pensão do
Banco de Portugal (embora diferente
da do actual ministro).
Mas suspendeu esse benefício enquanto esteve no governo, como pode verificar-se nas declarações depositadas no Tribunal
Constitucional.
Já o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Carneiro Jacinto, afirmou ao Independente que o ministro “Freitas do Amaral não recebe nenhuma subvenção
estatal, simplesmente porque
a lei não o permite”.
Ou comem todos. O ministro das
Finanças conseguiu um outro benefício no BP além da pensão.A declaração que depositou no Tribunal Constitucional indica que contraiu um empréstimo para aquisição de habitação própria permanente. E,em Fevereiro de 2005, a sua dívida ao BP, no âmbito desse empréstimo, era de 55 899 euros.
As condições dos empréstimos do BP são concedidas aos seus funcionários sob cláusulas
especiais: as taxas de juro estão muito
abaixo das referências de mercado.
Uma regalia legal do BP.
A lei orgânica do BP caracteriza a
instituição como “uma pessoa colectiva
de direito público, dotada de autonomia
administrativa e financeira e
de património próprio”. Mas o governador
e os demais membros do conselho
de administração são nomeados
pelo Conselho de Ministros, sob proposta
do ministro das Finanças.
É ESTE «SR» QUE QUER APERTAR MAIS O CINTO A TODOS NÓS.
É SÓ ARTISTAS...
Já chegámos à Madeira...
Campos e Cunha acumula ordenado de ministro com reforma de 114 784 euros anuais
As putas ao poder que os filhos já lá estão
Portugal é governado por LADRÕES.
Bela reforma!
Com 49 anos, teve direito a uma reforma de 9.565,36 Euros por mês,(1.917.682$50).
Agora quer que os Zés e as Marias tenham a reforma o mais tarde possível e com uma reforma de «merda».
Tenham vergonha.
Governo suspende reforma antes dos 65 anos
Para diminuir a despesa, o Governo decidiu suspender as reformas antecipadas no sector privado. O decreto-lei já foi aprovado em Conselho de Ministros
E este senhor?
Coitado do Senhor Campos e Cunha, ganhou de ordenado € 8.459,72 (1.696.022$09) e mais uma reforma de 9.565,36 Euros por mês,(1.917.682$50, no total de € 18.025,08 (3.613.704$59).
Este senhor é como Bugalheira, perde dinheiro com a POLITICA.
POBRE PÁTRIA A NOSSA, GOVERNADA POR GENTE DESTA:
«Sócrates solidário com ministro das Finanças.
José Sócrates considera plenamente legal a situação de Campos e Cunha.
O primeiro-ministro salienta que o ministro das Finanças vai continuar a acumular a sua reforma de vice-governador do Banco de Portugal com o salário de ministro.»
-Tanta responsabilidade ser governante!
-Tanta responsabilidade ser deputado!
-Tanta responsabilidade em ser autarca!
É por estas todas que Portugal necessita de:
ACABAR COM O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU...
VAMOS DIZER SIM Á CONSTITUIÇÃO EUROPEIA PRA VER SE ALGUEM NOS COMANDA MAIS ACIMA DESTES FILHOS DA PUTA (COMO DIRIA O ALBERTO J. JARDIM).
JÁ AGORA ....ONDE ANDA O VIGARISTA DO PRESIDENTE DA REPUBLICA.
CAMBADA DE CHULOS.
Conversa no conselho de ministros:
- A minha pensão é maior do que a tua.
- Está bem, ó melga, mas eu tenho duas.
Piadas rápidas acerca deste mísero governo da esquerda portuguesa:
Este governo ficará para a história pelas suas grandes reformas.
Este governo é reformista por convicção.
Com tantos reformados no governo afinal quem trabalha?
No PS é so chulosssssssssssss!Começa no governo e acaba nas autarquias...
«VAMOS DIZER SIM Á CONSTITUIÇÃO EUROPEIA PRA VER SE ALGUEM NOS COMANDA MAIS ACIMA DESTES FILHOS DA PUTA (COMO DIRIA O ALBERTO J. JARDIM).
JÁ AGORA ....ONDE ANDA O VIGARISTA DO PRESIDENTE DA REPUBLICA.
CAMBADA DE CHULOS.»
Diz «Sim» oh tapado pode ser que que f... ainda mais
Votar no sim é o mesmo que:
As putas ao poder que os filhos já lá estão
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