segunda-feira, 7 de agosto de 2006

CO-PRODUÇÃO LUSA -EXTREMENHA


João Mota é o encenador da peça “Viriato Rei”, a primeira co-produção luso-extremenha apresentada na 52ª edição do Festival de Teatro Clássico de Mérida.


A peça, da autoria do dramaturgo português João Osório de Castro, foi adaptada por Miguel Murillo e tem cenografia de José Manuel Castanheira, do Teatro Nacional D. Maria II, e música de António Sosa.
Estará em cena no Teatro Romano, de 10 a 15 de Agosto, todos os dias, às 23 horas.


Interpretação está a cargo da companhia extremenha Al Suroeste Teatro, dirigida por Javier Leoni, com actores portugueses e espanhóis, incluindo José Vicente Moirón (Viriato), Nía Cortijo (Vanidia), Ana Lúcia Palminha (Artinio), Carlos Paulo (Astolpas), Hermínia Tojal (terceira mulher), Sara Belo (segunda mulher), Tânia Alves (primeira mulher) e Júlio Martin (Sacerdote, oficial e guerreiro), entre outros.


O tema central da peça é a luta travada entre os Lusitanos, chefiados por Viriato, e o Império Romano, a principal potência do seu tempo, no século II a.C..

Com os olhos fixos na paz, Viriato vive, contudo, em contacto permanente com as forças do mal, tão fortes como imprevisíveis, geradoras de uma tensão dramática só comparável à que os gregos atribuíam ao destino.

Durante toda a peça, um coro de mulheres aprova ou condena os comportamentos das diversas personagens.


Venerado por portugueses e espanhóis, Viriato adquire especial importância mais de dois mil anos após a sua morte, face ao debate que se trava actualmente em todo o mundo a propósito da origem e consequências do terrorismo.

Pastor, guerreiro e estratega brilhante, Viriato manteve o Império Romano em cheque durante oito anos, até à traição dos seus emissários, que o liquidaram enquanto dormia, a troco de dinheiro.

Líder de uma guerrilha contra a potência que era Roma, simboliza o conflito entre o combate pela liberdade e a sujeição a uma potência estrangeira.

FESTIVAL DE MÉRIDA.