terça-feira, 11 de setembro de 2012

...P O R T U G A L...


































Antero

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6 Comments:

At 11 de setembro de 2012 às 16:50, Anonymous M. said...

Volta e meia ouvimos, com indignação e angústia, os comentadores encartados a que televisão pública dá voz, sem contraditório, afirmarem que o Estado, ou seja os contribuintes, têm uma dívida enorme à banca nacional!

Depois da privatização dos bens e serviços básicos, a preço de saldo, a favor da banca?
Depois das parcerias e dos contratos ruinosos (Sérvulo e companhia), em que os prejuízos correm por conta do Estado?
Depois da banca ir buscar o nosso dinheiro ao BCE a 1%, para nos emprestar a 7%?
Depois do Estado salvar a banca da insolvência?
Depois do Estado nacionalizar os roubados e falidos, para os voltar a privatizar ao desbarato, e ainda por cima dos tribunais abafarem todo embuste, de muitos milhões?
Depois da participação da banca em tanta corrupção contra o Estado, como agora se sabe, também com os submarinos?

O que é que o Estado e os portugueses devem a estes gatunos, culpados pela nossa miséria?
Que governos são estes que nos atacam, em vez de nos defender da gatunagem?
Não há ninguém que nos acuda?
Não se pode apelar aos tribunais europeus?

Porque é que a Islândia, há um ano, se recusou a pagar as dívidas e os prejuízos dos bancos, deixou-os ir à falência, e hoje é um país sem problemas financeiros?

Quando é que os portugueses aprendem?
Quando é que os portugueses fazem o manguito à gatunagem?
Quando é que os portugueses mudam de política?
Quando é que os portugueses se revoltam?

 
At 11 de setembro de 2012 às 16:53, Anonymous Anónimo said...

Como nitidamente se percebeu nesta conferência de imprensa que terminou agora às 16:52 h, a Troika obrigou PP Coelho a vir a terreno divulgar as medidas de confisco salarial, enquanto ainda instalada em Portugal, para poder decidir se aprovaria ou não o perdão parcial que hoje foi anunciado pelo ministro Gaspar.
E porquê?
Simplesmente para que a Troika pudesse perceber, ao vivo, qual o grau de indignação e de revolta populares contra estes miseráveis e inacreditáveis anúncios de roubos generalizados ao pobre trabalhador assalariado.
Se o povo se revoltasse, como o grego ou o espanhol, a Troika perceberia que PP Coelho não conseguiria nunca implementar estes roubos sem colocar o país a ferro e fogo.
Mas como o povo tuga - como se esperava - ficou quieto e perplexo e não veio para a rua partir nada, a Troika concluiu que PP Coelho pode MESMO fazer o que quiser deste povo e por isso deu-lhe crédito para aliviar as metas do déficit.
Só um distraído tuga não entende esta clareza pragmática...

 
At 11 de setembro de 2012 às 19:06, Anonymous Anónimo said...

Está provado que este povo nem precisa de vaselina para lhe irem ao cu. Preparem-se que o proximo ano vai ser entalanços atrás uns dos outros.

 
At 12 de setembro de 2012 às 00:30, Anonymous Anónimo said...

Alguém por aqui já leu a entrevista da “BESTA” ao Jornal aponte?
Parece que a “BESTA” já determinou quem vai ser o próximo candidato do PS a presidente de Câmara.
Onde andam os socialistas desta terra? Então o candidato não tem que ser aprovado pela concelhia? Mais uma vez vamos ter um candidato sem ser sufragado pelos seus homólogos do partido.
Mesmo de saída a “BESTA” continua a dispor a seu belo prazer do partido. Depois os outros é que são totalitários.
Sinceramente…
Abram os olhos socialistas,
ponham esse sr. no seu lugar, façam cumprir a democracia partidária, que é mínimo que se pode exigir à “BESTA”

 
At 12 de setembro de 2012 às 15:20, Anonymous Anónimo said...

O Governo estragou tudo.
Tudo.
Estragou a estabilidade política, a paz social, estragou aquilo que entre a revolta e o pasmo agregava o país: o sentido de que tínhamos de sair disto juntos.
Sairemos disto separados?
Hoje não é dia de escrever com penas, é dia de escrever de soqueira.
Passos Coelho, Gaspar e Borges estiveram fechados em salas tempo de mais.
Esqueceram-se que cá fora há pessoas.
Pessoas de verdade, de carne, osso, pessoas com dúvidas, dívidas, família, pessoas com expectativas, esperanças, pessoas com futuro, pessoas com decência. Pessoas que cumpriram.
Este Governo prometeu falar sempre verdade.
Mas para falar verdade é preciso conhecer a verdade.
A verdade destas pessoas.
Quando o primeiro-ministro pedir agora para irmos à luta, quem correrá às trincheiras?
Não é a derrapagem do défice que mata a união que faz deste um território, um país.
É a cegueira das medidas para corrigi-lo.
É a indignidade.
O desdém.
A insensibilidade.
Será que não percebem que o pacote de austeridade agora anunciado mata algo mais que a economia, que as finanças, que os mercados - mata a força para levantar, estudar, trabalhar, pagar impostos, para constituir uma sociedade?
O Governo falhou as previsões, afinal a economia não vai contrair 4% em dois anos, mas 6% em três anos.
O Governo fracassou no objectivo de redução do défice orçamental. Felizmente, ganhámos um ano.
Mas não é uma ajuda da troika a Portugal, é uma ajuda da troika à própria troika, co-responsável por este falhanço.
Uma ajuda da troika seria outra coisa: seria baixar a taxa de juro cobrada a Portugal.
Se neste momento países como a Alemanha se financiam a taxas próximas de 0%, por que razão nos cobram quase 4%?
Mais um ano para reduzir o défice é também mais um ano de austeridade.
E sem mais dinheiro, o que supõe que regressaremos aos mercados em 2013, o que será facilitado pela intervenção do BCE.
Mas "regressar aos mercados" não é um objectivo político nem uma forma de mobilizar um país.
São os fins, não os meios, que nos movem.

 
At 12 de setembro de 2012 às 15:20, Anonymous Anónimo said...

Sucede que até este objectivo o Governo pode ter estragado.
Só Pedro Passos Coelho parece não ter percebido que, enquanto entoava a Nini, uma crise política eclodia.
A nossa imagem externa junto dos mercados, que é uma justa obstinação deste Governo, está assente em três ou quatro estacas - e duas delas são a estabilidade política e a paz social.
Sem elas, até os juros sobem.
E também aqui o Governo estragou tudo.
Tudo.
O dinheiro que os portugueses vão perder em 2013 dá para pintar o céu de cinzento.
O IRS vai aumentar para toda a gente, através de uma capciosa redução dos escalões e do novo tecto às deduções fiscais; os proprietários pagarão mais IMI pelos imóveis reavaliados, os pensionistas são esmifrados, os funcionários públicos são execrados.
É em cima de tudo isto que surge o aumento da TSU para os trabalhadores.
Alternativas?
Havia.
Ter começado a reduzir as "gorduras" que o Governo anunciou ontem que vai começar a estudar para cortar em 2014 (!).
Mesmo uma repetição do imposto extraordinário de IRS que levasse meio subsídio de Natal, tirando menos dinheiro aos trabalhadores e gerando mais receita ao Estado, seria mais aceitável.
O aumento da TSU é uma provocação. É ordenhar vacas magras como se fossem leiteiras.
Com o erro brutal da TSU, de que até meio PSD e o Banco de Portugal discordam.
Sim: erro brutal.
É pouco importante que Passos Coelho não tenha percebido que começou a cair na sexta-feira.
É impensável que lance o país numa crise política.
É imperdoável que não perceba que matou a esperança a milhares de pessoas.
Ontem foi o dia em que muitos portugueses começaram a tomar decisões definitivas para as suas vidas, seja emigrar, vender o que têm, partir para outra.
Ou o pior de tudo: desistir.
Foi isto que o Governo estragou. Estragou a crença de que esta austeridade era medonha e ruinosa, mas servia um propósito gregário de que resultaria uma possibilidade pessoal.
Não foi a austeridade que nos falhou, foi a política que levou ao corte de salários transferidos para as empresas, foi a política fraca, foi a política cega, foi a política de Passos Coelho, Gaspar e Borges, foi a política que não é política.
Esta guerra não é para perder. Assim ela será perdida.
Não há mais sangue para derramar.

 

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