terça-feira, 23 de agosto de 2005

ANDAS TRISTE?

Os portugueses aparecem cada vez menos a sorrir nas fotografias dos jornais.
A conclusão é de um psicólogo português que, nos últimos dois anos, analisou mais de 100 mil fotografias publicadas na imprensa portuguesa.

3 Comments:

At 24 de agosto de 2005 às 14:07, Anonymous Anónimo said...

excelente!!!!!!!!!!!!!!!

 
At 24 de agosto de 2005 às 14:26, Anonymous Anónimo said...

Portugal é o país com a menor taxa de felicidade entre os 15 que formavam a União Europeia antes do último alargamento, indica um estudo da Comissão Europeia.

Qualquer dos governantes dos que têm conduzido o País a este estado crónico de infelicidade dirá que o índice de felicidade é subjectivo e remeterá as responsabilidades para o “governo anterior”.

Mas a realidade objectiva é que a média dos portugueses ouvidos pelo Eurobarómetro respondeu “pouco satisfeito” à pergunta: “como classifica em geral a sua satisfação com a vida que leva?”. E que a infelicidade dos portugueses é tão subjectiva como a felicidade dos dinamarqueses, suecos, luxemburgueses, holandeses, irlandeses, etc. Portugal surge no último lugar da tabela e bem abaixo da média europeia. O que não é nada subjectivo mas apenas mais um dos índices que situam o País na chamada “cauda da Europa”, lugar que Portugal ocupa, frequentemente, por direito próprio e não por qualquer fatalidade histórica. Portugal é o país mais infeliz, como também o que mais arde, o que apresenta menor rendimento ‘per capita’ e piores condições de bem-estar material, o mais endividado, com maior taxa de população em risco de pobreza, o que regista maior insucesso escolar, menores habilitações e mais desperdício na educação e formação, etc.

Um psicólogo social, ouvido pelo Correio da Manhã, não se mostrou nada surpreendido com os resultados do barómetro dado, por um lado, o menor nível económico do país, e, por outro, traços culturais dos portugueses que oscilam entre a euforia – como no Euro 2004 – e a depressão – como na crise, que se segue a outra crise, e outra e mais outra.

Ainda gostaria de conhecer a resposta a um inquérito aos governantes portugueses com esta simples pergunta: sente-se feliz com a infelicidade dos portugueses que governou e/ou governa?

 
At 24 de agosto de 2005 às 14:27, Anonymous Anónimo said...

Os portugueses aparecem cada vez menos a sorrir nas fotografias dos jornais. A conclusão é de um psicólogo português que, nos últimos dois anos, analisou mais de 100 mil fotografias publicadas na imprensa portuguesa.

Os resultados finais do estudo serão divulgados em Setembro, mas a agência Lusa antecipou já a primeira das conclusões a tirar da exaustiva análise: “Entre 2003 e 2005 tem vindo a diminuir a exibição do sorriso nas fotografias dos jornais, o que poderá ter a ver com a situação que o País atravessa e consequente estado de espírito dos portugueses”. É certo que também poderá haver razões de ordem comercial. Mas até o facto da tragédia vender mais que a alegria nas páginas dos jornais é sintomático do estado de espírito do País.

O sorriso exprime sentimentos e o pessimismo dos portugueses é dos poucos índices em crescendo, permanente e sustentado, nos últimos anos. Dados de um barómetro recente da Marktest confirmavam que as expectativas dos portugueses estão cada vez mais baixas e aproximam-se agora do estado de “pessimismo acentuado”.

À frustração das expectativas dos portugueses está seguramente associado o facto da crise permanecer apesar das sucessivas mudanças no poder político. Barroso substituiu Guterres, Lopes substituiu Barroso, Sócrates substituiu Lopes e a “tanga” continua, com esse ou outro nome. O défice e o aperto do cinto, os “casos”, a impotência do poder – por exemplo, para defender o País das chamas – desesperam os portugueses, não inspiram qualquer sentimento de benevolência ou de simpatia.

E assim, tirando algumas modalidades menores da escala dos sorrisos – alguns sorrisos falsos ou fechados, de sedução, para efeitos meramente eleitorais – os portugueses deixaram de sorrir nas páginas dos jornais. Pudera! Não é caso para menos. Portugal tornou-se um caso sério.

 

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