COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS
A grande maioria das vítimas de fogos florestais, ao contrário do que se julga, são populares e não propriamente os bombeiros. Essa situação advém da imprudência e desconhecimento do cidadão comum em relação ao fogo. Por isso mesmo, tenho defendido que, embora as populações sejam fundamentais no alerta (até porque, infelizmente, os sistemas de vigilância oficial deixam muito a desejar, é preferível retirá-las do chamado teatro das operações. Quanto muito poder-se-á usá-las, mas fora do perímetro mais próximo da frente de fogo. Aproximar ou manter populares junto da frente de fogo tem efeitos pouco relevantes, com a agravante de constituir um risco elevado para a sua segurança.
Por isso mesmo, a promessa do Governo em dotar mil juntas de freguesia com kits de primeira intervenção aos fogos - cada um custando oito mil euros cada, pelo que o investimento se elevará aos 8 milhões de euros - constitui uma medida perigosa, sem efeitos práticos (diria mesmo folclórica) e esbanjadora de recursos financeiros. primeiro, porque incentiva os populares a irem para a frente de fogo, sem qualquer preparação e com a perigosa confiança de terem os kits. Depois, terá efeitos irrelevantes porque não existindo disponibilidade de pessoal na esmagadora maioria das juntas de freguesia, não sei como se fará a logística da coisa. Será que os primeiros voluntariosos a chegarem à junta de freguesia levam o kit para o fogo? Por fim, gastar oito milhões de euros nesta coisa - que me parece mais negócio de venda de kits - é um desperdício, pois com esse dinheiro poder-se-ia equipar e formar mais equipas de sapadores florestais. Esses sim, úteis.
Pedro Vieira
Por isso mesmo, a promessa do Governo em dotar mil juntas de freguesia com kits de primeira intervenção aos fogos - cada um custando oito mil euros cada, pelo que o investimento se elevará aos 8 milhões de euros - constitui uma medida perigosa, sem efeitos práticos (diria mesmo folclórica) e esbanjadora de recursos financeiros. primeiro, porque incentiva os populares a irem para a frente de fogo, sem qualquer preparação e com a perigosa confiança de terem os kits. Depois, terá efeitos irrelevantes porque não existindo disponibilidade de pessoal na esmagadora maioria das juntas de freguesia, não sei como se fará a logística da coisa. Será que os primeiros voluntariosos a chegarem à junta de freguesia levam o kit para o fogo? Por fim, gastar oito milhões de euros nesta coisa - que me parece mais negócio de venda de kits - é um desperdício, pois com esse dinheiro poder-se-ia equipar e formar mais equipas de sapadores florestais. Esses sim, úteis.
Pedro Vieira
Etiquetas: Incêndios
1 Comments:
No nosso concelho, nunca mais vai haver incêndios, com os cromos dos presidentes das juntas armados em bombeiros, vai ser um "ar" que lhes vão dar.
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