segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

NO CONCELHO DE AVIS


População começa participar nas decisões
Em Avis está a ser implementado um projecto com vista a envolver a população na gestão participada do Município e nesse âmbito foi lançado um primeiro inquérito através do qual se pretende conhecer a forma como a população se sente informada sobre toda a acção desenvolvida pela Câmara.Assim o Município de Avis apresentou o balanço preliminar do inquérito efectuado à população do concelho, no âmbito deste Programa Municipal de Reforço da Gestão Participada – “Participar +”, isto sem prejuízo de uma análise mais aprofundada a ser efectuada. O inquérito foi distribuído em anexo à primeira edição da folha informativa “Ponto d’Encontro”, à razão de um inquérito por lar. A adesão da população a esta iniciativa ultrapassou largamente as expectativas da autarquia, uma vez que foram devolvidos 10,5% dos inquéritos, o que corresponde a uma taxa de participação muito superior à verificada na primeira edição de iniciativas congéneres de outros concelhos. O inquérito permitiu aferir o grau de informação da população relativamente à actividade da autarquia, constatando-se que a maioria dos munícipes se considera informada/muito informada (63,4%) mas um número significativo de pessoas considera-se ainda pouco informado (19,7%), e 8,2% afirma mesmo não estar nada informado. Deste modo, o inquérito vem justificar a necessidade de criar novos suportes de comunicação e reforçar os existentes, de forma a habilitar os munícipes para uma participação mais activa na gestão do concelho.No que concerne às Áreas de Intervenção Municipal Prioritárias, o Desenvolvimento Local surge no topo das preocupações da população, tendo sido assinalada por 49,7% dos inquiridos; segue-se a Gestão/Planeamento Urbano e Ordenamento do Território (36%) e a Educação (32%). O inquérito revela, assim, que a população partilha aquela que é uma das principais preocupações da autarquia: o Desenvolvimento Local, nas suas múltiplas vertentes, que constitui uma área na qual urge investir como forma de travar o crescente acentuar das discrepâncias entre o interior e o litoral.A Saúde (60,1%) e o Emprego e Desenvolvimento Económico (56%) foram as áreas que a população considerou que deveriam merecer um maior investimento no concelho por parte do poder central. Estes resultados são reveladores dos problemas sociais que afectam o concelho de Avis, nomeadamente a elevada taxa de desemprego e as sucessivas penalizações a nível da saúde, que se traduzem na progressiva diminuição dos serviços prestados, quer através da redução do horário de funcionamento do Centro de Saúde, quer através da redução do número de profissionais de saúde em serviço no concelho.Quando questionados acerca do significado deste inquérito, 68,6% dos munícipes consideraram que este constituía uma possibilidade de “expor os problemas que afectam a população”; 55,4% valorizam-no como “possibilidade de dar opinião sobre prioridades de investimento municipal” e 46,9% apontam para a possibilidades de “discutir e confrontar ideias com a Câmara”. Estes valores demonstram a boa aceitação desta iniciativa, o que é salientado pelo facto de apenas 2,3% dos inquiridos considerar que este inquérito “não tem utilidade”.Além dos dados referentes à globalidade do Concelho, o inquérito permitiu identificar as intervenções prioritárias em cada freguesia, através de dezenas de propostas, tanto de obras e equipamentos, como questões de gestão corrente, que reflectem as carências e aspirações da população.Numa perspectiva global e segundo a opinião da Câmara, este inquérito revelou-se um instrumento essencial na elaboração do Orçamento e restantes documentos previsionais para 2005, sobretudo ao permitir o reordenamento da prioridade das intervenções.
In:Jornal FONTE NOVA

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