sexta-feira, 19 de maio de 2006

CHEIRA MESMO MUITO...

A ESTURRO

O IEFP diz que os desempregados inscritos em Abril desceram 2% face a mesmo mês de 2005.
É a maior queda dos últimos 5 anos e segue-se a outra, de 0,9%, em Março.



O presidente do IEFP, a CGTP e a CIP aconselham prudência na interpretação dos números.
Fazem bem.
Deviam, inclusive, ter ido mais longe.
Quem conhece a economia portuguesa, sabe que o desemprego não baixa (sustentadamente) se o crescimento for inferior a 2-2,5%.
Ora, é difícil perceber esta descida, com a economia quase estagnada.

Sabe-se que a reestruturação empresarial em zonas industrializadas parece estar a abrandar.
Mas daí à absorção de mão-de-obra a distância é grande.
A explicação estará noutro sítio (metodologia de cálculo, sazonalidade?).
O Governo não resistiu a embandeirar em arco.
Fez mal: a precipitação paga-se caro.
É importante transmitir confiança.
Mas se ela assentar em embustes, os custos são grandes.

C.L.