segunda-feira, 25 de abril de 2011

UMA NA BRAVO, OUTRA NA DITADURA

- parte 1/2


- parte 2/2



Hoje, celebra-se a liberdade. Pelo menos para quem a valoriza e lhe dá uso, com ou sem cravo na lapela, o 25 de Abril é um dia de alegria. Mas é também o dia da esperança esbanjada por um povo que deixou e continua a deixar que, em muitos planos, a opressão regresse ao que foi antes daquele que poderia ter sido o tiro de partida para uma sociedade mais justa e um país de todos e para todos.

Uma na Bravo, outra na ditadura, de André Valentim Almeida, é um documentário que aborda precisamente o tema dos sonhos desfeitos pelo desleixo de um povo incapaz que fez por desmerecer o legado de Abril.
A futilidade, a moda do a política é uma seca e a ligeireza com que as gerações filhas daqueles que fizeram a revolução trataram o passado, está lá tudo.

Falta o pós-FMI e a incógnita sobre se se terão ou não perdido os genes que souberam dizer não à ditadura, à guerra colonial e a uma oligarquia que enriquecia à custa da pobreza de quem partilhava uma sardinha entre dez. Este 25 de Abril é especial.
Essa oligarquia, que nunca deixou verdadeiramente de aí estar, volta à carga, em força, a exigir a reconquista em definitivo do direito a enriquecer empobrecendo.
Ao mesmo tempo, em vez de colonizadores que querem deixar de negar o direito à auto-determinação das suas colónias, muito em breve, caberá aos portugueses decidirem se querem ou não que Portugal se transforme numa colónia de um império onde não terão voz, que fique à espera de outro 25 de Abril.
Vem já a seguir.
Umas no voto, outras na estupidez das cavalgaduras.

Filipe

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3 Comments:

At 26 de abril de 2011 às 22:22, Anonymous A.C. said...

Não posso deixar de me associar a todas os cavalheiros que ontem clamaram pelo entendimento partidário, aquele mesmo que nos levou à falência. Seria mesmo uma heresia que esta canalhada se desunisse, agora que se perspectiva a chegada de mais um carregamento de 80 mil milhões que, a exemplo do passado, se vão distribuir entre compadres e gente fina de gravata e ar sério.

 
At 27 de abril de 2011 às 16:56, Anonymous Anónimo said...

Dá que pensar

por mais que me custe entender!




Sabem quantos países com governo socialista restam agora em toda a União Europeia?

Depois das recentes eleições na Hungría e no Reino Unido

só ficaram 3 países:

Grécia, Portugal e Espanha
que coincidência!



Como disse Margaret Thatcher



"o socialismo dura até se acabar o dinheiro dos outros".

 
At 29 de abril de 2011 às 10:41, Anonymous Anónimo said...

Do circo habitual, ouve-se o coro das desgraças que a crise internacional nos atirou para cima. Da classe de mandriões e oportunistas (políticos) ninguém é responsável nem responsabilizado pelos actos danosos que nos conduziram à falência económica e social. A culpa, neste país de toscos, morre habitualmente solteira, e virgem.
Está aí o fmi e os nossos pastores vão avisando que o futuro vai ser negro, apesar do seu esforço para nos salvar da fome. valentíssimos filhos da política.
Aumentar impostos, reduzir salários, pensões, apoios sociais e tudo o mais que for possível para que possa continuar a desbunda na classe, acompanhada de amigos, familiares e rapaziada dos partidos.
Já os ouviram falar de:
Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-presidentes da república ainda vivos?
Da uma redução dos deputados da Assembleia da República e respectivos gabinetes?
De uma qualquer reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, à custa do pagode?
Acabar com centenas de institutos e Fundações públicos que não servem para nada, além de distribuir pelos amigos o dinheiro público?
De acabar com a generalidade das empresas municipais, um estratagema para dar tachos à rapaziada do partido que não raramente, acumula a administração com funções nos municípios, aumentando desta forma o salário próprio e a despesa pública?
Da inevitável redução das Câmaras Municipais e respectivas assembleias, juntas de freguesia e das famosas senhas de presença?
De acabar com o Financiamento aos partidos, que podem e devem viver da quotização dos seus associados e simpatizantes?
Reduzir ao estritamente necessário o parque automóvel, e respectivo número de motoristas?
Racionalizar o uso das viaturas, colocando chapas de identificação em todos os carros do estado, acabando com o seu uso indiscriminado?
Racionalizar as administrações hospitalares que em alguns casos, é superior em número ao do pessoal administrativo. o de penafiel por exemplo, tem sete administradores, pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
Exigir a devolução dos milhões emprestados pelos contribuintes ao BPN e BPP.
reaver os milhões desviados por rendeiros, loureiros e quejandos, onde quer que estejam?
Acabar com os salários milionários na RTP e demais empresas públicas?
Acabar com o ruinoso negócio das PPP, que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes?
Criminalizar imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam?
Controlar a actividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise"?
Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos?
Pôr os Bancos a pagar impostos?
E.., por aí adiante.

Mas provavelmente implementar tais medidas, iria aborrecer alguns dos senhores importantes que têm horror ao cheiro a suor e habitualmente não se misturam com a populaça.
Afinal de contas, é mais fácil continuar a foder o rebanho mas, fica a sugestão.

 

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