quinta-feira, 30 de junho de 2005

VAMOS TODOS PARTICIPAR...



Temos de salvar o Governo!

Com Fernando Gomes na Galp, José Sócrates desceu do pedestal.
Com o chumbo do referendo constitucional, Freitas do Amaral perdeu o sentido de Estado.

Com o rectificativo, Luís Campos e Cunha teve de voltar a trás e refazer contas.
Com uma recreação das listas de espera, Correia de Campos perdeu credibilidade.
Com o passo atrás nas reformas da saúde dos militares, Luís Amado perdeu a primeira batalha.
Com a greve dos professores, a ministra das Educação pediu desculpa pela sua gaffe.

Ao fim de 100 dias, a verdade foi revelada aos portugueses.
Este Governo não só é normal como não tem nada de extraordinário. É apenas um Governo confrontado com uma maré de chatices e problemas e que, aqui e acolá, vai semeando umas belas asneiras. E quanto mais o tempo passar, mais as asneiras se irão acumular.

É pena. Porque o país apostou num mito para quatro anos e elegeu Sócrates como herói nacional. É uma grande desilusão ter durado tão pouco tempo. E ainda por cima quando ninguém ajudou o Governo a tropeçar nos próprios pés.

Por isso, temos de salvar o Governo!
Salvando-o, também salvamos o mito e salvamo-nos a nós próprios.

Quanto a mim, proponho que José Sócrates volte atrás na palavra dada e trate de introduzir portagens nas SCUT.

Vejamos as vantagens disto.

Primeiro, o Governo prova que não é de birras e sabe reconhecer um erro de palmatória.

Segundo, o Governo pode baixar o IVA novamente para 19% e estimular um bocadinho o consumo, o que dá uma ajuda à economia e aos empregos e faz diminuir a despesa pública.

Terceiro, ninguém lhe leva a mal se o Governo argumentar que as portagens nas SCUTS se tornaram inevitáveis devido ao défice previsto de 6,83%.

Quarto, todos compreenderão que faz mais sentido modificar, em primeiro lugar, os direitos adquiridos mais recentes e só depois os mais antigos.
O direito de não ter portagens nas SCUTS tem menos de quatro meses.
O das reformas aos 60 anos já vem de há 35 anos


Eduardo Moura

2 Comments:

At 30 de junho de 2005 às 16:16, Anonymous Anónimo said...

Estou bastante satisfeito no texto que teve coragem de enviar, cujo comentário tenho a fazer:
1º Este Governo está eleito pela mentira.
2º São contra as SCUTs, porque são eles que por lá passam todos os dias e como ganham pouco estão com dificuldades no pagamento.
3º Quanto à subida do IVA para 21% é um crime, o poder de compra dos Portugueses lá se vai mais uma vez, para eles ricos não lhes faz diferença.
Mas deixo uma pergunta:
Porque é que só se faz presseguição aos que pagam e não se obriga a pagar aqueles que andam na FUGA ao fisco.
Somos meia dúzia a pagar para o resto, todos juntos não seria necessário aumentar IVA.
Ou será que os Governantes estão incluidos no rol dos não pagamentes.
Quanto ao assalto a quem trabalha e produz neste País os mentirosos estão a deixar-nos a sumo de Limão, atenção SALAZAR foram 40 anos e estes não estarão a preparar-se para um novo assalto ao poder.
Alerta ! ...

 
At 30 de junho de 2005 às 17:18, Anonymous Anónimo said...

ATÉ A INSUSPEITA IGREJA CRITICA:


Igreja critica medidas de combate ao défice


Bispos avisam que medidas do Governo penalizam os mais desfavorecidos


A Conferência episcopal critica as medidas do Governo de combate ao défice excessivo. Os bispos dizem que não podem ficar indiferentes às decisões que vão afectar, sobretudo, os mais desfavorecidos.


Os bispos dizem que não têm competência para abordar questões técnicas de política económica ou financeira, mas adiantam que não podem ficar indiferentes face à situação em que o país se encontra.

”Um olhar de responsabilidade e esperança sobre a crise financeira do país”, é o nome da nota pastoral agora divulgada, onde os bispos revelam preocupação com o impacto social das medidas de combate ao défice das contas públicas.

Este é ”um período de austeridade e exigência”, mas a conferência episcopal entende que as medidas do governo de José Sócrates “ ameaçam penalizar ainda mais aqueles que já são mais sacrificados, pela situação de pobreza ou de falta de trabalho, pela doença e pela desajustada carga fiscal".

Os bispos temem particularmente pelas famílias endividadas e avisam que um agravamento da situação nos grupos sociais menos favorecidos afecta toda a comunidade.

E porque a primeira responsabilidade dos políticos é gerir com rigor os bens públicos, constituídos pelo contributo de todos, os bispos católicos defendem um maior investimento na inovação tecnológica e na criação de emprego.

Noutro derradeiro recado, pedem ”mais de modéstia nos objectivos desejados" por parte dos políticos e da sociedade em geral. As soluções, defendem os bispos, têm de ser globais e apontar para o longo prazo.

 

Enviar um comentário

<< Home