A página de divulgação deste equipamento do concelho de Mora na internet, parece a página da Câmara Municipal de Ponte de Sor, que antes estava em construção e agora continua em construção.
Primeiro fluviário da Europa abre hoje em Mora e traz piranhas ao Alentejo
Têm um ar ameaçador e metem respeito. O corpo é comprimido, focinho curto e arredondado, com mandíbula saliente. A ligeireza com que trituram um camarão inteiro com casca denuncia dentes afiados. Quem havia de dizer que um dia o Alentejo teria piranhas vermelhas? Mas elas aí estão, entre as maiores atracções do Fluviário de Mora, que hoje é inaugurado, sugerindo um passeio entre a nascente e a foz de um rio, através de um conjunto de aquários, por onde se distribuem 500 exemplares de 72 espécies de peixes e de outros animais. Um tipo de "oceanário" de água doce. É a primeira estrutura do género na Europa e a terceira em todo o mundo.
Tal como viviam no Amazonas, as piranhas-vermelhas estão confortavelmente instaladas numa água que atinge uma temperatura superior aos 30 graus. Na hora da refeição, os camarões são o "prato preferido", alternados com uma ração à base de carne. Esta espécie alcança os 30 centímetros de comprimento, havendo exemplares em Mora que ainda nem chegaram aos dez.
Mas o fluviário apresenta mais peixes exóticos. Há para ver seis peixes-facas, dez pacus-negros e cinco aruanãs-prateados, oriundos da América do Sul, da bacia amazónica e dos lagos africanos, que vão coabitar com as várias espécies portuguesas de água doce, caso dos pimpões, achigãs, tainhas, chanchitos, enguias ou trutas mergulhadas em águas gélidas.
Ali ao lado das piranhas não faltam ainda seis rãs-seta-venenosas, de cores deslumbrantes, sete peixes-gatos, 30 peixes-azuis-cauda-de-lira, três bichir-cinzentos (enguia-dinossauro) e 16 ciclídeos-de-thomas e um trio de ciclídeos-amarelos, estes últimos representantes do lago Malawi. Há ainda dois pares de lontras que já estão habituadas à presença humana e ao regime alimentar implementado.
Projectado há cinco anos, o fluviário é uma obra de valor superior a seis milhões de euros, sendo que, após terem sido capturados, todos os peixes foram sujeitos a um período de quarentena, a fim de serem submetidos a uma desparasitação para evitar possíveis contaminações das outras espécies aquando da sua colocação no sistema de aquários.
O presidente da autarquia, José Sinogas, garante ao DN existir uma grande expectativa em torno deste projecto, que ocupa 2300 metros quadrados em pleno Parque Natural do Gameiro, nas margens da ribeira do Raia, admitindo que as exposições permanentes da fauna e flora possam atrair ao concelho 200 mil visitantes por ano. Para além de estar a apenas cerca de cem quilómetros de Lisboa, o fluviário apostou forte na promoção em Espanha, sem perder de vista as questões pedagógicas e de investigação com a abertura às escolas.
Hoje, o Fluviário de Mora já é candidato ao mais prestigiado Prémio Europeu de Arquitectura, tendo a obra estado cargo da empresa Teixeira Duarte, em parceria com a Promontório Arquitectos. A construção foi financiada, em cerca de 50%, pelo Programa Operacional da Região do Alentejo, tendo outra metade sido paga pela autarquia.
Aquário, único na Europa e terceiro do género no Mundo, abre hoje portas em Mora, sem a presença de qualquer membro do Governo. Carpas, achigãs e lontras terão por vizinhas anacondas, rãs venenosas e os peixes mais temidos do Amazonas.
É um sonho antigo que, depois de tantas dificuldades burocráticas, se tornou realidade.” É desta forma emotiva que o presidente da Câmara Municipal de Mora, José Sinogas, ‘pai’ do megaprojecto do Fluviário, orçado em mais de seis milhões de euros, encara a inauguração daquele que considera um dos “mais importantes espaços de lazer e de desenvolvimento económico do Alentejo”.
A cerimónia está agendada para as 11h00 de hoje. Para ‘cortar a fita’ foi convidado o primeiro-ministro, José Sócrates. Mas nem o chefe do Governo, nem qualquer outro membro do Executivo, irá marcar presença.
“A presença do Governo seria o reconhecimento da importância deste projecto, único na Europa e o terceiro do género em todo o Mundo, para a região do Alentejo e para o País”, salientou o autarca comunista, enquanto mostrava ao CM uma das atracções do Fluviário – as famosas piranhas, provenientes da América do Sul.
Às espécies de peixes e mamíferos conhecidas dos rios, lagos e barragens portuguesas, como a achigã, a carpa, os pimpões, as enguias, as tainhas e as lontras, juntaram-se nos últimos dias espécies de peixes exóticos de água doce oriundos da bacia amazónica e dos lagos africanos. Além das 24 piranhas vermelhas, nos aquários do Fluviário vão estar em exposição, entre outras espécies, seis peixes-faca, igual número de rãs venenosas, sete peixes-gato, três enguias dinossauro e um trio de ciclídeos-amarelo, últimos representantes do Lago Malawi. As anacondas são outras atracções do espaço.
250 MIL VISITANTES
Todas estas espécies estarão em exposição no espaço reservado aos aquários, o qual está dividido em cinco áreas. Os visitantes irão fazer um percurso da nascente até à foz, observando ao longo do mesmo as diferentes espécies de peixes através da reconstituição dos seus habitats naturais, aquáticos e terrestres.
“Vamos ter cerca de 400 peixes e mais de 70 espécies diferentes. Não estão ainda todos no Fluviário porque tivemos muitos problemas na captura devido a atrasos na atribuição de licenças e às condições climatéricas que provocaram cheias nos rios nos últimos meses de 2006”, referiu José Sinogas.
As entradas, à venda a partir de amanhã, custam seis euros aos visitantes com 13 ou mais anos e quatro euros para quem tiver entre três e 12. Também está previsto um ingresso de 15 euros para casais acompanhados por uma criança.
Anualmente deverão passar cerca de 250 mil visitantes por esta infra-estrutura, constituída ainda por restaurante e cafetaria, sala de exposições temporárias, biblioteca, sala de estudo com laboratório, auditório e loja.
HOTEL E COMÉRCIO
O Fluviário de Mora, localizado junto à margem da Ribeira do Raia e ao Parque Ecológico do Gameiro, no distrito de Évora, ocupa uma área coberta de três mil metros quadrados.
Na zona envolvente à infra-estrutura ficaram disponíveis 17 hectares de terreno para projectos privados. Segundo a autarquia, está prevista a construção de restaurantes, de um centro comercial e de um hotel e a instalação de uma empresa de passeios de barco.
“Os estudos apontam para uma afluência de 750 mil visitantes nos primeiros três anos. Depois deste período temos que arranjar atracções para que as pessoas passem pelo Fluviário mais que uma vez”, frisou ao CM José Sinogas.
Para a administração, loja, tratamento dos peixes e manutenção da infra-estrutura, também conhecida como o ‘oceanário’ do peixe do rio, foram criados nos últimos meses dez postos de trabalho.
“O projecto poderá ter dentro de pouco tempo 15 pessoas a trabalhar. Depende da sua evolução”, referiu o autarca, acrescentando, em seguida, que o Fluviário tem as ‘portas abertas’ para colaborar em trabalhos de investigação com as universidades portuguesas como também estrangeiras: “Reunimos todas as condições para se proceder neste espaço a experiências e trabalhos de investigação sobre determinadas espécies de flora ou fauna.”
CONSTRUÇÃO À ESCALA DE MONTE ALENTEJANO
O Fluviário de Mora é uma obra conjunta da empresa de construção civil Teixeira Duarte e da Promontório Arquitectos. A construção do arrojado edifício iniciou-se em Maio de 2005 e terminou em Janeiro deste ano, tendo custado aos cofres da autarquia alentejana mais de seis milhões de euros (1,2 milhões de contos na moeda antiga).
A envolvente da infra-estrutura, bem como o interior, foi construída com base num tradicional monte alentejano de baixa volumetria. “Face à proximidade do Parque do Gameiro e da ribeira, a estrutura não podia exceder as construções tradicionais da região”, referiu o autarca José Sinogas.
A beleza do edifício levou a empresa de arquitectos que o concebeu a candidatá-lo ao Prémio de Arquitectura da União Europeia, concedido pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, entidade criada em 1983 e com sede na cidade espanhola de Barcelona. A concorrer com outros 273 projectos de 32 países, o Fluviário de Mora acabou por ser excluído, em Janeiro último, da fase final deste importante galardão da arquitectura contemporânea europeia. O vencedor será conhecido a 14 de Maio, estando ainda na corrida outra obra portuguesa, também localizada no Alentejo: o Centro de Artes de Sines.
AUSÊNCIA DO GOVERNO GERA CRÍTICAS
O presidente da Câmara de Mora, José Sinogas, continua sem perceber o que levou os membros do Governo a recusarem os convites endereçados pela autarquia para a inauguração do Fluviário. “Deram justificações tardias e delegaram a presença na presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo que, pelo cargo que desempenha, já estava convidada. Hoje [ontem] ainda não sei se vem algum secretário de Estado. Se vier será bem-vindo”, garantiu o autarca, sublinhando que a ausência dos ministros “é uma atitude inaceitável e desrespeita a região”.
Tal como o CM noticiou na passada semana, para presidir à cerimónia foi convidado o primeiro-ministro, José Sócrates, que relegou o convite para o ministro do Ambiente. Por sua vez, Nunes Correia delegou na presidente da CCDRA e informou a autarquia da decisão através de um comunicado enviado a nove dias da abertura.
O executivo municipal decidiu no dia seguinte informar os órgãos de soberania sobre as “recusas do Governo” e “não aceitar a presença dos governantes na cerimónia”. Apesar dos “imprevistos”, o programa da cerimónia mantém-se inalterado, estando previsto para as 11h00 o descerramento da placa alusiva à inauguração, seguida da sessão solene com a presença dos autarcas locais e administração do Fluviário, e visita guiada à infra-estrutura.
ESPÉCIES EXÓTICAS SÃO ACTRACÇÃO
Um dos espaços do Fluviário de Mora está reservado à exposição de espécies exóticas provenientes da bacia amazónica, no Brasil, e dos lagos africanos. Nos aquários vão habitar dezenas de piranhas vermelhas, enguias-dinossauro, peixes-gato e peixes-faca, entre outras espécies coloridas.
Tartarugas mata-mata, anacondas e rãs venenosas são outras das estrelas do Fluviário. Na ‘viagem’ pelo espaço exótico o visitante ficará a conhecer o tipo de alimentação de cada espécie, a sua proveniência e alguns dos seus segredos. Por exemplo, o veneno das rãs era aproveitado pelos índios para colocar nas pontas das setas que utilizavam para caçar.
CASAL DE LONTRAS BAPTIZADO HOJE
O casal de lontras do Fluviário de Mora vai ser um dos grandes chamarizes para a pequenada, mas também para os adultos. A importância destes mamíferos, provenientes da Alemanha, é tão elevada que durante a construção da infra-estrutura foi deixado um espaço envidraçado que permitirá aos clientes do futuro restaurante do Fluviário assistirem às brincadeiras do casal enquanto almoçam ou jantam.
Ainda sem nome, as lontras vão ser baptizadas hoje, durante a inauguração da infra-estrutura. Os nomes do macho e da fêmea estão a ser escolhidos pelos ouvintes da Rádio Comercial e serão divulgados antes da cerimónia.
UMA CO-PRODUÇÃO LUSO-AMERICANA
Os aquários são a grande atracção do Fluviário e levam os visitantes num percurso da nascente até à foz. Para a concepção deste espaço contribuíram a firma americana Consestudi, especializada em museus vivos, e as portuguesas Y-Dreams, responsável pela área multimédia, e Turmar, encarregada da captura dos peixes. A ilustração científica esteve a cargo de Pedro Salgado e o designer gráfico Henrique Cayatte foi o autor do logótipo e sinalética da infra-estrutura.
Este artigo publicado no jornal Correio da Manhã, mostra bem como se faz um obra deste tipo, com empresas especializadas nas várias áreas. Nada se parece com as obras da Fundação António Prates, que ora se faz para logo se desmanchar, é assim a grande política de controle de custos do Pinto Bugalheira.
pelo menos mora faz obra que vai levar muitos milhares de visitantes à terra e ao concelho. ponte sor como é rica, esperta e intelectual quer fazer fundações para o sr pinto ver e o sr prates enriquecer. é preciso ter lata e falta de vergonha na cara. sr pinto que tal começar a gastar o nosso dinheiro para promover o concelho com coisas que realmente o fazem e deixe de coisa de fachada envolta em negociatas obscuras.
quem fez o comentario atras, ainda deve acreditar no Pai natal. porque quem quer faz bem quem não quer não faz. o taveira não quer fazer nada a não ser meter ao bolso com a ajuda dos pseudos amigos. porque acredito que ninguém possa com ele. arrogante e inculto como é....
Se Mora tem um Fluviario, em Ponte do Sor ha um oceanario, entao a fundaçao da treta que ta farta de meter agua? e o eroporto internacional? e as palmeiras? querem mais agua?
9 Comments:
Cinco anos depois a obra é inaugurada amanhã.
Em Ponte de Sôr, a Fundação António Prates, continua a sorver dinheiro e nunca mais abre
A página de divulgação deste equipamento do concelho de Mora na internet, parece a página da Câmara Municipal de Ponte de Sor, que antes estava em construção e agora continua em construção.
Será que o fluviário está mesmo concluído?
Parece que é um espelho da página
Primeiro fluviário da Europa abre hoje em Mora e traz piranhas ao Alentejo
Têm um ar ameaçador e metem respeito. O corpo é comprimido, focinho curto e arredondado, com mandíbula saliente. A ligeireza com que trituram um camarão inteiro com casca denuncia dentes afiados. Quem havia de dizer que um dia o Alentejo teria piranhas vermelhas? Mas elas aí estão, entre as maiores atracções do Fluviário de Mora, que hoje é inaugurado, sugerindo um passeio entre a nascente e a foz de um rio, através de um conjunto de aquários, por onde se distribuem 500 exemplares de 72 espécies de peixes e de outros animais. Um tipo de "oceanário" de água doce. É a primeira estrutura do género na Europa e a terceira em todo o mundo.
Tal como viviam no Amazonas, as piranhas-vermelhas estão confortavelmente instaladas numa água que atinge uma temperatura superior aos 30 graus. Na hora da refeição, os camarões são o "prato preferido", alternados com uma ração à base de carne. Esta espécie alcança os 30 centímetros de comprimento, havendo exemplares em Mora que ainda nem chegaram aos dez.
Mas o fluviário apresenta mais peixes exóticos. Há para ver seis peixes-facas, dez pacus-negros e cinco aruanãs-prateados, oriundos da América do Sul, da bacia amazónica e dos lagos africanos, que vão coabitar com as várias espécies portuguesas de água doce, caso dos pimpões, achigãs, tainhas, chanchitos, enguias ou trutas mergulhadas em águas gélidas.
Ali ao lado das piranhas não faltam ainda seis rãs-seta-venenosas, de cores deslumbrantes, sete peixes-gatos, 30 peixes-azuis-cauda-de-lira, três bichir-cinzentos (enguia-dinossauro) e 16 ciclídeos-de-thomas e um trio de ciclídeos-amarelos, estes últimos representantes do lago Malawi. Há ainda dois pares de lontras que já estão habituadas à presença humana e ao regime alimentar implementado.
Projectado há cinco anos, o fluviário é uma obra de valor superior a seis milhões de euros, sendo que, após terem sido capturados, todos os peixes foram sujeitos a um período de quarentena, a fim de serem submetidos a uma desparasitação para evitar possíveis contaminações das outras espécies aquando da sua colocação no sistema de aquários.
O presidente da autarquia, José Sinogas, garante ao DN existir uma grande expectativa em torno deste projecto, que ocupa 2300 metros quadrados em pleno Parque Natural do Gameiro, nas margens da ribeira do Raia, admitindo que as exposições permanentes da fauna e flora possam atrair ao concelho 200 mil visitantes por ano. Para além de estar a apenas cerca de cem quilómetros de Lisboa, o fluviário apostou forte na promoção em Espanha, sem perder de vista as questões pedagógicas e de investigação com a abertura às escolas.
Hoje, o Fluviário de Mora já é candidato ao mais prestigiado Prémio Europeu de Arquitectura, tendo a obra estado cargo da empresa Teixeira Duarte, em parceria com a Promontório Arquitectos. A construção foi financiada, em cerca de 50%, pelo Programa Operacional da Região do Alentejo, tendo outra metade sido paga pela autarquia.
Roberto Dores,
in:Diário de Notícias 21/3/07
Aquário, único na Europa e terceiro do género no Mundo, abre hoje portas em Mora, sem a presença de qualquer membro do Governo. Carpas, achigãs e lontras terão por vizinhas anacondas, rãs venenosas e os peixes mais temidos do Amazonas.
É um sonho antigo que, depois de tantas dificuldades burocráticas, se tornou realidade.” É desta forma emotiva que o presidente da Câmara Municipal de Mora, José Sinogas, ‘pai’ do megaprojecto do Fluviário, orçado em mais de seis milhões de euros, encara a inauguração daquele que considera um dos “mais importantes espaços de lazer e de desenvolvimento económico do Alentejo”.
A cerimónia está agendada para as 11h00 de hoje. Para ‘cortar a fita’ foi convidado o primeiro-ministro, José Sócrates. Mas nem o chefe do Governo, nem qualquer outro membro do Executivo, irá marcar presença.
“A presença do Governo seria o reconhecimento da importância deste projecto, único na Europa e o terceiro do género em todo o Mundo, para a região do Alentejo e para o País”, salientou o autarca comunista, enquanto mostrava ao CM uma das atracções do Fluviário – as famosas piranhas, provenientes da América do Sul.
Às espécies de peixes e mamíferos conhecidas dos rios, lagos e barragens portuguesas, como a achigã, a carpa, os pimpões, as enguias, as tainhas e as lontras, juntaram-se nos últimos dias espécies de peixes exóticos de água doce oriundos da bacia amazónica e dos lagos africanos. Além das 24 piranhas vermelhas, nos aquários do Fluviário vão estar em exposição, entre outras espécies, seis peixes-faca, igual número de rãs venenosas, sete peixes-gato, três enguias dinossauro e um trio de ciclídeos-amarelo, últimos representantes do Lago Malawi. As anacondas são outras atracções do espaço.
250 MIL VISITANTES
Todas estas espécies estarão em exposição no espaço reservado aos aquários, o qual está dividido em cinco áreas. Os visitantes irão fazer um percurso da nascente até à foz, observando ao longo do mesmo as diferentes espécies de peixes através da reconstituição dos seus habitats naturais, aquáticos e terrestres.
“Vamos ter cerca de 400 peixes e mais de 70 espécies diferentes. Não estão ainda todos no Fluviário porque tivemos muitos problemas na captura devido a atrasos na atribuição de licenças e às condições climatéricas que provocaram cheias nos rios nos últimos meses de 2006”, referiu José Sinogas.
As entradas, à venda a partir de amanhã, custam seis euros aos visitantes com 13 ou mais anos e quatro euros para quem tiver entre três e 12. Também está previsto um ingresso de 15 euros para casais acompanhados por uma criança.
Anualmente deverão passar cerca de 250 mil visitantes por esta infra-estrutura, constituída ainda por restaurante e cafetaria, sala de exposições temporárias, biblioteca, sala de estudo com laboratório, auditório e loja.
HOTEL E COMÉRCIO
O Fluviário de Mora, localizado junto à margem da Ribeira do Raia e ao Parque Ecológico do Gameiro, no distrito de Évora, ocupa uma área coberta de três mil metros quadrados.
Na zona envolvente à infra-estrutura ficaram disponíveis 17 hectares de terreno para projectos privados. Segundo a autarquia, está prevista a construção de restaurantes, de um centro comercial e de um hotel e a instalação de uma empresa de passeios de barco.
“Os estudos apontam para uma afluência de 750 mil visitantes nos primeiros três anos. Depois deste período temos que arranjar atracções para que as pessoas passem pelo Fluviário mais que uma vez”, frisou ao CM José Sinogas.
Para a administração, loja, tratamento dos peixes e manutenção da infra-estrutura, também conhecida como o ‘oceanário’ do peixe do rio, foram criados nos últimos meses dez postos de trabalho.
“O projecto poderá ter dentro de pouco tempo 15 pessoas a trabalhar. Depende da sua evolução”, referiu o autarca, acrescentando, em seguida, que o Fluviário tem as ‘portas abertas’ para colaborar em trabalhos de investigação com as universidades portuguesas como também estrangeiras: “Reunimos todas as condições para se proceder neste espaço a experiências e trabalhos de investigação sobre determinadas espécies de flora ou fauna.”
CONSTRUÇÃO À ESCALA DE MONTE ALENTEJANO
O Fluviário de Mora é uma obra conjunta da empresa de construção civil Teixeira Duarte e da Promontório Arquitectos. A construção do arrojado edifício iniciou-se em Maio de 2005 e terminou em Janeiro deste ano, tendo custado aos cofres da autarquia alentejana mais de seis milhões de euros (1,2 milhões de contos na moeda antiga).
A envolvente da infra-estrutura, bem como o interior, foi construída com base num tradicional monte alentejano de baixa volumetria. “Face à proximidade do Parque do Gameiro e da ribeira, a estrutura não podia exceder as construções tradicionais da região”, referiu o autarca José Sinogas.
A beleza do edifício levou a empresa de arquitectos que o concebeu a candidatá-lo ao Prémio de Arquitectura da União Europeia, concedido pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, entidade criada em 1983 e com sede na cidade espanhola de Barcelona. A concorrer com outros 273 projectos de 32 países, o Fluviário de Mora acabou por ser excluído, em Janeiro último, da fase final deste importante galardão da arquitectura contemporânea europeia. O vencedor será conhecido a 14 de Maio, estando ainda na corrida outra obra portuguesa, também localizada no Alentejo: o Centro de Artes de Sines.
AUSÊNCIA DO GOVERNO GERA CRÍTICAS
O presidente da Câmara de Mora, José Sinogas, continua sem perceber o que levou os membros do Governo a recusarem os convites endereçados pela autarquia para a inauguração do Fluviário. “Deram justificações tardias e delegaram a presença na presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo que, pelo cargo que desempenha, já estava convidada. Hoje [ontem] ainda não sei se vem algum secretário de Estado. Se vier será bem-vindo”, garantiu o autarca, sublinhando que a ausência dos ministros “é uma atitude inaceitável e desrespeita a região”.
Tal como o CM noticiou na passada semana, para presidir à cerimónia foi convidado o primeiro-ministro, José Sócrates, que relegou o convite para o ministro do Ambiente. Por sua vez, Nunes Correia delegou na presidente da CCDRA e informou a autarquia da decisão através de um comunicado enviado a nove dias da abertura.
O executivo municipal decidiu no dia seguinte informar os órgãos de soberania sobre as “recusas do Governo” e “não aceitar a presença dos governantes na cerimónia”. Apesar dos “imprevistos”, o programa da cerimónia mantém-se inalterado, estando previsto para as 11h00 o descerramento da placa alusiva à inauguração, seguida da sessão solene com a presença dos autarcas locais e administração do Fluviário, e visita guiada à infra-estrutura.
ESPÉCIES EXÓTICAS SÃO ACTRACÇÃO
Um dos espaços do Fluviário de Mora está reservado à exposição de espécies exóticas provenientes da bacia amazónica, no Brasil, e dos lagos africanos. Nos aquários vão habitar dezenas de piranhas vermelhas, enguias-dinossauro, peixes-gato e peixes-faca, entre outras espécies coloridas.
Tartarugas mata-mata, anacondas e rãs venenosas são outras das estrelas do Fluviário. Na ‘viagem’ pelo espaço exótico o visitante ficará a conhecer o tipo de alimentação de cada espécie, a sua proveniência e alguns dos seus segredos. Por exemplo, o veneno das rãs era aproveitado pelos índios para colocar nas pontas das setas que utilizavam para caçar.
CASAL DE LONTRAS BAPTIZADO HOJE
O casal de lontras do Fluviário de Mora vai ser um dos grandes chamarizes para a pequenada, mas também para os adultos. A importância destes mamíferos, provenientes da Alemanha, é tão elevada que durante a construção da infra-estrutura foi deixado um espaço envidraçado que permitirá aos clientes do futuro restaurante do Fluviário assistirem às brincadeiras do casal enquanto almoçam ou jantam.
Ainda sem nome, as lontras vão ser baptizadas hoje, durante a inauguração da infra-estrutura. Os nomes do macho e da fêmea estão a ser escolhidos pelos ouvintes da Rádio Comercial e serão divulgados antes da cerimónia.
UMA CO-PRODUÇÃO LUSO-AMERICANA
Os aquários são a grande atracção do Fluviário e levam os visitantes num percurso da nascente até à foz. Para a concepção deste espaço contribuíram a firma americana Consestudi, especializada em museus vivos, e as portuguesas Y-Dreams, responsável pela área multimédia, e Turmar, encarregada da captura dos peixes. A ilustração científica esteve a cargo de Pedro Salgado e o designer gráfico Henrique Cayatte foi o autor do logótipo e sinalética da infra-estrutura.
Alexandre M. Silva,
in: Correio da Manhã
21-03-07
Este artigo publicado no jornal Correio da Manhã, mostra bem como se faz um obra deste tipo, com empresas especializadas nas várias áreas.
Nada se parece com as obras da Fundação António Prates, que ora se faz para logo se desmanchar, é assim a grande política de controle de custos do Pinto Bugalheira.
pelo menos mora faz obra que vai levar muitos milhares de visitantes à terra e ao concelho. ponte sor como é rica, esperta e intelectual quer fazer fundações para o sr pinto ver e o sr prates enriquecer. é preciso ter lata e falta de vergonha na cara. sr pinto que tal começar a gastar o nosso dinheiro para promover o concelho com coisas que realmente o fazem e deixe de coisa de fachada envolta em negociatas obscuras.
quem fez o comentario atras, ainda deve acreditar no Pai natal. porque quem quer faz bem quem não quer não faz. o taveira não quer fazer nada a não ser meter ao bolso com a ajuda dos pseudos amigos. porque acredito que ninguém possa com ele. arrogante e inculto como é....
Se Mora tem um Fluviario, em Ponte do Sor ha um oceanario, entao a fundaçao da treta que ta farta de meter agua? e o eroporto internacional? e as palmeiras?
querem mais agua?
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