Uma tristeza, o espectáculo que Cuba está a dar ao mundo com a forma como está a tratar o estado de saúde de Fidel, se não fossem os muitos precedentes no antigo mundo comunista dir-se-ia que mais parece a morte de uma vidente de Fátima do que a de um líder comunista. Da mesma forma que já não no surpreende que nos países comunistas a sucessão se processe de forma monárquica, já na Coreia do Norte o poder havia passado de pai para filho.
Não estou a pressupor que Fidel morreu, no estado de saúde em que o “el comandante” estava ele já não comandava nada, e mesmo que o fizesse não conseguiria vencer o grande inimigo de qualquer líder autoritário, a morte. É indiferente saber se Fidel morreu e está congelado até que a elite do regime digira a sucessão, ou se ainda vai fazer mais um ou dois discursos de quatro horas, Fidel já só parece pertencer ao mundos dos vivos porque lá se tem aguentado preso por arames.
Mas se Fidel Castro não me suscita grandes simpatias, desejo que a Cuba livre de outros tempos dê lugar a uma Cuba livre destes tempos, que o povo cubano opte pela democracia que lhe tem sido negada. Mas isso não me leva a esquecer que os cubanos tivessem vivido na democracia que ao longo de décadas os americanos tentaram implantar, é muito provável que teriam sido muito mais os presos políticos ou os assassinados por uma ditadura. Todos os ditadores escolhidos pelos EUA deixaram para a história da América Latina nódoas bem mais graves do que aquelas que são atribuídas a Fidel Castro.
Agora apenas desejo que deixem o Fidel morrer em paz.
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Uma tristeza, o espectáculo que Cuba está a dar ao mundo com a forma como está a tratar o estado de saúde de Fidel, se não fossem os muitos precedentes no antigo mundo comunista dir-se-ia que mais parece a morte de uma vidente de Fátima do que a de um líder comunista.
Da mesma forma que já não no surpreende que nos países comunistas a sucessão se processe de forma monárquica, já na Coreia do Norte o poder havia passado de pai para filho.
Não estou a pressupor que Fidel morreu, no estado de saúde em que o “el comandante” estava ele já não comandava nada, e mesmo que o fizesse não conseguiria vencer o grande inimigo de qualquer líder autoritário, a morte.
É indiferente saber se Fidel morreu e está congelado até que a elite do regime digira a sucessão, ou se ainda vai fazer mais um ou dois discursos de quatro horas, Fidel já só parece pertencer ao mundos dos vivos porque lá se tem aguentado preso por arames.
Mas se Fidel Castro não me suscita grandes simpatias, desejo que a Cuba livre de outros tempos dê lugar a uma Cuba livre destes tempos, que o povo cubano opte pela democracia que lhe tem sido negada.
Mas isso não me leva a esquecer que os cubanos tivessem vivido na democracia que ao longo de décadas os americanos tentaram implantar, é muito provável que teriam sido muito mais os presos políticos ou os assassinados por uma ditadura.
Todos os ditadores escolhidos pelos EUA deixaram para a história da América Latina nódoas bem mais graves do que aquelas que são atribuídas a Fidel Castro.
Agora apenas desejo que deixem o Fidel morrer em paz.
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