É TUDO UMA QUESTÃO DE PESO...
Enquanto José Sócrates, com a ajuda duma personal trainer, controla o peso de forma equilibrada, os portugueses perdem o seu poder de compra, com o apoio do Banco Central Europeu.
É tudo uma questão de peso: o chefe do executivo talvez tenha umas gorduras a mais; os portugueses, por certo, estão endividados acima das suas possibilidades. O endividamento tornou-se o colesterol dos portugueses.
Não foi por acaso do destino.
Aconteceu porque, durante anos, foram aliciados a colocar asas nos braços.
Voaram acima dos limites da realidade e estão agora a perceber o que sofreu Ícaro quando caiu das nuvens.
Em Portugal gordura não é formosura e é assim que se entrou numa fase de dieta acelerada.
É claro que o Estado mantém o seu aspecto anafado, mas os portugueses fazem flexões por causa das taxas de juro, dos impostos, do aumento dos transportes e, dentro em pouco, devido à carga fiscal que se vai abater sobre os chamados recibos verdes.
Os cidadãos nacionais, na generalidade dos casos, não têm hipóteses de contratar um personal trainer para os ajudar a controlar o seu peso e o máximo que poderão fazer é patear quem toma decisões drásticas.
Umas serão mais necessárias do que as outras, mas o fascínio pelo consumo sem limites não nasceu por acaso no país.
Alguém alimentou o prazer da gordura consumista.
Os portugueses trocaram a gastronomia mediterrânica pela fast food.
Engordaram acima das suas possibilidades. E a factura está agora a chegar.
Como um epílogo trágico.
Não foi por acaso do destino.
Aconteceu porque, durante anos, foram aliciados a colocar asas nos braços.
Voaram acima dos limites da realidade e estão agora a perceber o que sofreu Ícaro quando caiu das nuvens.
Em Portugal gordura não é formosura e é assim que se entrou numa fase de dieta acelerada.
É claro que o Estado mantém o seu aspecto anafado, mas os portugueses fazem flexões por causa das taxas de juro, dos impostos, do aumento dos transportes e, dentro em pouco, devido à carga fiscal que se vai abater sobre os chamados recibos verdes.
Os cidadãos nacionais, na generalidade dos casos, não têm hipóteses de contratar um personal trainer para os ajudar a controlar o seu peso e o máximo que poderão fazer é patear quem toma decisões drásticas.
Umas serão mais necessárias do que as outras, mas o fascínio pelo consumo sem limites não nasceu por acaso no país.
Alguém alimentou o prazer da gordura consumista.
Os portugueses trocaram a gastronomia mediterrânica pela fast food.
Engordaram acima das suas possibilidades. E a factura está agora a chegar.
Como um epílogo trágico.
F.S.
2 Comments:
José Sócrates está de partida para o Brasil, levando no avião uma comitiva a pensar em negócios, política e cultura.
Não é uma viagem opípara, como no célebre séquito de António Guterres ou mesmo na viagem do actual primeiro-ministro a Angola.
Mas é gente que vai para trabalhar, com cinco voos em quatro dias e sem tempo para corridas fotogénicas na marginal. São Salvador, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro são as paragens entre Lisboa e Lisboa de cerca de 80 pessoas.
Sócrates é um acérrimo defensor das relações entre Portugal e Brasil.
É-o de facto, para além do discurso circunstante: o primeiro-ministro pretende recolocar na agenda dos empresários portugueses um destino de investimento e comércio que nos tem sido ingrato, com mais resultados maus do que bons como saldo do «arrastão» provocado há uma década pelo hiper-entusiasmo de António Guterres. Entusiasmo a mais, conclui-se hoje.
A Sonae e a Jerónimo Martins trouxeram prejuízos, a Portugal Telecom ainda os acumula, talvez só no turismo se vejam resultados positivos a olho nu.
Pelo caminho aprendemos já várias lições.
Aquele é de facto um mercado com enorme potencial, cheio de custos de informalidade (utilizemos o eufemismo...), com desenvolvimento assimétrico e um caldeirão de culturas que nos é, apesar das semelhanças que queremos ver e da facilidade da língua, muito estranho.
Faz hoje sentido para Portugal querer expandir-se para o Brasil? Faz, como fazia há anos com Guterres.
Ainda há oportunidades de negócio? Há, mas a economia está mais definida.
Ainda há risco?
Muito, menos mas suficiente para nos estamparmos.
O impulso de Sócrates pró-Brasil não é casuístico nem um resgate da posição do seu político-referência Guterres.
A questão é outra: o Brasil não é mais uma oportunidade, é a oportunidade óbvia que temos, mas tão difícil quanto as duas ou três outras oportunidades óbvias, incluindo Angola.
O imenso risco existe, mas não é razão para desistir.
Não temos cenários de expansão sem risco.
Crescer na Europa é hoje pouco mais que inacessível às grandes empresas portuguesas, excepto no leste e em consórcio.
Na Ásia cresce-se disparatadamente mas aí só podemos somar excepções à regra.
África e América Latina são as geografias que estão económica ou empresarialmente a crescer e são as alternativas onde podemos ter factores de competitividade.
Onde está a TAP a crescer se não aí? E nas infra-estruturas?
Espanha já é hoje o centro de um espaço chamado iberoamérica, a que só falta controlar o Brasil, que insistentemente corteja com investimento e relações diplomáticas.
Sócrates tem o ensejo de pôr Portugal no mapa transatlântico. E sabe que a política pode pouco, a cultura pode muito mas precisa de tempo, a economia é a cunha para a porta não se fechar.
Essa é uma das razões para a posição do Governo na OPA da PT, por exemplo: Sócrates está contra a intenção da Sonaecom de vender a imensa operação no Brasil, a Vivo, que vale mais de três mil milhões de euros e que o grupo de Belmiro de Azevedo quer vender, ainda por cima de bandeja para a espanhola Telefónica.
A economia portuguesa é minúscula e precisamos de mais mercado para sermos mais competitivos.
Com Guterres achámos que íamos tomar conta do Brasil.
O Brasil tomou conta de nós.
Se em vez de levarmos prepotência formos agora fazer negócios, somos capazes de ter mais sucesso. Precisamos desse sucesso.
Morre Sócrates e o funeral é no Palácio de S. Bento. Ao lado do caixão, a guarda de soldados.
NisTo aparece uma velhinha com um saco de comida e começa a pôr dentro do caixão cenouras, tomates, alfaces,etc, enquanto os soldados olham para ela surpreendidos.
A velha continua a colocar alimentos no caixão e um dos soldados, educadamente interrompe-a:
- Senhora, por favor, não pode fazer isso!
A velha, enquanto continua a colocar a comida responde:
- O que quer, meu filho? Que os coitados dos vermes comam só merda?!?
Nota de Rodapé: Todo aquele que ler esta comunicação, tem a obrigação em defesa da ética e da democracia, de retransmiti-la a pelo menos 10 pessoas. Se romper a cadeia, Sócrates pode ser reeleito.
(via email)
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