sexta-feira, 15 de julho de 2011

TANTOS TACHOS, NUMA COZINHA TÃO PEQUENA!

Um teorema difícil de resolver!
A Maria partiu tudo…partiu a loiça toda!
Os cozinheiros vieram para a rua, com os tachos e as panelas. Juntaram-se às centenas, mas não conseguiram nada!
Pelo contrário!
As receitas foram mudadas, ficaram mais horas a “cozinhar”, a mexer os caldos, a rapar os tachos, amuados na despensa…
Depois, tinham que se espiar uns aos outros, sobretudo quando faziam “grelhados”.
Sim, porque as “grelhas” aumentaram.
Surgiu uma nova dieta, com menos calorias, não fossem os cozinheiros engordar!
Além disso, a Maria passava a vida a chamar-lhes “malandros”!
Tinham que estar a tempo inteiro na cozinha!
Se não era para cozinhar, então inventassem receitas, menus, com criatividade, porque o objectivo era pôr tudo em pratos limpos!
Da cozinha tinha que sair de tudo, mesmo que a qualidade não fosse grande coisa.
Tinha que se dar uma nova oportunidade aos nabos, tinha que se certificar a sua qualidade!
Claro que a despesa aumentou!
A Maria não parava, encomendava pareceres, pedia consultorias e até deu novas tecnologias a todos.
Aos cozinheiros e aos clientes, vejam só!
Até mandou renovar os estabelecimentos!
Tinha que ser perfeito, porque a sua reputação internacional estava em causa!
Apesar de tudo, as coisas não estavam bem. E, antes
que o caldo entornasse, o “chef” substituiu a governanta pela Isabelinha.
A Isabelinha chegou de avental branco, de luvas, com um sorriso enorme estampado no rosto.
Ela sabia que era uma aventura difícil, talvez a maior aventura de toda a sua vida! E ria-se, ria-se muito!…
Os cozinheiros protestavam, mas ela ria-se muito. E, com paninhos quentes, lá foi puxando a brasa à sua sardinha, insistindo nos grelhados, com ligeiras variações, à sua moda…
Mas as sopas começaram a azedar.
Os clientes andavam zangados, as facturas aumentavam e o dinheiro escasseava.
O caldo entornou-se mesmo!
E mu
dou-se a governanta!
Desta vez seria um homem!
O homem chegou e, espantado certamente, pôs-se a olhar para os tachos! Tantos tachos, numa cozinha tão pequena!
Tanta gente a comer da mesma panela!
Tantas máquinas, tantos aparelhos!
Tanto desperdício, tanto lixo! E tantos pobres, à porta, com fome!
O homem pôs-se a fazer contas, que nisso é ele bom, e ainda não falou…
A equação é difícil de resolver!

Conceição Couceiro

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17 Comments:

At 16 de julho de 2011 às 15:33, Anonymous Anónimo said...

Fico chocada com os professores quando falam que estão tão mal pagos coitados ! Está-se a ver as notas que os alunos tiveram a nível nacional .
È mais fácil ir para as excursões do que ensinar como deve ser .

 
At 16 de julho de 2011 às 18:07, Anonymous Anónimo said...

Tens de ir para escola aprender a escrever os «é»

 
At 16 de julho de 2011 às 20:01, Anonymous Anónimo said...

Não posso! os professores não sabem ensinar veja o resultado dos exames .

 
At 16 de julho de 2011 às 22:29, Anonymous Anónimo said...

O mal é dos professores?
Ou será dos alunos?

 
At 16 de julho de 2011 às 23:09, Anonymous Anónimo said...

São dos dois

 
At 17 de julho de 2011 às 00:41, Anonymous Anónimo said...

O mal é dos alunos que não dão importância aos exames, apenas importa para passar. Só abrem os olhos quando não têm notas para ir para a universidade.

 
At 17 de julho de 2011 às 09:47, Anonymous Anónimo said...

A culpa é sobretudo das políticas que de educativas nada têm. Os programas mudam cada vez que muda o governo e o que conta é ter as crianças e jovens dentro da escola mas não importa o que fazem. As horas a mais que lá estão não reforçam as aprendizagens porque as áreas são destinadas a entreter. Como estão sempre na escola, já não se identifica nem respeita a escola como local de aprendizagem. As horas que deviam ser para matérias fulcrais são gastas em áreas de projeto, estudo acompanhado (onde os diretores de turma tratam dos assuntos da turma) e formação cívica que é dada como disciplina que se estuda como se fosse uma área separada das outras e os alunos nas outras áreas já não precisassem ser bem formados.
Os alunos têm que estar na escola até aos 18 anos mesmo que sejam umas autenticas bestas que só lá andam a destruir. Dantes aprendia-se uma profissão e agora aprende-se que se tem que ir "x" dias à escola para que ao fim do mês a família receba o subsídio.
Enquanto não mudarem as políticas não há quem inverta os resultados e a culpa não é dos alunos, dos pais, nem dos professores.
A escola está transformada num inferno que ultrapassa as paredes da escola e atinge agora toda a sociedade.
Preparem-se e acordem porque estes alunos são os adultos que amanhã nada sabem fazer além de distúrbios e ir aos correios gritar porque a carta do subsídio ainda não veio.

 
At 18 de julho de 2011 às 11:35, Anonymous Anónimo said...

A culpa é do Costa....!

 
At 18 de julho de 2011 às 18:30, Anonymous Anónimo said...

Do qual Costa ?.

 
At 18 de julho de 2011 às 18:49, Anonymous Anónimo said...

És um ganda burro, não se vê logo que é do Costa do Castelo.

 
At 23 de julho de 2011 às 18:37, Anonymous Anónimo said...

A escola, pode estar transformada num inferno, mas quem criou esse inferno foram os professores, que não conseguiram acompanhar a evolução da sociedade. Lembro-me da época em que era aluno na escola secundária de Ponte de Sôr e os professores viviam no reino da intriga e se vigiavam uns aos outros com o intuito de apanharem um colega numa posição comprometedora para poderem tirar proveito pessoal.
Esta foi a grande formação que os professores passaram aos alunos.
Poderia enumerar quantos professores se faziam valer da posição que ocupavam, para auferirem produtos, ou contrapartidas para a sua vida pessoal. Também podia enumerar quantos alunos pediram transferência desta escola, ou deixaram de estudar graças às perseguições encetadas por alguns professores.
É certo que esta é uma realidade que não se pode generalizar, mas certamente não era única.
Todos sabemos que muitos professores só seguiram a carreira docente, porque não conseguiram trabalho na área para a qual estudaram. Feliz mente a realidade actual é um tanto diferente, mas até a fonte estar completamente depurada muito vai ter que ser feito.
Até ao momento, quem está a ler este breve comentário deve estar a pensar que encontro nos professores a única causa para o mau estado do nosso ensino, mas engane-se pois a culpa é da nossa sociedade que não conseguiu acompanhar a evolução cultural.
Os pais libertinos educaram os meus professores, que também são os pais da minha geração e não nos educaram e claro está que a minha geração não soube educar os seus filhos.

XACAL

 
At 23 de julho de 2011 às 20:14, Anonymous Anónimo said...

Pelo que percebi do seu comentário está referir-se a uma escola determinada de Ponte de Sor...Como por esse país fora há escolas de sucesso e a formação dos professores é idêntica, como 90% dos professores que leccionam em Ponte de Sor não são naturais do concelho não se percebe como é que o problema reside na formação e nos professores, formados nas escolas que formaram os outros da regiâo e do país.Já agora seria também de questionar não só a formação dos pais como também a dos alunos e seus interesses e não vale a pena generalizar ao País pois, nos últimos anos, estamos a aproximar-nos do nível internacional como o provam os prémios recebidos em concursos mundiais a física e a matemática.

 
At 24 de julho de 2011 às 23:04, Anonymous Anónimo said...

Colegial


Em cima da minha mesa,
Da minha mesa de estudo,
Mesa da minha tristeza
Em que, de noite e de dia,
Rasgo as folhas, leio tudo
Destes livros em que estudo,
E me estudo
(Eu já me estudo...)
E me estudo,
A mim,
Também,
Em cima da minha mesa,
Tenho o teu retrato, Mãe!

À cabeceira do leito,
Dentro dum lindo caixilho,
Tenho uma Nossa Senhora
Que venero a toda a hora...
Ai minha Nossa Senhora
Que se parece contigo,
E que tem, ao peito,
Um filho
(O que ainda é mais estranho)
Que se parece comigo,
Num retratinho,
Que tenho,
De menino pequenino...!

No fundo da minha sala,
Mesmo lá no fundo, a um canto,
Não lhes vá tocar alguém,
(Que as lesse, o que entendia?
Só riria
Do que nos comove a nós...)
Já tenho três maços, Mãe,
Das cartas que tu me escreves
Desde que saí de casa...
Três maços - e nada leves! -
Atados com um retrós...

Se não fora eu ter-te assim
A toda a hora,
Sempre à beirinha de mim,
(Sei agora
Que isto de a gente ser grande
Não é como se nos pinta...)
Mãe!, já teria morrido,
Ou já teria fugido,
Ou já teria bebido
Algum tinteiro de tinta!


José Régio

 
At 2 de agosto de 2011 às 23:17, Anonymous Anónimo said...

um novo blog em Ponte de Sor: http://dolargo25deabril.blog.com

 
At 3 de agosto de 2011 às 17:38, Anonymous Anónimo said...

Numa sociedade em que o saber é olhado com desconfiança, desprezo e sem primor, os pais não podem es-perar dos filhos que tenham o gos-to, a ânsia e a curiosidade de a-prender.
O trabalho dos professores realiza--se segundo a lei da oferta e da procura.Se a procura de saber dos alunos aumenta, a oferta estimula-se e a qualidade do ensino aumenta também.
Mas, se os alunos chegam mentali-zados de que a escola é boa para passar o tempo com os colegas, os professores nada sabem e o que en-sinam para nada serve, porque o que importa é ter dinheiro para a última moda e discoteca e "tirar o curso", então a procura do saber é nula e toda a oferta é um desperdí-cio porque não é auscultada, pes-quisada, lida, construida de forma orientada ou observada e portanto não éassimilada.
A sociedade tem que ter a humilda-de de dizer, eu não sei, mas tu tens que saber mais do que eu, porque esse é o meu orgulho e a tua responsabilidade para a tua sobrevivência.

 
At 26 de outubro de 2011 às 19:22, Anonymous Anónimo said...

Há bons professores mas também há aqueles que nem para auxiliares serviam.
Duvidam???? Façam-lhes exames e comprovem. Faculdade feita com trabalhos comprados e feitos por outros é o que mais havia e há

(Um talvez prof)

 
At 26 de outubro de 2011 às 19:22, Anonymous Anónimo said...

Há bons professores mas também há aqueles que nem para auxiliares serviam.
Duvidam???? Façam-lhes exames e comprovem. Faculdade feita com trabalhos comprados e feitos por outros é o que mais havia e há

(Um talvez prof)

 

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