sexta-feira, 1 de junho de 2007

RETRATO (DE CORPO INTEIRO) DO PS E DO SEU «ENGENHEIRO» SÓCRATES

(OU: AS AVENTURAS E DESVENTURAS DO GRANDE E TALENTOSO PROFESSOR QUE FEZ DE SÓCRATES «ENGENHEIRO» - E QUE SÓCRATES NÃO CONHECIA, NÃO CONHECEU E NEM DELE QUER OUVIR FALAR… A BEM DA NAÇÃO)

I - A querida priminha

Chama-se ANTÓNIO JOSÉ MORAIS e é engenheiro a sério, daqueles reconhecidos pela Ordem (não é uma espécie de engenheiro, como diriam os Gatos Fedorentos).

O António José Morais é primo em primeiro grau da Dr.ª Edite Estrela. É um transmontano, tal como a prima, que também é uma grande amiga do «engenheiro» Sócrates. Também é amigo de outro transmontano, igualmente licenciado pela INDEPENDENTE, o doutor (será mesmo?). Armando Vara, antigo caixa da Caixa Geral de Depósitos e actualmente Administrador desta instituição, e também ele grande amigo do «engenheiro» Sócrates e da Dr.ª Edite Estrela.

O engenheiro Morais trabalhou no prestigiado LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), só que, devido ao seu elevado espírito empreendedor, canalizava trabalhos destinados ao LNEC, para uma empresa em que era parte interessada. Um dia, devido à sua infeliz conduta, foi convidado a sair.

Trabalhou para outras empresas, entre as quais a HIDROPROJECTO, e pelas mesmas razões foi também convidado a sair.

Nesta sua fase de consultor de reconhecido mérito, trabalhou para a Câmara da Covilhã, à qual vendeu serviços requisitados pelo técnico «engenheiro» Sócrates – isto, claro, sem nunca se conhecerem...


II - O nascimento de uma bela amizade

É desta amizade entre o «engenheiro» da Covilhã e o engenheiro Consultor que se dá a apresentação de Sócrates à Dr.ª Edite Estrela, proeminente deputada e dirigente do Partido Socialista.

E assim começa a fulgurante ascensão do «engenheiro» Sócrates no Partido Socialista de Lisboa, apadrinhada pela famosa Dr.ª Edite Estrela, ainda hoje um vulto extremamente influente no núcleo duro do líder socialista.

Porém, logo ficou evidente que à natural e legítima ambição do político Sócrates era importante acrescentar a licenciatura. Fica bem, dá outro estatuto e outra credibilidade. Enfim, facilita a abertura de muitas portas. E, sobretudo, distingue a gente fina da ralé, da maralha…

Assim, o engenheiro Morais, já professor do prestigiado ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) passa a contar naquela Universidade com um prestigiado aluno – José Sócrates Pinto de Sousa, bacharel, sendo importante recordar que não se conheciam de lado nenhum. Nem da Covilhã.

Porém, o diligente e empreendedor engenheiro Morais, demasiado envolvido noutros projectos, faltava, amiúdes vezes, às aulas, o que, naturalmente, levou a que fosse convidado a sair daquela docência. No entanto, convém não esquecer que estamos a falar de um homem dotado de grande espírito de iniciativa, pelo que, rapidamente, se colocou na Universidade Independente.

Aí, o seu amigo (mas desconhecido) bacharel, José Sócrates, imensamente absorvido na política e na governação, seguiu -o, mas apenas « porque era a escola, mais perto do ISEL que encontrou». E, claro está, continuava a não saber quem era o engenheiro Morais.

E assim se licenciou, tendo como professor da maioria das cadeiras (logo quatro) o «desconhecido», mas «exigente», engenheiro Morais. E, ultrapassando todas as dificuldades, conseguindo ser ao mesmo tempo secretário de Estado e trabalhador estudante, licencia-se e passa a ser «engenheiro», à revelia da maçadora Ordem dos Engenheiros, que, segundo consta, é quem diz quem é Engenheiro ou não, sobrepondo-se completamento ao Ministério que tutela o ensino superior.

Eis que, licenciado o governante, há que retribuir o esforço do hiper, super, mega professor, que, com o sacrifício do seu próprio descanso, deve ter dado aulas e orientado o aluno a horas fora de normal, já que a ocupação de secretário de Estado é normalmente absorvente.

III - E assim…

O amigo Vara, também secretário de Estado da Administração Interna, coloca o engenheiro Morais como Director Geral no GEPI, um organismo daquele Ministério. Mas o Morais, um homem cheio de iniciativa, também aí teve de ser demitido, devido a adjudicações de obras não muito consonantes com a lei, para além de outras trapalhadas na Fundação de Prevenção e Segurança fundada pelo secretário de Estado, Vara. De tal modo as coisas foram, que a sigla FPS deixou de significar Fundação de Prevenção e Segurança, para passar a significar, no dizer do povo, Fundos para o PS.

(Lembram-se, de certo, que foi por causa dessa famigerada Fundação que o engenheiro Guterres foi obrigado a demitir o já ministro Vara (pressões do presidente Sampaio), o que levou ao corte de relações de Vara com Jorge Sampaio – consta, até, que Vara nutre pelo ex-presidente um ódio de estimação).

Guterres, farto que estava do Partido Socialista, aproveita a derrota nas autárquicas e dá uma bofetada de luva branca no PS, mandando-os todos para o desemprego.

Seguem-se Durão Barroso e Santana Lopes, que não se distinguem em praticamente nada de positivo, e assim volta ao poder o Partido Socialista, já comandado pelo «engenheiro» Sócrates. Ganha com maioria absoluta.

IV - Mais um tacho, mais uma oportunidade… e novo despedimento!

Eis que, amigo do seu amigo, amigo é, e vamos dar mais uma oportunidade ao Morais, que o tipo não é para brincadeiras. E aí está o fabuloso engenheiro Morais nomeado Presidente do Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça. Claro que Sócrates não teve nada a ver com isso – e quem pensar o contrário é gente de mau íntimo, suspeitosa e má-língua. Pois ele mal o conhecia e, certamente, teria apenas uma vaga ideia do outro ter sido seu professor e prestável examinador.

Mas o Morais, que é homem sensível e de coração grande – e que, como a maioria dos homens, não é de pau – tomba de amores por uma cidadã brasileira, que era empregada num restaurante no Centro Comercial Colombo.

Ora, sabemos todos como a paixão obnubila a mente e trai a razão. Vítima disso, o Morais nomeia a «brasuca» Directora de Logística dum organismo por ele tutelado, a ganhar 1.600 € por mês. Claro que ia dar chatice, porque as habilitações literárias (outra vez as malfadadas habilitações) da pequena começaram a ser questionadas pelo pessoal que por lá circulava. Daí até a coisa vir publicada no «24 HORAS», foi um ápice. E assim lá foi o apaixonado engenheiro Morais despedido outra vez.

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