terça-feira, 29 de maio de 2007

ASSIM VAI A EDUCAÇÃO...

Peço aos pacientes e benevolentes leitores que atentem nesta notícia extraordinária:
«Valeu tudo: tratar um sujeito como predicado, usar um "ç" em vez de dois "s", inventar palavras. O Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação deu ordens para que nas primeiras partes das provas de aferição de Língua Portuguesa do 4.º e 6.º anos, os erros de construção gráfica, grafia ou de uso de convenções gráficas não fossem considerados. E valeu tudo menos saber escrever em português. Isso não deu pontos
Se era preciso um argumento para repensar totalmente o ensino do Português, não sei se vale a pena procurar mais. Mas uma pessoa fica cansada de dar exemplos. A corporação está bem defendida nos corredores do Ministério. Mas leiam, leiam.


Francisco José Viegas

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3 Comments:

At 29 de maio de 2007 às 17:12, Anonymous Anónimo said...

Temos de nivelar o nosso ensino, pelo grau academico do 1º ministro e dos Varas que por ai andam no (des)Governo, basta evr a tal peova de ingles do Sr Socrates , por isso a tal ministra que esteve ha dias na cidade da estas ordens. e levou a medalha de ouro entregue pelos analfabetos ca do burgo.
Desculpe os erros mas estou a candidatarme a um curso na UNI

 
At 29 de maio de 2007 às 18:38, Anonymous Anónimo said...

Um documento do Ministério da Educação revela que, no ano lectivo de 2007/2008, das 1.313 escolas que deverão encerrar portas 614 são da zona centro do país, que perderá quase 39% dos seus estabelecimentos de ensino.
Só no concelho de Viseu deverão fechar 28 escolas enquanto na Guarda e em Tondela está previsto o encerramento de 22.
Pelo país multiplicam-se os concelhos que ficarão apenas com uma, duas e três escolas - sempre no Interior.

No Alentejo, aumentam os municípios que só ficam com as escolas básicas integradas a funcionar - caso de Barrancos e Gavião.

Convém recordar que no início do ano lectivo de 2006/2007, o Ministério já tinha encerrado quase 1.500 escolas do primeiro ciclo.

 
At 30 de maio de 2007 às 12:43, Anonymous Anónimo said...

O "eduquês", representado pelo director de não sei que "gabinete educacional", um tal Carlos Ferreira, estava a falar com Mário Crespo quando saí para passear o cão. Este soixante-huitard, presumivelmente pedagogo, queria convencer-nos que não vem mal ao mundo pela circunstância de os alunos do 4º e 6º darem erros ortográficos em provas de português destinadas à interpretação de textos. Ia ele nas "competências (este repelente jargão semiótico) quando a necessidade de urinar do meu cão falou mais alto. Fui ensinado a não dar erros ortográficos e a ser convenientemente castigado por os dar. Aliás, qualquer um de nós está sujeito a cometê-los. A diferença em relação aos novos monstros é que nós fomos treinados para os evitar, sem o peso da "pedagogia", da "pedopsiquiatria" e das "novas metodologias" em cima da cabeça. Na "primária" ensinava-se sobretudo a ler e a escrever. Hoje ensina-se a brincar com coisas sérias e, por isso, quando escutamos adolescentes nos cafés muitas vezes nos interrogamos sobre que raio de "competência" linguística será aquela. As nossas escolas não preparam ninguém para a complexidade e para a dificuldade. Pelo contrário, pagam tributo ao vício, à preguiça intelectual e à idiotia. É esse o quid da "idade democrática": manter-nos a todos no mesmo plano infantil, imbecilizados, em nome da bendita igualdade e do repouso cívico. Qualquer dia não se distingue um macaco de uma criancinha.

 

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