sábado, 2 de julho de 2005

PRECISAMOS DE TI! JUNTA-TE A NÓS!

http://www.live8live.com

MANIFESTO
Mais de 900 Organizações Internacionais em estreita coordenação com organizações e movimentos sociais de base em mais de 100 países promovem a maior mobilização de sempre na história da luta contra a pobreza no mundo. A sociedade portuguesa não pode ficar indiferente.

Junta-te a nós e faz ouvir a tua voz!

Unindo as nossas vozes manifestamos:
QUE a persistência da pobreza e da desigualdade no mundo de hoje não tem justificação. Apesar dos esforços realizados durante décadas, a desigualdade entre ricos e pobres continua a aumentar. Hoje, mais de 3.000 milhões de pessoas carecem de uma vida digna por causa da pobreza. Fome, SIDA, analfabetismo, discriminação de mulheres e meninas, destruição da natureza, acesso desigual à tecnologia, deslocação maciça de pessoas devido aos conflitos, migrações provocadas pela falta de equidade na distribuição da riqueza a nível internacional… São as diferentes facetas do mesmo problema: a situação de injustiça que afecta a maioria da população mundial.
QUE o desenvolvimento sustentável no planeta está seriamente ameaçado porque um quinto da população mundial consome irresponsavelmente, com a consequente sobre-exploração de recursos naturais.
QUE as razões da desigualdade e a pobreza se encontram na forma como organizamos a nossa actividade política e económica. O comércio internacional e a especulação financeira que privilegia as economias mais poderosas, uma dívida externa asfixiante e injusta para muitos países empobrecidos, bem como um sistema de ajuda internacional escasso e descoordenado tornam a actual situação insustentável.
QUE para conseguir a eficácia das políticas de Desenvolvimento Institucional, o Desenvolvimento Humano Sustentável e Bens Públicos Globais é imprescindível implementar uma governação global democrática e participativa.
QUE o crescimento económico espectacular dos últimos anos não contribuiu para garantir os direitos humanos nem para melhorar as condições de vida em todas as regiões do mundo, nem para as pessoas, independentemente da sua condição, género, etnia ou cultura.
QUE lutar contra a pobreza, nas suas diferentes dimensões, significa actuar contra a exclusão das pessoas, a favor das garantias dos seus direitos económicos, sociais e culturais que se traduzem em protecção, trabalho digno, rendimento, saúde e educação, poder, voz, meios de subsistência sustentáveis, em condições de igualdade. É um compromisso irrenunciável e inadiável: toda a sociedade no seu conjunto é responsável pela sua concretização.
Unindo as nossas vozes queremos
- MAIS AJUDA pública para o desenvolvimento, dando prioridade aos sectores sociais básicos, até alcançar o compromisso dos 0,7% do PIB.
- MELHOR AJUDA, desligada de interesses comerciais, orientada para os países mais pobres e coerente com os Objectivos do Milénio.
- MAIS COERÊNCIA nas diferentes políticas dos nossos governos para que todas elas contribuam para a erradicação da pobreza.
- PERDOAR A DÍVIDA: os países ricos, o Banco Mundial e o FMI devem perdoar a 100% a dívida dos países mais pobres.
- DÍVIDA POR DESENVOLVIMENTO: investir os recursos criados pelo perdão da dívida dos países pobres para alcançar os Objectivos do Milénio.
- MUDAR AS NORMAS DO COMÉRCIO internacional que privilegiam os países ricos e os seus negócios e impedem os governos dos países pobres de decidir como lutar contra a pobreza e proteger o meio ambiente.
- ELIMINAR OS SUBSÍDIOS que permitem exportar os produtos dos países ricos abaixo do preço de custo de produção, prejudicando o sustento das comunidades rurais nos países pobres.
- PROTEGER OS SERVIÇOS PÚBLICOS com o fim de assegurar os direitos à alimentação e o acesso à água potável e a medicamentos essenciais.
- FAVORECER O ACESSO À TECNOLOGIA por parte dos países menos desenvolvidos, de acordo com as suas necessidades, para que possam usufruir dos seus benefícios.

Guia Pobreza Zero (pdf)

5 Comments:

At 2 de julho de 2005 às 16:41, Anonymous Anónimo said...

O concerto Live8 de Londres, o principal de uma série de dez que este sábado se realizam para denunciar a miséria em África, começou às 14h perante dezenas de milhares de espectadores.

De acordo com a organização, foram distribuídos cerca de 205.000 ingressos gratuitos para este concerto no Hyde Park, que deverá ser o maior jamais organizado no Reino Unido e reúne algumas das maiores estrelas internacionais, como U2, Pink Floyd, Madonna e Robbie Williams.

Uma hora antes começou o concerto de Berlim, perante cerca de 100.000 pessoas, segundo a polícia e organizadores.

Às 14:40h, começara o concerto no Circus Maximus, Roma, com a participação de 35 cantores e grupos italianos, com muitos milhares de espectadores na assistência.

O primeiro dos dez concertos terminou em Tóquio às 19:30 locais, depois de cinco horas e meia de música a que assistiram mais de 10 mil pessoas, onde a principal vedeta foi a estrela «pop» islandesa Bjork.

Seguiu-se o concerto na Praça Mary Fitzgerald, Joanesburgo, África do Sul, o único desta série a ter lugar no continente africano.

Organizado por Bob Geldof, o autor da ideia do Live Aid de há 20 anos, o Live8 decorrerá ainda no Eden Arena (Saint Austen, onde actua a portuguesa Mariza), no Reino Unido, no Palácio de Versalhes (Paris), no Museu de Arte (Filadélfia, EUA), no Parque Barrie (Toronto) e na Praça Vermelha (Moscovo).

Os espectáculos pretendem ser uma segunda edição do Live Aid, que em 1985 recolheu 32 milhões de euros para combate à pobreza em África.

O objectivo do «Live Aid» foi atrair a atenção e criar pressão política antes da reunião do G8 para levar os líderes dos países mais ricos do mundo a perdoar a dívida dos países africanos, duplicar a ajuda ao continente e aceitar o «comércio justo» com aqueles países.

O concerto dos Queen e Paul Rodgers no estádio do Restelo, em Lisboa, vai ser também integrado no conjunto dos palcos do Live8.

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, deverá hoje dirigir-se aos espectadores da série de concertos numa ligação vídeo, durante a qual deverá apelar aos espectadores da série de concertos que »façam ouvir as suas vozes» de forma a obrigar os «grandes do mundo a cumprir os seus compromissos».

«Estais aqui porque acreditais num mundo melhor. Eu também.
Hoje, está no nosso poder erradicar a pobreza e a fome. Podemos fazer de forma que todas as crianças recebam uma educação. Nós podemos parar a propagação das doenças mortais como a sida e a malária», deve declarar Annan, de acordo com um texto divulgado pela ONU.

 
At 4 de julho de 2005 às 10:13, Anonymous Anónimo said...

Pelos diversos cantos do globo cantou-se pela Justiça e pela passagem da pobreza à história.
A caminhada ainda é longa, mas os passos têm de ser dados.
Espera-se que os líderes mundiais tenham ouvido e na próxima semana possam dar sentido ao sentimento que o mundo hoje soletrou e partilhou.
A cantiga continua a ser uma arma em prol da Justiça

 
At 4 de julho de 2005 às 14:55, Anonymous Anónimo said...

Enquanto não instalarmos uma alternativa oa sistema capitalista, irá haver sempre desigualdades humanas.
Façamos um esforço para pensarmos ainda mais longe!

Já repararam que com o fim da guerra fria , o mundo se tornou ainda mais perigoso?

 
At 4 de julho de 2005 às 16:15, Blogger Daniel said...

Este tipo de concerto, creio, só serve para promover o que se convencionou chamar de Marketing Social, vocês não acham? As maiores empresas capitalistas, em geral, se aproveitam de momentos como estes para dizerem para seus clientes que se preocupam com o mundo, etc.
O que falta não são shows ou ações bonitinhas para os olhos de todos. O que falta é, principalmente, uma militância séria e dedicada, como se viu até os anos 70, que vá as ruas, que lute de fato, que seja rebelde. A juventude hoje só quer saber de Pokemon e Video-games. Necessitamos de revolta, e sou bem radical quanto a isso.

 
At 4 de julho de 2005 às 22:54, Anonymous Anónimo said...

Estas iniciativas só servem para encher os cofres dos ditadores corruptos africanos. É só uma forma de lhes dar mais poder...

 

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