sexta-feira, 14 de julho de 2006

SERÁ A PRÓXIMA?

Delphi estuda futuro da fábrica de Ponte de Sor

O administrador da Delphi Portugal disse à agência Lusa que a empresa está a analisar o futuro da linha de apoio a motores da unidade de Ponte de Sor, por não ser um negócio estratégico para o grupo.



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16 Comments:

At 14 de julho de 2006 às 11:49, Anonymous Anónimo said...

1)O futuro da Delphi é inevitávelmente negro.
2)O tipo de produção sai mais barato na maioria dos paises africanos.
3)Como economistas ,sabem bem que o nosso país entrou num plano inclinado.
A unica duvida é se os travões aquecem de mais e se o motor tem potencia para travar

 
At 14 de julho de 2006 às 12:04, Anonymous Anónimo said...

Mas só quem è tapadinho de todo è que não vê o futuro negro da Delphi. A culpa disto è a nossa rasca competitividade. Custos de produçao altissimos, que ainda por cima è agravada com as regalias, que a Delphi bem as dá, e até de mais, aos seus trabalhadores. Ainda por cima agora com o encerramento da OPEL na Azambuja, não sei se não afecta indirectamente a Delphi que produz componentes de automovel para a OPEL. O encerramento da marca ROVER, que é a ROVER, teve os seus resultados, agora com a OPEL é que nem quero sonhar. Mas também é o que muitos economistas dizem, principalmente aqueles que não têm qualquer compromisso com o estado ou instituiçao financeira que devem transparecer confiança. Aqueles que não têm problema nenhum em dize-lo, estao fartos de avisar que não há maneira alguma de este país a andar para a frente. E assim muito menos. Temos de ser realistas. Os contratos das empresas sao para cumprir, mas o nosso país não è de forma alguma convidativo à entrada e permanecia de empresas, muito menos deste tipo. O nosso país è completamente contra os interesses das empresas. Isto è, contra o objectivo de qualquer empresa que é produzir bem em qualidade e quantidade, ao menor custo possivel e de facil escoamento. O que em todos estes factores Portugal não consegue assegurar um unico, e nao estou a falar de salarios, que em Espanha (por causa do assunto da Opel)sao maiores. O problema e mesmo os custos de produçao. Enfim, onde è que isto vai parar...

 
At 14 de julho de 2006 às 12:48, Anonymous Anónimo said...

"CHOQUE TECNOLOGICO"

É o nome que se dá a estas situações de encerramento de fábricas.
Choque para os trabalhadores.
Tecnologico, porque é a perda de uma mais valia para o país.

 
At 14 de julho de 2006 às 13:32, Anonymous Anónimo said...

Assim se fazem os cálculos no reino da especulação
O VALOR DA PROPRIEDADE DEPENDE DO USO e os senhores do PS sabem isso melhor que ninguém.
Por isso, os senhores do PS:

TÊM INFORMAÇÃO dos locais e sectores onde vai haver investimento público;
CONGELAM o investimento público pelo tempo que for preciso enquanto não adquirem as propriedades;
COMPRAM o terreno com uso agrícola, baratinho, ao proprietário mal informado;
Nos ministérios, nas CCDRs, nas câmaras, por tráfico de influencia, por corrupção, por mudança da lei, ALTERAM O USO dos terrenos de agrícola para o que mais lhes convém – PRIMEIRA VALORIZAÇÃO;
Avançam com as obras públicas que já conheciam – SEGUNDA VALORIZAÇÃO;
Criam apoios e subsídios à actividade que adoptaram – TERCEIRA VALORIZAÇÃO;
A câmara constrói mais umas infra-estruturas que por acaso beneficiam o empreendimento – QUARTA VALORIZAÇÃO;
Nesta altura vende-se ou aluga-se a um empresário do ramo por um preço muito superior ao inicial SEM SE TER PRODUZIDO O QUE QUER QUE SEJA!
...
MAIS IMPORTANTE QUE A POSSE DA PROPRIEDADE É O PODER DE LHE MUDAR O USO

 
At 14 de julho de 2006 às 13:33, Anonymous Anónimo said...

Então é o que eles querem ,só nos resta é apanhar caracol,se os ecologistas o permitirem ...claro! não vá acabar a espécie!!!

 
At 14 de julho de 2006 às 14:36, Anonymous Anónimo said...

Mas estão preocupados porquê?
Vem aí o Choque Tecnológico.
No futuro, em Portugal tudo será virtual.
Vamos viver em casas virtuais, refeições virtuais, empregos virtuais, carros virtuais, férias virtuais, escolas e hospitais virtuais.

A parte material das coisas, ficará para os espanhois.

A. Soares

 
At 14 de julho de 2006 às 15:54, Anonymous Anónimo said...

A General Motors fecha a Azambuja. A Bosch vai construir a sexta fábrica em Portugal. A Siemens trouxe para o país três centros de excelência mundial. Em ambos os casos, os projectos são dirigidos por portugueses.
Qual a diferença entre estes casos? A gestão. De um lado temos uma empresa que há 40 anos monta carros na Azambuja. Mas dos 511 fornecedores de componentes, apenas 4,1% estão em Portugal (na AutoEuropa, este indicador é superior a 45%).

Do outro lado, estão empresas como Bosch e Siemens, que investem em Portugal porque têm gestores proactivos, que identificam áreas de futuro («The next big thing», como diz a dupla Melo Ribeiro/João Picoito) e criam valor para os accionistas.

A diferença entre quem dirige a Bosch e a Siemens e quem comanda as GM deste país é só esta: uns identificam áreas onde podem fazer a diferença... e apresentam resultados; os outros nunca ouviram falar de «The next big thing»... e choram sobre o leite derramado.

Neste cenário, só não se percebe porque perde o Governo tempo com a GM. A prioridade de Sócrates e Pinho devia, agora, ser outra: criar um bom programa para reconverter os 1.200 trabalhadores da GM. É que eles vão fazer falta às Siemens e Bosch que continuam a acreditar em Portugal.

 
At 14 de julho de 2006 às 15:55, Anonymous Anónimo said...

Num dos seus primeiros e mais importantes livros [«American Capitalism: The concept of countervailing Power» - 1952], John Kenneth Galbraith ensinou que «o capitalismo não possui fibra moral e que o sentido da honra é desconhecido na sua índole e ignorado no seu vocabulário».
A história demonstra, abundantemente, que a afirmação de Galbraith não é destituída de fundamento. Por outro lado, a verdade é que o capitalismo não promete nada, e o socialismo promete quase tudo. Àquele, nada se lhe pode exigir; a este, exige-se o que prometeu.

Quando o governo de José Sócrates acusa a General Motors de «incumprimento contratual», a propósito do encerramento da Opel, na Azambuja, ou esquece a lógica do capitalismo ou actuou com notória leviandade. Não interessa, agora, se a fábrica da Azambuja está a pagar os desequilíbrios económico-financeiros com que a GM se confronta, nos Estados Unidos. O preocupante é o número de trabalhadores atirados para o desemprego: 1200, que vão juntar-se ao meio milhão.

As estratégias das multinacionais não querem saber da desintegração das coesões sociais, exactamente porque desvalorizam a ideia de bem-estar colectivo. Há dias, na SIC-Notícias, o eng.º Ângelo Correia afirmou, dramaticamente, que a globalização parece desenfreada, a precisar, com urgência, de regulação, pois, de contrário, a crise planetária assumirá proporções endémicas e absolutamente incontroláveis. Porém, a regulação a ser organizada e praticada, sê-lo-á por quem? Ora, por aqueles que a sustentam e a glorificam, e que, da globalização, extraem proveitos e proventos fabulosos.

O ministro Manuel Pinho, como que a bolear as arestas do gravíssimo problema, diz que «estão na calha novos investimentos». Seria bem melhor e mais curial que o ministro Manuel Pinho informasse claramente o País do medonho patamar a que chegámos, e como o Governo muito pouco poderá fazer porque as «leis do mercado», a «sociedade aberta», as «deslocalizações» pertencem ao seu abecedário programático.

O «mundialismo» era inevitável, proclamaram vários trompetistas do «mercado». E adicionaram a este novo fatalismo planetário a absurda tese de que os Descobrimentos haviam sido os primeiros a estabelecer as bases do «mundo global». O impulso científico do séculos XIV, XV e XVI é deliberadamente omitido, em favor do argumento mercantil. Basta ler Vitorino de Magalhães Godinho para saber que essas teses representam uma mistificação histórica. O «mundialismo» seria evitável acaso a insistência na nossa dupla pertença, nacional e planetária, não houvesse sido aniquilada, em nome de um substituto que pode levar à destruição da humanidade. Regresso a Galbraith: «O capitalismo só entende a unidade quando reconhece a sua multiplicidade de interesses. Então, para atingir os fins, não observa o respeito pelos meios. Ao aniquilar, está a aniquilar-se».

As explosões de ira dos dirigentes do PSD e do CDS expõem o acre sabor da hipocrisia. Então, eles nada têm a ver com estes e outros acontecimentos anteriores? Acusar Sócrates e o seu Executivo de únicos responsáveis pelo que está a ocorrer chega a ser repugnante. A farsa devia ter balizas. Mas esta gente não gosta da gente. Se gostasse assumia honradamente as altíssimas responsabilidades que têm neste descalabro, e não as assacavam exclusivamente a este Governo. Há qualquer coisa de imoral e de sórdido neste assunto.

Estamos a falar de pessoas, de gente decente, séria e digna, de mil e duzentos trabalhadores até agora apontados como modelares, em competitividade (execrável palavra!), em talento, em profissionalismo - e que destes cavalheiros nem sequer um pedido de desculpa recebem! Estes cavalheiros só sabem soletrar o que o realejo lhes ensinou: «novas dinâmicas»; «a abertura das economias» no Leste europeu; a «perda de atractividade» para o «investimento» em Portugal; «flexibilização», «lógica das deslocações» - e «mercado», «mercado», «mercado».

Para que algumas multinacionais se fixassem em Portugal, sucessivos Governos ofereceram-lhes incentivos fiscais, financeiros e autárquicos através da entrega de fundos públicos que orçam em muitíssimos milhões de euros. Não resultou, como se vê. Os principais artigos de fé dos discursos políticos incidiram, sempre, sobre a importância dos «empreendimentos», como se estes existissem e se mantivessem por si mesmos. Chamou-se a colaboração do mundo do trabalho sem nenhuma contrapartida, a não ser a precariedade e a insegurança. E rios de dinheiro foram desperdiçados por inépcia, incompetência, carência de audácia e, até, por clara obediência a chantagens de vário tipo.

O encerramento da fábrica da Azambuja é paradigmático. E aqui reside a nossa tragédia.

 
At 14 de julho de 2006 às 16:00, Anonymous Anónimo said...

Primeiro, a mão-de-obra: aquele país adormecido na ponta da Europa já não existe. Era um país de salários baixos, o que o colocava à frente de todos os outros países da Zona Euro na atracção de investimento estrangeiro. As grandes indústrias mundiais instalavam-se aqui com um objectivo: pagar pouco aos seus funcionários. A estratégia empresarial dos vários governos portugueses, naturalmente, consistia em vender o país acenando com essa promessa.
Mas esses salários já não existem, e ainda bem.
Surgiram, porém, países que vendem muito barato o seu trabalho, o que atraíu as mesmas empresas que aqui estavam. Ou seja, o que as levou para o Leste e para a Ásia foi o mesmo que as trouxe para Portugal – custos baixos.

Segundo, a logística: este país que se vendia barato não fez muito pelos novos investidores que chegavam. Dito de outra forma, ficou-se pelos incentivos fiscais, esquecendo a importância de criar músculo para fortalecer os seus parceiros. E músculo, a esta escala, significa criar condições para o aparecimento de ‘clusters’ empresariais à volta destes grandes investimentos – se um carro precisa de rodas, é bom que essa roda seja produzida em Portugal.
Na GM, isso nunca aconteceu.
Culpa deles, é verdade, mas também de um país que se habituou a esperar sentado

Terceiro, a burocracia: o palavrão mais temido pelos portugueses deixou mossa, também, nos estrangeiros. Cada vontade de investimento demonstrada perdia-se, quase sempre, nas teias do Estado.
Cadilhe chamou-lhe custos de contexto.
Foi brando.
São prejuízos, bem graves, que ajudaram a fixar a ideia de que Portugal não era país amigo do investimento. E o tempo foi passando, o que piorou tudo.

 
At 14 de julho de 2006 às 16:20, Anonymous Anónimo said...

Continua a "saga" do mal fadado sistema informático do Imposto Municipal sobre Veículos.
Durante um dia normal de trabalho, o sistema só funciona normalmente durante três horas.
Chega-se ao cúmulo, e excepção aos contribuintes com mais de 60% de deficiência, dos funcionários das Tesourarias " convidarem os contribuintes " a adquirirem o dístico nos revendedores de valores selados. É esta a imagem que reina dentro da Direcção Geral dos Impostos, que, e para "calar" estas dificuldades, " se prepara" para alargar o prazo de pagamento do IMSV. Quanto a mim, deveriam "dar a cara" e explicar de uma vez por todas, porque é que "vão prolongar o prazo de pagamento" !!!
Sim...porque o prazo vai ser prolongado!
Esse é o remédio normal aplicado pela DGCI !!!

Mas vão limitar-se a prolongar o prazo...e o resto que se lixe !
Ou então, ainda vão justificar esse alargamento, "culpabilizando" ou os Serviços Locais ou a INCM !!!
Não me admirava nada !!!

Outro dos aspectos é o "timing" da cobrança deste imposto.
Quando nos deslocamos aos serviços, verificamos que mais de metade dos funcionários estão em pleno gozo de férias !
Quando a cobrança do Imposto se verificava em Março e Abril, nunca existiram estas dificuldades de falta de pessoal !
Há que culpabilizar alguém pelo facto de ter feito a "proposta" do Imposto ser cobrado de 16 de Junho ao 14 de Julho de 2006, em apenas um mês, quando em anos anteriores o prazo era de dois meses.
Ou seja, a DGCI, com um sistema novo de cobrança do IMSV ( que não funciona), quer cobrar num mês, aquilo que em anos anteriores, cobrava em dois meses.

Chama-se a isto...VERDADEIRA INCOMPETÊNCIA.
Depois, e o mais grave, é lavarem as mãos, e "que sejam os funcionários das Tesourarias a levarem na cara" a indignação de milhares de contribuintes !

 
At 14 de julho de 2006 às 16:22, Anonymous Anónimo said...

Fui pagar o selo do carro a uma repartição de finanças.
Disseram-me que o sistema não estava a funcionar.
Já não bastava o sistema judicial que não funciona, o sistema educativo que está em crise, o sistema de saúde que é o mais caro do mundo.
Pelo menos no caso do selo do carro fico a ganhar.
Se o sistema não funciona não pago. Não posso pagar, disse-me o funcionário das finanças.

Se quiser pagar tenho que ir à internet.
Ora aqui está o choque tecnológico, a diminuição da despesa pública e o Simplex ao mesmo tempo, ali no balcão das finanças.

O governo podia fazer isto com todos os serviços públicos.
Quando os cidadãos entram avisam-se logo que o "sistema não funciona", vá à Internet.

Mas o prazo termina amanhã, disse ao funcionário, e não quero pagar multa.
Então vá à tabacaria comprar, dispara o funcionário com toda a eficácia.
Mas na tabacaria está esgotado, se vier cá amanhã será que o sistema funciona?
Não o aconselho, há vários dias que o sistema está parado.
Vá à Internet.

Não há dúvida, o choque tecnológico chegou de vez ao fisco.
Podem fechar as repartições de finanças.
Para que é que existem se não podem receber impostos de quem quer pagar ?

 
At 14 de julho de 2006 às 17:51, Anonymous Anónimo said...

POr acaso no que diz respeito ao selo do carro, eu fui dos que tentei adquiri-lo via net, a minha senha de contribuinte não era reconhecida porque não coincidia com o meu nif, pedi nova senha que me chegou esta semana pelo correio, voltei a tentar e novamente a senha enviada não coincide com o meu nif. É O CHOQUE TECNOLÓGICO, fiquei chocado...e fui à repartição. Paguei mas quanto ao selo nem vê-lo. Ponhamos o caso ao contrário, estaria o Estado disposto a aceitar que o meu sistema não estava a funcionar, se fosse esse o caso. Os cidadãos não são respeitados pelo Estado e correm e saltam para o servir, não será responsabilidade do Estado cumprir com as suas obrigações, para não falar nos gastos que nos obriga a fazer e nas faltas ao trabalho que nos obriga a cometer.

 
At 15 de julho de 2006 às 00:25, Anonymous Anónimo said...

Penso que os n Primeiro vai transformar essas empresas na Banda Larga,
E so o uqe ele agora sabe dizer

 
At 15 de julho de 2006 às 02:48, Anonymous Anónimo said...

tao já sabem q a rtl já tem novas instalações...(!!)...

 
At 16 de julho de 2006 às 01:19, Anonymous Anónimo said...

Nao se preocupem com o fecho da DELPHI, o nosso Presidente ja negociou :
- O hotel na barragem sao 450 Postos d etrabalho
- O Aeroporto International TAVEIRA PINTO, mais uns 100 pelo menos
- o Campo de golfe mais uns 200
- A fabrica de avioes,qual AIRBUS, mais 500, para satisfazer a encomendas
- Mais secretarios e ajudantes na CMP 50
o Problema perde dimensao
Desculpem tava ater um pesadelo

 
At 17 de julho de 2006 às 14:03, Anonymous Anónimo said...

Imagine que um hipermercado faz uma grande campanha a promover arroz e que quando chega à caixa lhe dizem que não pode levar o pacote de arroz, que o melhor é ir à mercearia da sua rua porque lá é mais fácil pagar. E que quando chega à mercearia da esquina lhe dizem que não têm arroz porque o supermercado não lhe mandou a quantidade solicitada, que o melhor é encomendar através da Internet. E quando, depois de várias tentativas, consegue fazer a encomenda de arroz através da Internet recebe instruções para que vá pagar a conta ao Multibanco mais próximo que o arroz lhe vai chegar pelos correios daí a uns quinze dias.

Se o arroz fosse comprado através do Simplex é mas que óbvio que em vez de comer o polvo com arroz malandrinho, já tinha mandado o malandro que vende o arroz à fava, e tinha comido o arroz assado com batatas a murro. Mas se a venda do selo imposto municipal sobre veículos já quase deu nalguns murros nos serviços de finanças, a verdade é que os portugueses não têm outro remédio senão comer segundo a receita governamental e sujeitar-se a todas as situações idiotas que só a muita imaginação imprevisível da incompetência pode gerar.

Para pagar um imposto de meia dúzia de euros foram muitos os portugueses que já perderam horas que pagas segunda a tabela das empregadas domésticas já justificavam uma indemnização por parte do fisco. Alguém se lembrou de recorrer às novas tecnologia para tornar complexo aquilo que era simples e que por ser arcaico não deveria ser prioritário.

A cobrança do imposto municipal sobre veículos que habitualmente é feita em Abril ou Maio foi atrasada para Julho e mesmo assim deu a barraca que se tem visto, chegando-se ao absurdo de o prazo ter sido adiado para o final do mês.

Mas é evidente que ninguém fez asneiras, os responsáveis da DGCI e da DGITA são todos exemplares, os portugueses é que são uns atrasadinhos, primeiro puseram o sistema informático de pantanas porque quiseram comprar o selo no primeiro dia, para depois o sistema voltar a ter uma taquicardia porque, de acordo com a explicação governamental, os mesmos portugueses têm a mania de fazer tudo no último dia do prazo. Pelas justificações governamentais temos que chegar a uma conclusão: os boys que o PSD deixou no fisco (para não falar dos que Sócrates meteu no governo) são muito competentes, os portugueses é que ainda não deixaram de ser idiotas.

O governo em vez de perceber que esta barracada é tão grande como a colocação dos professores no tempo de Santana Lopes, só que os selos não falam nem têm sindicato, e os portugueses continuam a ser uns cidadãos com muita paciência, que além de serem os idiotas que Salazar julgava que eram, continuam a revelar uma grande tolerância com a incompetência estatal, tão grande que até há quem cobre (num serviço de finanças região de Lisboa) aos utentes mis um euro que é para pagar a ligação à Internet, o equivalente fiscal da moedinha para o Santo António.

Ou estou muito enganado ou alguém anda a enganar os governantes e, por suas vez, estes andam a enganar os cidadãos com comunicados que tentam iludir uma verdade que é perceptível para muitos dos que tentaram cumprir com as suas obrigações fiscais.

 

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