O COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR DO GOVERNO DO ZÉ SÓCRATES
Para combater o abandono escolar precoce Governo vai lançar uma campanha em que apela aos alunos que abandonem a escola, a campanha tem por lema Não empates, vai para as Novas Oportunidades!.
Aos alunos que quiserem aderir basta declararem na escola que a abandonam para se inscreverem nas Novas Oportunidades.
Abandonam a escola, vão vadiar durante uns anos, até poderão inscrever-se como serventes de pedreiro nas obra da OTA ou do TGV e depois inscrevem nas Novas Oportunidades.
Aí levam um certificado assegurando que concluíram o 12.º ano com sucesso e como prémio levarão um portátil oferecido por um membro do governo ou pelo primeiro-ministro.
JUM
Etiquetas: Educação
2 Comments:
Afinal ha mais cursos de f semana modelo UNI, que falta de vergonha
Pelas contas do primeiro-ministro, há dez anos gastava-se o dobro do dinheiro com muitos mais professores para muito menos alunos. Esta poupança e a relação procura/oferta é, obviamente, um bom sinal.
Quem escreve isto hoje a meio do editorial do DN deve ser uma pessoa muito crédula. Ou então mais preguiçosa do que eu em matéria de fact checking.
Vamos lá senhor editorialista. Força nisso:
* Em 1997/98, existiam 1.161.808 alunos no Ensino Básico e 382.261 no Secundário. Desafio o senhor que escreveu aquela asneira acima a demonstrar que agora existem muito mais alunos, quando a quebra demográfica é o principal argumento dos que defendem a redução do número de docentes.
* Em 1997/98 existiam 154.724 docentes em exercício nos Ensino Básico e Secundário. Admito que agora existem menos, mas quantos menos? Estará o estimado editorialista em condições de especificar? É que em 2005/06 ainda eram mais de 155.000, segundo os dados oficiais do GIASE.
* Por fim, quanto ao Orçamento, é por demais evidente que o senhor editorialista engoliu com demasiada pressa o acepipe que lhe serviram? Gastava-se o dobro???? A sério???? Provavelmente isso será assim se usarmos como unidades de conto os escudos em 1997 e os euros em 2007. Provavelmente até se gastava 5 vezes mais. O Orçamento do ME para 2007 está aqui. Os valores para as despesas entre 2006 e 2007 andam em torno dos 6.000 milhões de euros. Para 1999/2000 temos aqui o Orçamento e as despesas na moeda actual andavam pouco acima dos 5.000 milhões de euros. Quanto a 1997 não encontro qualquer documento ou estudo em suporte escrito ou electrónico (e poderia aqui inventariar vários) que demonstre que os gastos do ME eram superiores ao milhão de contos (c. 5 milhões de euros). Quando pela lógica do editorialista e da citação do primeiro ministro deveria ser superior a 10-12 milhões de euros.
Será que por uma vez, senhores editorialistas de pacotilha, seria possível pensarem e fazerem contas pela vossa própria cabeça? Ou o curso não tinha Aritmética Técnica no currículo?
Será exigir muito que verifiquem os dados antes de os dar como verdadeiros? Que o primeiro-ministro seja fraco em contas já nenhum de nós se admira. O contrário é que seria de estranhar.
Irra que a certa altura tamanho nível de ignorância e/ou desinformação ultrapassa qualquer limite de paciência.
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