HISTÓRIAS DE REIS, PRÍNCIPES E OUTROS QUE TAIS... [ parte II ]
Da terra do Drácula para o Alentejo
Promessas milionárias
Em altura de eleições há sempre coelhos a saltar da cartola.
Em Évora e em Ponte de Sor apareceu um “príncipe” da Transilvânia.
Diz a Câmara que o homem quer investir 30 milhões de contos no desenvolvimento da indústria aeronáutica.
Apesar do principado ter desaparecido há décadas.
Nem mesmo Jesus Cristo ao repartir os pães conseguiu um milagre desta dimensão. Em pouco mais de um mês, a Câmara de Évora anunciou a criação de muitas centenas de postos de trabalho na indústria aeronáutica financiados por Sua Alteza Real … O Príncipe da Transilvânia. Nem mais!
Para quem não acredita que a realidade pode ser mais surpreendente que a ficção, aqui ficam os factos.
A 13 de Julho, a Câmara de Évora aprova por unanimidade a cedência de 2688 metros quadrados à Falcon Wings, uma empresa de capitais belgas, para instalação de uma fábrica destinada a produzir aviões ligeiros.
A autarquia justifica a decisão com o facto da empresa se preparar para investir 600 mil contos (três milhões de euros) e criar 300 postos de trabalho.
Passado pouco mais de um mês, nova informação da Câmara. Desta vez um convite para a cerimónia de financiamento da fábrica da Falcon Wings. E um novo anúncio: afinal será investido muito mais dinheiro. Agora, 30 milhões de contos (150 milhões de euros) para criar 2500 postos de trabalho. Uma verdadeira proeza.
“Nova história”
Na conferência de imprensa, realizada no aeródromo municipal e com a presença do adjunto do presidente da Câmara, Monarca Pinheiro, é finalmente anunciado o financiador do projecto: Sua Alteza Real O Príncipe da Transilvânia.
É certo que não existe qualquer principado nesta região montanhosa da Hungria e da Roménia de onde é originário o lendário Conde Drácula. Mas, para o caso, isso não interessa mesmo nada.
Entre brindes e discursos os homens lá dizem ao que vêm. “É o princípio de uma nova história no domínio da aeronáutica, assegura o principe anunciando que “há pessoa da República do Congo dispostas a investir” e garantem que o próprio governo da Índia já manifestou interesse noutras fábricas do mesmo género.
Quatro aviões
A acreditar na concretização deste importante investimento externo, serão produzidos em Évora quatro tipos de avião, entre os quais um apresentado como sendo uma espécie de “todo-o-terreno do ar” e destinado a popularizar o transporte aéreo dado o baixo custo de comercialização.
Os outros modelos podem destruir minas, vigiar a floresta e até combater fogos. “Se o governo pedir o avião para o ano que vem temos capacidade de resposta”, asseguram os promotores do projecto, deixando esta ideia ao ministro António Costa.
Nem mesmo Jesus Cristo ao repartir os pães conseguiu um milagre desta dimensão. Em pouco mais de um mês, a Câmara de Évora anunciou a criação de muitas centenas de postos de trabalho na indústria aeronáutica financiados por Sua Alteza Real … O Príncipe da Transilvânia. Nem mais!
Para quem não acredita que a realidade pode ser mais surpreendente que a ficção, aqui ficam os factos.
A 13 de Julho, a Câmara de Évora aprova por unanimidade a cedência de 2688 metros quadrados à Falcon Wings, uma empresa de capitais belgas, para instalação de uma fábrica destinada a produzir aviões ligeiros.
A autarquia justifica a decisão com o facto da empresa se preparar para investir 600 mil contos (três milhões de euros) e criar 300 postos de trabalho.
Passado pouco mais de um mês, nova informação da Câmara. Desta vez um convite para a cerimónia de financiamento da fábrica da Falcon Wings. E um novo anúncio: afinal será investido muito mais dinheiro. Agora, 30 milhões de contos (150 milhões de euros) para criar 2500 postos de trabalho. Uma verdadeira proeza.
“Nova história”
Na conferência de imprensa, realizada no aeródromo municipal e com a presença do adjunto do presidente da Câmara, Monarca Pinheiro, é finalmente anunciado o financiador do projecto: Sua Alteza Real O Príncipe da Transilvânia.
É certo que não existe qualquer principado nesta região montanhosa da Hungria e da Roménia de onde é originário o lendário Conde Drácula. Mas, para o caso, isso não interessa mesmo nada.
Entre brindes e discursos os homens lá dizem ao que vêm. “É o princípio de uma nova história no domínio da aeronáutica, assegura o principe anunciando que “há pessoa da República do Congo dispostas a investir” e garantem que o próprio governo da Índia já manifestou interesse noutras fábricas do mesmo género.
Quatro aviões
A acreditar na concretização deste importante investimento externo, serão produzidos em Évora quatro tipos de avião, entre os quais um apresentado como sendo uma espécie de “todo-o-terreno do ar” e destinado a popularizar o transporte aéreo dado o baixo custo de comercialização.
Os outros modelos podem destruir minas, vigiar a floresta e até combater fogos. “Se o governo pedir o avião para o ano que vem temos capacidade de resposta”, asseguram os promotores do projecto, deixando esta ideia ao ministro António Costa.
Luis Maneta
Jornal 24 Horas
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