sexta-feira, 22 de julho de 2005

COMEÇA BEM...

4 Comments:

At 22 de julho de 2005 às 09:29, Anonymous Anónimo said...

Não sei se alguém já o apontou, a memória é sempre curta, mas o novo Ministro das Finanças tem no seu curriculum o facto pouco abonatório de ter sido secretário de estado do governo mais despesista e que mais contribuiu para o afundanço do país e incremento do déficit dos últimos anos, isto se levarmos a sério o... Relatório Constâncio.

 
At 22 de julho de 2005 às 09:32, Anonymous Anónimo said...

Freitas do Amaral e a candidatura de Cavaco e Silva

Apoiante, abstencionista, adversário...



Nos últimos oito meses, Freitas do Amaral passou de apoiante de Cavaco Silva a abstencionista e, agora, adversário duma eventual candidatura presidencial.

Na sua primeira entrevista como ministro deste Governo, a 2 de Junho, na RTP, Freitas do Amaral foi confrontado por Judite de Sousa com as declarações que tinha feito em Outubro de 2004. Nessa altura, o professor de Direito havia considerado "bastante possível que apoiasse Cavaco" nas presidenciais.

Passados oito meses, Freitas explicou na RTP que a sua posição já não era a mesma e preanunciou a sua abstenção nas eleições presidenciais "Nessa altura era a resposta que correspondia ao meu pensamento. Fazendo eu [agora] parte de um Governo socialista, se o prof. Cavaco Silva for o candidato da direita e o PS tiver um candidato adversário, eu não posso apoiar Cavaco Silva contra o candidato do PS. Por uma questão de gratidão ao prof. Cavaco Silva, que fez de mim presidente da Assembleia Geral da ONU, não posso apoiar um candidato do PS contra Cavaco Silva. Assim, a posição mais natural é abster-me."

Na entrevista que ontem o DN publicou, Freitas volta a mudar de posição, afirmando-se agora como feroz opositor de Cavaco, a quem se refere como "candidato a salvador da pátria" que está a transformar as eleições num "plebiscito unanimista".

É a evolução mais recente numa relação que já teve momentos de grande entusiasmo. A 13 de Julho de 2001, numa carta enviada ao DN, Freitas não escondia o seu alinhamento com o ex-primeiro-ministro "Desde já declaro que, se [Cavaco Silva] decidir ser candidato presidencial em 2006, não só não concorrerei contra ele, como terei todo o gosto em o apoiar."

 
At 22 de julho de 2005 às 09:41, Anonymous Anónimo said...

O recém empossado ministro das Finanças não entrega a declaração de rendimentos e património, a que está obrigado, desde o ano 2000, apurou a Renascença.

Teixeira dos Santos não tem dado conta, como devia, do total de rendimentos que aufere, do activo patrimonial no país e no estrangeiro, nem fez a menção dos cargos sociais remunerados que exerceu.

O novo ministro das Finanças, que ocupou até ontem o cargo de Presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), está incluído no número dos titulares de cargos políticos e equiparados com funções executivas, que têm obrigação de entregar anualmente ao Tribunal Constitucional a sua declaração de rendimentos.

Teixeira dos Santos não o faz desde 2000 e, segundo a lei, a partir do momento em que for notificado pela entidade competente tem de regularizar a sua situação no prazo máximo de 30 dias.

Se não o fizer, o novo ministro das Finanças corre o risco de perder o mandato, ser demitido ou destituído judicialmente.

 
At 22 de julho de 2005 às 14:03, Anonymous Anónimo said...

130 DIAS DE ESTÁGIO
Com a situação económica difícil que o país atravessa seriam de esperar três coisas: que Sócrates soubesse o que quer, que tivesse a coragem de levar uma estratégia até ao fim e que se tivesse rodeado de uma equipa coerente e empenhada nessa estratégia.

Quanto à coerência foi o que se viu com a saída de Luís Cunha do ministério das Finanças, ficou mais do que evidente que o ex-titular da pasta das Finanças tinha conceitos que não eram os do titular da pasta das Obras Públicas. Uma equipa onde o ministro das Finanças defende o rigor orçamental acreditando que cabe ao sector privado a dinamização e o ministro das Obras Públicas acha que o motor da economia é alimentado a sacos de cimento não era coerente.

E sem uma equipa coerente Sócrates não podia ter uma estratégia, no dia do Ecofin era um primeiro-ministro empenhado no rigor das contas públicas e não se cansava de elogiar o ministro das Finanças, e quando no dia seguinte se apresentava no comício autárquico o homem de mão era o ministro das Obras Públicas e o grande objectivo era o cumprimento da última promessa eleitoral que sobrevive, a criação dos 120.000 empregos. E o tão falado plano tecnológico começa a estar para o governo de Sócrates como a bandeirinha do “Portugal em acção” estava para Durão Barroso, tem um efeito meramente decorativo e marginal.

Sem uma equipa coerente e sem uma estratégia consequente e abrangendo dos diversos horizontes temporais a dúvida agora está em saber se Sócrates sabe o que quer ou se graças à experiência adquirida nestes 130 dias de experiência governamental já começa a ter uma leve ideia.

Portugal está a pagar a factura da instabilidade política resultante da desagregação do PSD e da forma como Souto Moura conduziu o processo Casa Pia. O actual primeiro-ministro chegou a São Bento sem o necessário estágio na oposição.



PS: As conclusões das “Novas Fronteiras” serviram para alguma coisa ou foram apenas uma imensa encenação que apenas serviu de alfaiataria onde alguns oportunistas foram virar a casaca?

 

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