quarta-feira, 17 de maio de 2006

NA CÂMARA MUNICIPAL DE PONTE DE SÔR É O QUE SE PASSA

CAPATAZES



Entrados no século XXI, eis que estamos agora a discutir o combate ao tráfico de seres humanos e trabalho forçado na Europa.

Não é mal que se discute, já que o problema existe.
O que é dramático é que a civilização tenha regredido de volta aos tempos do tráfico humano e da escravatura.

E foi assim que um estudo do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social procedeu ao levantamento das situações de exploração laboral e tráfico de imigrantes em Portugal e dos emigrantes portugueses que vivem e trabalham na Europa.
Um horror.
A grande diferença é que os emigrantes portugueses chegam a ser vítimas de violência, de rapto, de ameaças físicas e até de chantagem sobre as famílias que deixaram em Portugal, ao passo que os imigrantes que trabalham em Portugal são vítimas de formas mais subtis de coacção e de pressão psicológica.
São os chamados brandos costumes, constituídos neste caso pela precaridade, a fragilidade do estatuto jurídico e a fraca capacidade de negociação no mercado de trabalho.


Nada que não se verifique com os próprios trabalhadores portugueses em Portugal submetidos, por via dos costumes reinantes e até de alguma legislação existente, à mesmíssima precaridade, fragilidade e fraqueza negocial.
Aliás, muitas das situações detectadas de exploração e pressão são exercidas sobre emigrantes portugueses na Europa por outros portugueses, capatazes do trabalho forçado.
Porque a exploração, para recriar a classe dos seres humanos traficados e sujeitos a trabalho forçado, teve também que reconstituir a categoria dos capatazes, intermediários brutais da ganância de uns poucos sobre a condição de muitos outros.
Sinais dos tempos.
Tudo isto se passa numa região do planeta que enche a boca com a expressão direitos humanos.
Quando o direito humano que resta, e com limites, é o de denunciar a hipocrisia.


João P. Guerra

8 Comments:

At 17 de maio de 2006 às 16:02, Anonymous Anónimo said...

Falta uma coisa:
-Na Câmara Municipal de Ponte de Sôr, como no tempo da outra senhora, até existe o Tarrafal/Degredo para funcionários que não dizem «amem» ao Pinto e ao Nuno.

 
At 17 de maio de 2006 às 16:27, Anonymous Anónimo said...

Tarrafal não diria porque na realidade não estão presos.... mas LARANJAL... praí sim....
e as mudanças de Departamento... e o esquecimento no armazem da Câmara ?

 
At 18 de maio de 2006 às 16:20, Anonymous Anónimo said...

Onde param os apaniguados do bugalheira?

 
At 18 de maio de 2006 às 16:47, Anonymous Anónimo said...

Andam à espera dos 450 postos de trabalho que o Pinto prometeu para a Barragem de Montargil.

Vão esperando, sentados.

 
At 19 de maio de 2006 às 09:30, Anonymous Anónimo said...

Estão todos de férias...

Depois da derrota do Taveira na federação do PS de Portalegre, abadonaram o barco, porque não podem ter job's for the boys...

 
At 19 de maio de 2006 às 12:01, Anonymous Anónimo said...

O que se podia esperar de bestas deste calibre, só isto.

 
At 21 de maio de 2006 às 10:19, Anonymous Anónimo said...

aiiii "um horror"!!!! Andas mesmo apaneleirado oh Guerra. Vejam o conteudo do artigo e a aplicaçao que dao ao mesmo na camara municipal de ponte de sor, e vejam o tao panhonhas que voces sao. que inutilidade de artigo. que fraco gosto sinceramente. as ideias vao faltando?!

 
At 22 de maio de 2006 às 14:50, Anonymous Anónimo said...

Caro lembe botas
És igual ao dono, vigarista e ladrão como ele

 

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