sexta-feira, 27 de maio de 2005

ECONOMIA [ parte VII ]

O colapso financeiro do país


Medina Carreira pensa que o país está à beira do precipício.
O ex-ministro das Finanças concorda com as medidas anunciadas pelo Governo mas não acredita que resolvam o problema. E deixa o aviso: o Estado pode abrir falência em poucos anos.


É positivo que se aumente o IVA. É o imposto que mais rentável e rápido, o mais eficaz a levar dinheiro para os cofres do Estado. É legítimo que se divulguem publicamente as declarações de IRS de todos os contribuintes e que se combata a fraude e evasão com o levantamento do sigilo bancário. É uma questão de moralidade acabar com as subvenções vitalícias dos deputados.

As medidas anunciadas pelo Governo para combater o défice até merecem a nota positiva de Medina Carreira… mas tem que ser feito mais. Sobretudo do lado da despesa, que tem que ser travada.

Se assim não for, o país entra em colapso financeiro dentro de 10 anos, avisa o ex-ministro das Finanças, que quer ouvir outras medidas do ministro das Finanças, sobretudo no que toca às despesas sociais.

Segundo o economista, só nos últimos 4 anos os gastos do Estado com protecção social cresceram a um ritmo de 150 milhões de euros por mês. Por isso, defende uma diminuição nas reformas mais altas e admite que sejam dispensados funcionários públicos.
Aconselha ainda que seja criado um fundo para a reestruturação da máquina do Estado.

O défice – concluiu o ex-ministro - é só um dos sintomas da doença das contas públicas. Por isso, o governo tem de ir mais longe e tomar medidas estruturais de redução da despesa. E tem também de abandonar investimentos como o
TGV ou a Ota… projectos que Medina Carreira apelida de “disparates”.

7 Comments:

At 27 de maio de 2005 às 13:49, Anonymous Anónimo said...

Eh Pessoal
Ainda se lembram quando o Taveira Pinto e os restantes "cromos" dos Presidentes das Câmaras do Distrito andavam a formar um lobi para o TGV utilizar o ramal de Cáceres?
Deviam querer um TGV, com paragens em todas as estações e apeadeiros do ramal...
Estes gajos são todos incopetentes e querem fazer dos outros tontos...

 
At 27 de maio de 2005 às 15:52, Anonymous Anónimo said...

O país está em crise logo impõe-se sacríficios. José Sócrates, e a sua troupe, dá o exemplo impondo sacríficios a alguns dos seu apaniguados...

Impuseram a Fernando Gomes o supremo sacríficio de aceitar ser administrador executivo da GALP. O coitado foi apanhado de surpresa e diz que ainda não sabe quais vão ser as condições em que vai desempenhar o cargo na petrolífera portuguesa. Sabemos todos contudo que vai ganhar milhões de €uros num espaço de tempo bem mais curto que o comum dos mortais. Que se saiba ser administrador da GALP não é um cargo de confiança política (é?) logo presume-se que Fernando Gomes, que é economista, foi escolhido pela sua capacidade e perfil técnico, mas será normal uma empresa, uma das maiores empresas do País, contratar alguém, ainda por cima para administrador, sem uma entrevista prévia, sem verificar se há um fit entre o candidato e as funções ?

Em Portugal obviamente que é normal e tanto o é que no po(l)vo socialista que tanto criticou a nomeação (errada) de Celeste Cardona para a CGD nem uma única voz se levanta a proclamar o óbvio. Até Manuel Alegre está afónico.

Mas não é só a Fernando Gomes que são pedidos sacríficios deste calibre, mais dia menos dia, o controleiro-mor do PS - Jorge Coelho - (isto enquanto Sócrates não for forçado a escolher entre ele o António Costa) vai ter de arranjar poiso a Nuno Cardoso (que não foi para a presidência da AdP), a Narciso Miranda, a Manuel Seabra e Orlando Gaspar, e isto só para mencionar alminhas do Grande Porto que é preciso encaixar para não perturbar o processo autárquico...

Mas há mais, será normal que praticamente ao mesmo tempo que se sabe que Mário Lino vai ser Ministro das Obras Públicas e Transportes, uma empresa por ele tutelada, o Metro de Lisboa, admita em 10/03, por proposta interna datada (!) do dia anterior, para os seus quadros nada mais, nada menos, que a esposa (Maria Sofia Pedro Venceslau de OLiveira) daquele que veio a ser o seu presente chefe de gabinete (Guilherme Dray)? É óbvio que é normal (e aqui ao contrário do caso de Fernando Gomes registe-se que não estão em causa as habilitações da senhora, que manifestamente as tem, para o cargo onde foi encaixada, apenas a coincidência...).


O DN publica hoje uma estranha nota, assinada por Duarte Lima, em três partes (I, II e III), onde se perora sobre os estranho comunicado do BES que aquele grupo financeiro fez publicar na imprensa acerca do affair sobreiros. Acontece que não é o Estado, ou a coerência deste, que está em investigação, bem ou mal essa é julgada de quatro em quatro anos, logo a infeliz prosa - que coloca o BES no papel de vítima ignata da burocracia - mais não faz do que tentar encapotadamente contextualizar o lobbying como uma inevitabilidade face às alegadas deficiências de funcionamento do Estado, algo que nem o comunicado do BES tentou. Acresce que o problema não é estritamente burocrático, mas também é político. Para rematar Duarte Lima disserta sobre o segredo de Justiça e já vê na penumbra uma cabala que o leva a firmar que é "legítimo pensar que se está a querer criar uma convicção e um julgamento antecipado na opinião pública" logo com vista a arruinar o BES, os Dr. Nobre Guedes e Abel Pinheiro & C.a.

Formalmente Duarte Lima tem razão, tem toda a razão, só que às vezes na nossa peculiar justiça o único julgamento que há condições para realizar ainda é mesmo o da opinião pública logo e enquanto houver quem pense assim, e nada se fizer para que se deixe de pensar assim...


Ainda no DN e depois de se ler esta prosa também de Duarte Lima, fica-se à espera que este, em coerência, abandone o Grupo Parlamentar do PSD e adira ao do PS...


Os senhores deputados da República querem um novo edíficio para gabinetes individuais. Um gabinete por cada dois não lhes chega. E que tal reduzir o número de deputados para metade ou quase

 
At 27 de maio de 2005 às 18:39, Anonymous Anónimo said...

O Estado resolveu entregar um livro de cheques aos nossos trezentos e oito presidentes de Câmara para estes gastarem como muito bem entendessem. E foi um fartar vilanagem. Obras de 100 mil contos que acabaram por custar 500 mil. Viagens com fartura para vereadores e malta amiga. Espectáculos culturais que ninguém queria ver à conta do município. Almoços e jantares com fartura para tudo o que era associação. Subsídios à vara larga para encher os bolos de alguns. Empregos e materiais com fartura para garantir votos. Etc. Etc. Etc. Agora é evidente que chegou a hora de pagar a factura. Mas o povo não se tem de queixar. Os presidentes da Câmara, afinal, não são mais do que o espelho fiel de quem os elegeu.

 
At 27 de maio de 2005 às 18:43, Anonymous Anónimo said...

Talvez agora o povo comece a perceber das vantagems de votar em gente séria.

 
At 27 de maio de 2005 às 21:22, Anonymous Anónimo said...

Há políticos sérios? Os políticos deviam ganhar o ordenado mínimo, assim ver-se-ia quem eram realmente aqueles que se interessam verdadeiramente pela política. NÃO ACREDITO EM POLÍTICOS, NÃO OS HÁ SÉRIOS!

 
At 27 de maio de 2005 às 21:40, Anonymous Anónimo said...

ENTÃO E AS DESPESAS DO PAÍS COM OS TRIBUNAIS, NINGUÉM COMENTA?
E OS HORÁRIOS «ZERO», NAS ESCOLAS?
E OS ESCANDALOSAMENTE RICOS?
E OS VERGONHOSAMENTE POBRES?
NÃO ME DIGAM QUE O PINTO É MAIS IMPORTANTE!!!!!!!!!!!
ACORDEM...DEIXEM-SE DE VINGANÇAS.
SE É FEITO NA CÂMARA...ESTÃO A MAMAR A TETINHA DA ADMINISTRAÇÃO! SE SÃO VELHOS ÓDIOS...JÁ MAMARAM E NESSA ALTURA NÃO CHIARAM TANTO!
VÃO MAS É TRABALHAR DURO.

 
At 28 de maio de 2005 às 12:29, Anonymous Anónimo said...

COITADOS DELES:

"(...)quando se ouviu o primeiro-ministro prometer acabar com os "privilégios injustificados" da classe política, nomeadamente em termos de reformas, o embaraço [na assembleia] durou uns segundos.

(...)todos aqueles deputados que actualmente já tenham completado 12 anos na Assembleia da República terão direito, caso o requeiram, a receber a subvenção. Que é calculada à razão de 4 por cento do vencimento por cada ano de exercício do mandato, até ao limite de 80 por cento do salário de deputado.

(...)não serão afectados os titulares de cargos políticos que acumulem esse vencimento com pensões(...)

Campos e Cunha, que se reformou dos quadros do Banco de Portugal, recebeu 114 mil euros de pensões, mais do que os rendimentos do trabalho.

"(...)os ex-primeiros-ministros que tenham ocupado o cargo durante quatro anos, seguidos ou interpolados, têm direito a receber uma subvenção mensal vitalícia, no valor de 80 por cento do salário do chefe do Governo.

(...)José Manuel Durão Barroso esteve no cargo cerca de dois anos, entre 2002 e 2004, apenas lhe cabendo cerca de 2800 euros mensais.

(...)Como [Pedro Santana Lopes] só permaneceu no cargo cerca de nove meses, o montante não ultrapassa os mil euros mensais.

In DN

 

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