sexta-feira, 25 de maio de 2007

SAÚDE SÓ PARA ALGUNS?

Serviço Nacional de Saúde tendencialmente gratuito?
Ora, isso deve ficar por uma pipa de massa!
Não, não se trata de um spot jocoso do Gato Fedorento.
É a pura e dura realidade.

O ministro da Saúde encomendou a um grupo de peritos um estudo sobre a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e a primeira sugestão foi a possibilidade de acabar com a isenção das taxas moderadoras às crianças com menos de 12 anos.
Se mesmo assim o SNS não se tornar
sustentável, cortam-se as isenções aos pacientes crónicos, aos doentes oncológicos, aos hemofílicos e diabéticos. E assim sucessivamente, até à taxa compulsiva por cima dos impostos.

Não deixa de ser curiosa a obsessão dos decisores políticos pela sustentabilidade de sectores como a saúde e as pensões de reforma. Primeiro, porque não os vemos assim tão preocupados com a sustentabilidade da tropa, do aparelho de Estado, das campanhas eleitorais, da propaganda e demais subvenções partidárias e de outros destinos sem retorno dos impostos dos contribuintes. Depois, porque estes sectores, cuja sustentabilidade tanto preocupa os decisores políticos, são sustentáveis por natureza e definição e, para o confirmar, basta ver o apetite que despertam ao investimento privado.

A decisão em casos destes é em geral remetida para invisíveis comissões de peritos.
Como quem diz que o ministro, por ele, até punha a saúde de acordo com a Constituição da República, tendencialmente gratuita.
Mas os peritos não deixam.
A isto chama-se sacudir a água do capote, porque a decisão é sempre política e é ao poder político que cabe.
Não há decisores tecnocratas, como lhes chamava Jorge Coelho, se os decisores políticos não quiserem.
A questão é que, neste caso, querem.


João P. Guerra

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9 Comments:

At 25 de maio de 2007 às 19:23, Anonymous Anónimo said...

Vá à Merda Sr. Ministro

Entre as medidas equacionadas pelo Ministro da Saúde conta-se, nomeadamente, a possibilidade de acabar com a isenção de taxas moderadoras para todas as crianças até aos 12 anos. Correia de Campos garantiu que o SNS vai continuar a ser tendencialmente gratuito, mas admite que os utentes venham a ter de contribuir para a sustentabilidade do sistema, sendo que essas contribuições suplementares deverão estar dependentes do rendimento das famílias. «Não vamos criar um pagamento no ponto de encontro porque sabemos que um pagamento no ponto de encontro é a coisa mais injusta dos serviços de Saúde, por isso preferimos criar contribuições compulsivas, temporárias, por níveis de rendimento».
In: Diário Digital

Vá à Merda Sr. Ministro. Tendencialmente gratuita uma ova. O que está a fazer é a transformar o SNS num sistema pago, até para as crianças. Mais, a roubar a quem já o paga nos seus impostos, preferindo “ criar contribuições compulsivas, temporárias”. Isto é, chama “contribuições” a mais um imposto, “compulsivo” porque a isso seremos obrigados e enganosamente “temporário”, afinal já os conhecemos bem e aquilo que realmente está a acontecer é que nos vão sacar o dinheiro do bolso para continuar a “reestruturação” em direcção à sua privatização. Não só está a matar o SNS como nos está a fazer pagar essa morte. Vá à merda Sr. Ministro. Estou farto de si, do auto-proclamado Engenheiro, do seu governo e da mentira. Quer acabar com o Serviço Nacional de Saúde? Assuma-o, diga-o, não se esconda por detrás de sustentabilidades mentirosas. E tu, Teixeira dos Santos, grande mago do défice, que vais acabar com os benefícios fiscais para os Seguros de Saúde e substitui-los por mais um imposto, continua. Quanto mais fome e miséria criares neste país menor será a piedade daqueles que um dia se revoltem contra a vossa prepotência. Ladrões de merda.

 
At 25 de maio de 2007 às 19:44, Anonymous Anónimo said...

Sócras anda muito apagadote.
Os comentadores são unânimes.
Desde a bronca do seu FALSO diploma, a sua autoridade moral junto do Governo desceu para níveis insustentáveis, para não dizer que se desmoronou por implosão.
De facto, não se está bem a ver aquele grupo de ministros, todos eles com um passado empresarial notável, ex-gestores das maiores empresas públicas deste país, como o Mário Lino, continuar a respeitar um falso bacharel, um tipico desqualificado ao pé de qualquer um deles.
Quando muito, Sócras daria um daqueles boys típicos com características para uma concelhia do PS da Covilhã... Nada mais do que isso!
Eu, por exemplo, nunca respeitaria um colega meu se descobrisse que o tipo, afinal, tinha um diploma de Licenciatura em Matemática tirado num Centro de Emprego...
Quer dizer: ninguém respeita um charlatão auto-convencido que é o melhor do mundo, quando se vem a descobrir que nem sequer aos calcanhares dos seus subordinandos o cábula chegou.
Como não se respeita um vigaristazeco qualquer da Feira da Ladra ou do Cais do Sodré quando nos tenta vender um auto-rádio.

Vai daí, surge subitamente esta onda de incontinência calina por parte do pessoal que andava por ali todo agarradinho pela trela, mal este descobre que o dono afinal foi de férias.
Para parte incerta. E não se sabe quando volta.

Incontinência esta, à qual o bacharel galguista nunca mais porá mão, pelas razões expostas supramencionadas (esta foi à Zé Manel Taxista!).

Ao perder toda a autoridade, ao revelar-se um cábula portador de uma certidão de habilitações falsificada, Sócras não mais terá mão no governo que tomou o freio nos dentes. Literalmente.

Repare-se: em apenas 2 dias - 2:

Pinho garante que o pessoal da Guarda está tranquilo, que vai tudo para Castelo Branco.
Lino diz que na margem sul é só areia e camelos.
Almeida Santos - o senense mais inútil para a sua terra de todos os tempos - diz que o aeroporto tem que ficar a norte por causa dos ataques terroristas às pontes (!!!)

Valha-nos Nossa Senhora da Agrela! Qual destes 3 espécimes estará mais chéché?

É difícil dizer.
Talvez só sejam suplantados pelo secretário de estado Figueiredo que no mesmo dia anuncia o congelamento das carreiras da Função Pública, por mais 2 anos, e o seu contrário.

Volta, Santana!
Estás perdoado!

 
At 25 de maio de 2007 às 19:50, Anonymous Anónimo said...

Os cidadãos do rectângulo não podem continuar indiferentes às políticas criminosas dos malfeitores que se instalaram no poder!
é necessário, é urgente, correr com a corja!
o falso engenheiro, chefe dos malfeitores, declarou em tempos que saberia "ouvir a rua"...
está na altura de a "rua" se fazer ouvir!
se por, medo ou comodismo, não quiserem vir para a rua manifestarem-se, podem usar uma ainda mais bela e eficiente forma de fazer cair o poder:
a desobediência civil!
as gerações futuras agradecem.

 
At 25 de maio de 2007 às 19:52, Anonymous Anónimo said...

É necessário correr com a corja que se governa à nossa custa.
Grandes Filhos da Puta!

 
At 25 de maio de 2007 às 22:20, Anonymous Anónimo said...

“Ordinariamente todos os Ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o Estadista. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?”
(Eça de Queiroz, 1867 in “O distrito de Évora”)

Meu bom Eça, concordo inteiramente com o que acabaste de escrever. Só tu, espírito aberto, homem eloquente e mordaz na crítica, é que consegues passar para o papel o que vai na alma da maioria dos portugueses. No entanto, não posso deixar de discordar de algumas partes da tua prosa, umas porque as não entendo, outras porque a coisa não é bem assim. Pois bem, aqui vai. Ordinariamente, é um termo que não devias usar, esta palavra tem um segundo sentido que te pode trazer dissabores, quiçá, um processo disciplinar. Ministros inteligentes, admito que se dê graxa ao cágado mas, não exageres. Discursam com cortesia e pura dicção, tens desculpa, quem ia imaginar que o Mário Lino alguma vez poderia ser nomeado Ministro. Quanto à política de compadrio, tem lá paciência, somos ou não somos uma família, logo, os compadres são para ajudares. Referes-te à política de expediente, isso era no teu tempo, agora nós chamamos-lhe política de ambiente, está na moda e não dá tanto nas vistas. O país, meu caro o país, não é governado ao acaso, tem um rumo, o problema é que, todos nós, desconhecemos qual é o azimute. Especulação e corrupção, até tu Eça, és um abusador, já cheira mal essa conversa da OTA. Privilégios?! Acabaram. Os boys já foram todos colocados, os que criticam que aguardem a sua vez, isto é, que o partido deles ganhe as eleições. A influência de camarilha, queres tu dizer, influências de câmara, bom, isso já é um caso nacional, até já há quem diga, políticos camarários são uns perdulários. Para terminar, e a respeito da independência, agora temos a certeza que esta nunca esta esteve em causa. A princípio, foi para aqui um granel que nem te passa pela cabeça, quando começámos a ver as mães de Elvas irem a Badajoz, foi um susto, era o pessoal todo a inscrever-se no Instituto Cervantes.
Agora, meu amigo, não há nenhuma instituição, órgão, direcção ou secção que não esteja controlada pelos Ministros ordinários, como tu lhes chamas.
Mudam-se os tempos, mantêm-se os Ministros.

 
At 26 de maio de 2007 às 13:16, Anonymous Anónimo said...

Mais um exemplo de outro ministro que cada vez que fala so diz asneiras, pq nao ficam todos do tejo para cima ebeixem os Alentejanos serem espanhois pelo menos seriamos governados por gente inteligente,

 
At 26 de maio de 2007 às 18:58, Blogger Pedro Manuel said...

Houve um tempo em que eram os economistas que mandavam no País, Cavaco foi esse ícone e governou durante uma década reformando as redes viárias do país e permitindo a emergência duma classe média que hoje se desfaz; depois, com Guterres e agora com Socas, sobreveio o tempo dos engenheiros que geometrizam Portugal na Europa da forma possível, mas com o país a divergir de todos os indicadores de desenvolvimento socioeconómico reflectindo a pobreza crescente de Portugal. Pelo meio ocorreram duas abtardas que pouco ou nada contam: zandinga e gabriel Alves - como um dia, num congresso do PSD, Durão barroso apelidou Santana Lopes. O mesmo que hoje apelida de estalinista e de nazi Marques Mendes por ter judicializado a vida política impedindo, assim, que qualquer arguído seja agente político no activo. Foi pena que o mesmo Mendes não tivesse mandado suspender o deputado António Preto pelas actividades corruptas em que se envolveu com a empresa do Norte que passava cartas de condução falsas...

Hoje é chegado o tempo dos psiquiatras ao poder. Vejamos alguns factos que justificam essa deriva: Manel Pinho, ministro da Economia diz na China que Portugal é um bom país para se investir porque cá os salários são baixos; um obscuro secretário de Estado da Energia (um tal Castro..) referiu que o aumento da electricidade para 16% deveria ser suportada pelos consumidores, tout court, depois o "animal" pediu desculpa dizendo que teve um dia difícil; ontem Mário Lino, ministro das "Obra Estranhas" qualificou Almada, Setúbal e a margem Sul como um "deserto" (pura demência, espetar com o senhor no Júlio de Matos é o mínimo que os seus amigos deverão imediatamente fazer..); no PSD - onde a guerra civil campeia, SLopes cunha MMendes de nazi e estalinista; o Alberto Jardim da Madeira desde o 25 de Abril que chama nomes feios aos portugueses do "Contenente"; a bufaria pidesca teve no episódio da srª Margarida Morais e no prof. Charrua um capítulo digno duma ditadura comunista do Leste europeu..

Os exemplos multiplicam-se neste país doente, ansioso, com palpitações, tremores, dispneias, sufocações, dores de peito, nauseas, tonturas, despersonalização ou desrealização entre tantos outros sintomas que justificam o aparecimento em força do pessoal clínico na política para curar os portugueses e Portugal. De modo que não será difícil perceber o caos em que caímos em Lisboa e no País. Aquela imagem, metafóricamente, reflecte essa socio-condição em que hoje nos encontramos: alguns políticos de meia-tijela pretendem abrir-nos a cabeça e fazer a mestela que bem entendem para se promoverem e fingirem que vão salvar-nos da desgraça que está aí à vista de todos..

Uma cratera chamada Lisboa com um passivo financeiro de 1200.000 milhões de euros - em que já nem há recursos para comprar papel higiénico nem pagar os salários aos funcionários camarários. O nosso amigo José Adelino Maltez refere na tsf, com propriedade, que à dúzia (de candidatos) é mais barato e adianta, recordando Augusto Castro, que a cidade de Lisboa foi feita por subscrição nacional. Havendo, por outro lado, que combater dois tipos de centralismos absolutismos: o do governo e o da autarquia - entopida que está por procedimentos administrativos marcelistas que só bloqueiam a vida na cidade - que deveria importar o melhor da gestão eficiente de megapolis como Madrid, Barcelona ou Paris...

Hoje temos temos 12 candidatos a Lisboa, o que é estranho numa conjuntura de grave crise local e nacional. Será que vão todos fazer promessas irrealizáveis? E o valor dos candidatos que se dizem "independentes" - como deverão ser avaliados pelos eleitores? Será que toda essa gente irá ter por guia a cleptomania que vigorou em mandatos anteriores e que os tribunais ainda estão a investigar para saber se deduzem acusação? É que Lisboa e os seus gestores de palmo e meio - por força do compadrio com o pato-bravismo da construção civil que impera na Capital, nepotismo e corrupção tem sido objecto - de várias penalizações afectando sobremaneira a vida diária dos lisboetas. Desde os transportes, à habitação passando pelos espaços verdes e demais políticas sectoriais à escala urbana.

É assim que vejo todos esses abutres - de falsos independentes, de partidos (em guerra civil), de ressentidos a não conseguir resistir ao impulso de avançar com candidaturas torpes apenas como fito de subir a escadaria mediática e dar nas vistas na comunicação social, o que de outro modo jamais aconteceria. É, com efeito, um momento parada cada "peixeiro" vender o seu "peixe" à turba que passa.

É, portanto, a este estado geral de coisas a que Lisboa chegou, à crise em que Portugal está - neste jogo de reflexos cruzados em que todos jogam a sua cartada como se fossem ilusionistas de circo de 7ª categoria, em busca do tesouro perdido numa versão rasca do Indiana Jones.

Como português - confesso que me envergonho deste estado geral a que chegámos.
Um estado a que os psiquiatras chamam de perturbação do impulso - de os srs. Mário Lino, Manuel Pinho, Santana Lopes e muitos outros são hoje um mau exemplo para todos nós. Além da cleptomania, da piromania e da onicofagia (cfr., o diccionário pfv) que hoje atravessam as artérias desta maravilhosa cidade das sete colinas que é Lisboa, apesar da chuva...

Razões mais do que suficientes para justificar e clamar os psiquiatras ao poder...

 
At 26 de maio de 2007 às 21:08, Anonymous Anónimo said...

Começo pensar que mal terei eu feito noutras encarnações, para nesta ter nascido português.
Rouba-se em POrtugal a assistência médica para se continuar a insistir na estupidez da Ota.
A Ota não serve o povo portugues em nada. A Ota apenas serve o interesse dos ricos e abastados. Os politicos deviam viver com 200 euros mensais como vivem os aposentados. Veríamos se o país equilibrava ou não. Os "funcionários públicos" politicos, auferem rendimentos acima dos de outros politicos europeus cujas economias não se comparam com a portuguesa. Que paguem também e sobretudo eles as dividas que fizeram. Isto de fazer dividas para os outros pagarem não pode ser aceite pelo verdadeiro portugues.

 
At 27 de maio de 2007 às 22:31, Anonymous Anónimo said...

Clar que nao faz mal fechar centros de saude,,
Os dirigentes socialistas metem cunhas em Paris para serem tratados la porque nao confiqm nos hospitais portugueses

 

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