segunda-feira, 15 de maio de 2006

"TEMOS DE SABER O QUE QUEREMOS E PARA ONDE VAMOS"... POIS TEMOS TAVEIRA PINTO!


Há cerca de um mês correu na imprensa regional, a notícia da eleição para a presidência da Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista.
Foram conhecidos os conteúdos programáticos das candidaturas, os intentos de cada protagonista e a margem de vitória de 80% da votação em Ceia da Silva contra a candidatura de Taveira Pinto.

Ambos pecam numa coisa: abdicam liminarmente das responsabilidades que enquanto militantes de um partido de governo, com deputados eleitos no distrito, desde 1975, apregoam demagogicamente que o Norte Alentejano se deve afirmar no plano nacional, num distrito de afirmação e de iniciativa, de estratégia, de reforço das acessibilidades e de reforço da economia e do emprego.
O distrito de Portalegre apresenta índices de desemprego e taxas de emigração preocupantes e padece de abandono repetido, consequência das políticas de governo.
Qual a responsabilidade do Partido Socialista no facto de não votar favoravelmente na Assembleia da República, a construção de obras estratégicas do desenvolvimento como por exemplo o IC13 Montijo-Portalegre ou a adopção de políticas de reestruturação dos equipamentos de saúde do distrito como os Hospitais de Portalegre e de Elvas?
Todos estes projectos levaram o chumbo dos Srs. Deputados do Partido Socialista.
Agora, como se não tivessem passado, como se as responsabilidades políticas no distrito não lhes dissessem respeito, aparecem como salvadores da pátria, denunciando atrasos e abandonos inconcebíveis e estratégias erradas que contrariam a fixação de população e o investimento local e regional.
Taveira Pinto aponta o dedo à Distrital cessante sobre o encerramento da maternidade de Elvas, como se isso importasse a alguém que nunca bateu na mesa contra o encerramento de Postos Médicos no concelho de Ponte de Sor ou contra o fim dos Postos da EDP...
E o encerramento das Escolas Básicas?
E a regionalização?
E o encerramento da linha do Leste?
"Temos de saber o que queremos e para onde vamos". Pois temos, caro Dr.! Pois temos!



Carol Marks

EM FILHOS DA PONTE

3 Comments:

At 16 de maio de 2006 às 08:49, Anonymous Anónimo said...

Grande enrrabadela o Pinto levou do Ceia.

 
At 16 de maio de 2006 às 11:43, Anonymous Anónimo said...

NO PS NÃO HÁ REI, NÃO HÁ PAI, É UMA ORFANDADE COMPLETA!!!

Regra geral entre pais e filhos existe sempre uma relação complexa.
Não nos vamos armar aqui em Daniel Sampaio, mas isto é sabido, é dos livros e vem do processo evolutivo do homem - que em família e em sociedade assume novos comportamentos.
No PS, até à bem pouco tempo havia um "pai" - Mário Soares.
Pela idade e pelo desgaste natural das coisas foi-se vertendo na figura daquele leão velho que, a dado momento, deixa de ter capacidade de procriar, de lutar contra os de fora que fazem perigar o conjunto e de assegurar a patrulha do território vital. Mas se Soares era o pai muitos eram os filhos (políticos).
E Carrilho bem poderia ser um deles, e, como tal, e na linha do complexo de édipo que também existe na política, muitos desses filhos tentaram "matar" politicamente Soares, ié, consumar o seu parricídio político cujo mecanismo está no fundamento das famílias e na própria extensão das sociedades.
Talvez seja um pouco forçada esta leitura do comportamento de Carrilho ao lançar aquele livro só agora, quase meio ano volvido sobre o tempo em que os danos políticos se produziram, e nós sabemos como em política são 6 meses: uma eternidade.
Quereria Carrilho, ainda que inconscientemente, eliminar retardadamente um seu pai político?
Que durante muito tempo o castrou e com ele rivalizou o poder e a influência?
Será, porventura, uma hipótese, e se for válida ainda se justificará mais o lançamento deste livro contra o próprio PS do que uma mensagem dirigida contra Marcelo, o PSD ou o jornalistas em geral. Embora não tenha sido essa a mensagem do próprio Carrilho nem a de Rangel - que abriu as hostilidades e o ataque, quiça porque sentiu ele próprio essa "doença" acelerada do desgaste e de ser colocado out of game pelo inner-circle da Sic, embora com a cumplicidade estratégica do próprio totem do grupo: Balsemão.
Só que ao mesmo tempo que Carrilho pode ter querido abater o seu totem, matar o seu pai político - também teve a necessidade da reparação pelo sentimento de mal estar que essa luta desigual a dada altura lhe causou.
Ninguém se sente bem a bater em velhos.
Todos, afinal, temos consciência e ninguém razoável se sente bem sabendo que acabou de abater o seu próprio pai político.
Ainda que Carrilho não fosse um seguidor de Soares, mas era este, de facto, o totem do PS no qual Carrilho se acomodara.
Carrilho sabe que todo o pai já foi filho, e todo o filho trás em si um pai em potência.
Daí, talvez, a raison d'être desta sua manifestação ambivalente: por um lado, matar definitivamente o pai político; por outro assegurar-lhe, de algum modo, uma possível reparação: quer inflingindo farpas à area do PSD, quer aos jornalistas e aos media no seu conjunto.
Se esta interpretação conhecer algum fundamento - então Carrilho agiu única e exclusivamente sob comando dos seus impulsos inconscientes - que ele não consegue controlar de forma racional.
Além do culto do corpo, do belo e do estético - que condicionam sobremaneira a posição social de uns e outros em sociedade, carrilho terá, porventura, dado um grito de alarme ao seu mundo.
Ele, no fundo, terá querido dizer quanto odiava e amava aquele PS que nunca o adoptou como um filho legítimo. E depois do parricídio (presente na derrota humilhante que Soares sofrera nas presidenciais) Carrilho ficou com sentimentos de culpa.
Sentimentos esses que demoraram 6 meses a maturar, e a semana passada deu à luz o seu ovo de compensação, quase num gesto narcísico que bem podería formular-se no seguinte: espelho-meu, espelho-meu, diz-me se há alguém mais belo do que eu...
Carrilho, em rigor, foi igual a si próprio e mais não fez do que meter um microfone encostado ao seu ego e levantar o volume do seu inconsciente...)))))) Ei-lo a vociferar)))

 
At 16 de maio de 2006 às 16:00, Anonymous Anónimo said...

O PS do distrito de POrtalegre, conhece a peça. Por isso foi em peso votar no Ceia...

Só os papalvos de Ponte de Sor é que não reconhecem que há alternativas à gestão danosa do Taveira Pinto.

 

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