quarta-feira, 5 de julho de 2006

EXECUTADO COM TIROS NA CABEÇA E DEPOIS LANÇADO EM BARRAGEM



O corpo de um homem com pouco mais de 40 anos e envolto em plástico foi descoberto na barragem de Montargil, estando as autoridades convictas de que foi assassinado com tiros na cabeça e lançado às águas para esconder o crime, na sequência de um ajuste de contas, soube JN.

O corpo foi descoberto no dia 10 de Junho, mas a autópsia entretanto determinada pelo Ministério Público junto do Tribunal de Ponte de Sor revelou impactos de bala na cabeça, estando o caso a ser investigado pela Polícia Judiciária de Leiria, uma vez que a zona de Montargil está dentro da área da sua competência.

O cadáver foi encontrado por pescadores que frequentavam a barragem e que descobriram a boiar nas águas aquilo que parecia ser um cadáver envolto num plástico.

Foram chamados a GNR e os bombeiros de Ponte de Sor, que retiraram o corpo das águas e, segundo um elemento que participou nas operações, o cadáver "estava dentro de uma manga em plástico e todo atado por fora". O cadáver tinha ainda uma corda ao pescoço e outra nos pés, para sustentar blocos de alvenaria e evitar que o corpo viesse à superfície, pesos que, no entanto, terão acabado por se soltar, se bem que tenham deixado vestígios em ambas as cordas. As autoridades desde logo acreditaram que se tratava de um homicídio, embora a causa da morte estivesse ainda por explicar, algo que a autópsia veio a revelar a vítima tinha sido morta com tiros na cabeça.

No entanto, o corpo ainda não está identificado, havendo apenas suspeitas que se trate de um estrangeiro, mas mais pela forma de execução do que propriamente por terem sido encontrados vestígios que levantem qualquer suspeita sobre a origem do indivíduo. No entanto, não está afastada a hipótese de se tratar de um português e as autoridades estão, para já, a estudar as tatuagens que o corpo apresenta, no peito e nos braços. Quanto ao significado dessas tatuagens, uma fonte policial não quis adiantar pormenores, uma vez que decorrem investigações.

Há, no entanto, a certeza de que se tratou de um ajuste de contas, se bem que as autoridades estejam também com uma dificuldade acrescida, é que o indivíduo já teria sido morto há pelo menos 10 dias e estava em adiantado estado de decomposição.

Como vestígios as autoridades contam ainda com a roupa que o corpo trazia envergada, umas calças de ganga escuras e uma t-shirt e ténis, além das tatuagens sabe-se apenas que se trata de um indivíduo branco. Há também a certeza de que não se trataria de alguém da área de Montargil, facto que as autoridades verificaram pelo registo de desaparecidos.


Carlos Varela
J.N.

3 Comments:

At 6 de julho de 2006 às 01:12, Anonymous Anónimo said...

este ze da ponte nem deve ler o ecos do sor..noticia velha

 
At 6 de julho de 2006 às 08:53, Anonymous Anónimo said...

Corpo de homem na barragem continua por identificar



O cadáver de um homem de cerca de 40 anos descoberto dia 10 de Junho por pescadores na barragem de Montargil continua por identificar, assim como as causas que motivaram o seu assassínio.

Em declarações ao DN, Carlos Gomes, coordenador da Polícia Judiciária de Leiria, que está a investigar o caso, confirma a tese de que o homem foi morto com tiros na cabeça e, só posteriormente, foi lançado à água. O facto de se desconhecer a sua identidade e, por consequência, a respectiva nacionalidade, aliado à escassez de dados disponíveis até ao momento, leva o mesmo responsável a adiantar que "por enquanto só por especulação se pode dizer que a causa da morte foi vingança ou ajuste de contas".

Certo, é que o corpo, em adiantado estado de decomposição, foi encontrado na tarde do feriado de 10 de Junho, envolto num plástico atado por fora. A surpresa maior, tanto por parte da GNR como dos bombeiros de Ponte de Sor, que foram chamados ao local para retirar o cadáver da água, foi quando repararam que o homem tinha uma corda no pescoço e outra a prender-lhe os pés, às quais estiveram, ainda, presos alguns blocos que serviram para manter o corpo submerso durante vários dias.

Face às circunstâncias, as autoridades policiais suspeitaram, de imediato, tratar-se de um crime, ideia que o resultado da autópsia acabaria por confirmar, ao revelar que a vítima já se encontrava morta quando foi lançada para as águas da barragem. Por clarificar continuam, entretanto, os contornos da execução, assim como as razões do modus operandi relativamente ao corpo, embora, quanto a este aspecto, as autoridades policiais se inclinem mais para a tese de tentativa de ocultação do cadáver, uma vez que o homem já fora abatido quando o meteram na manga de plástico que atiraram para dentro de água.

Outro pormenor ainda não esclarecido prende-se com as tatuagens existentes nos braços e no peito da vítima, cujo significado a PJ remete para o segredo das inves- tigações em curso. A análise destes sinais, tanto quanto o DN conseguiu apurar, podem ser importantes no sentido de se perceber se a vítima é portuguesa ou estrangeira, uma vez que o vestuário - calças de ganga, t-shirt e um par de ténis - pouco ou nada diz quanto à nacionalidade da vítima.

A única certeza, a este respeito, é que não se trata de ninguém de Montargil e redondezas, porquanto não existe qualquer desaparecimento registado na região.

A identificação da vítima é tanto mais importante, quanto será a partir desse facto que vai ser possível às autoridades estabelecer um conjunto de ligações que possam conduzir ao(s) autore(s) do homicídio. O corpo da vítima, que teria sido executada no início de Junho, isto é, 10 dias antes de ter sido encontrada pelos pescadores que gozavam o feriado na barragem, não foi, ainda, reclamado, aspecto que no entender das autoridades pode indiciar tratar-se de um estrangeiro. A questão, como nos frisou Carlos Gomes, coordenador da PJ de Leiria, é que as autoridades funcionam com factos, não com meras especulações. Daí, que face ao cenário traçado, subsistam várias possibilidades e nenhuma delas possa ser descurada ou descartada liminarmente. "Temos um facto, que é um crime" e a respectiva vítima, segundo a expressão de Carlos Gomes.

O resto, sublinha, pertence ao domínio das investigações.

João Figueira
DN

 
At 12 de julho de 2006 às 19:44, Anonymous Anónimo said...

É pena não fazerem o mesmo aos fiscais do "mau ambiente"

 

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