José Sócrates chegou ao pode sem qualquer mérito pessoal, razão pela qual não deve ser criticado, ele não teve culpa de que outros melhores do que ele não tenham tido a coragem de se candidatarem; mas pior do que isso, Sócrates chega a primeiro-ministro num momento em que a democracia portuguesa bate no fundo, resultado da corrupção e incompetência generalizadas, da degradação moral e ética dos partidos do poder, em suma, do total desprezo pelos valores da democracia por parte de uma boa parte dos nossos políticos que mais se assemelha a uma colónia de percevejos.
Sócrates teve a oportunidade de mostrar que era, não se lhe exigia que fosse inteligente ou competente, esperava-se que mudasse as práticas da governação.
Mas não o fez, mais do que ficar grato aos portugueses que votaram nele retribuindo-lhes com isenção, honestidade e competência optou por ir a correr empregar velhos amigos que o ajudaram na ascensão no PS. Para isso usou os recursos do Estado, o mesmo que está em crise obrigando os mais pobres a sacrifícios cada vez maiores.
Terá Sócrates percebido que da sua actuação não depende o sucesso dos seus amigos mas, mais importante do que isso, a saúde da democracia?
Eu não peço desculpas porque fui enganado. Eu votei pelo não aumento dos impostos que era a principal promessa de Sócrates. Só que este gajo depois de se apanhar com o meu voto fez precisamente o contrário do que me prometeu... Eu quero é o meu voto de volta.
Um cidadão português, consciente dos seus direitos e desiludido com a forma como este governo está a a governar, decidiu publicar este anúncio no jornal «Público» do passado dia 9 de Setembro de 2005, página 58:
«PEDIDO DE DESCULPA
Rogério Guimarães, cidadão eleitor n.º 6823, da unidade geográfica de recenseamento das Caldas da Raínha, vem por este meio pedir desculpas a todos os democratas por ter contribuído com o seu voto para a eleição deste Governo».
Para o efeito, pagou dinheiro do seu próprio bolso, sem outro intuito que não fosse o de transmitir a um grande número de pessoas o seu sentimento.
5 Comments:
Brilhante, este anúncio! Se eu tivesse votado PS teria feito o mesmo!
José Sócrates chegou ao pode sem qualquer mérito pessoal, razão pela qual não deve ser criticado, ele não teve culpa de que outros melhores do que ele não tenham tido a coragem de se candidatarem; mas pior do que isso, Sócrates chega a primeiro-ministro num momento em que a democracia portuguesa bate no fundo, resultado da corrupção e incompetência generalizadas, da degradação moral e ética dos partidos do poder, em suma, do total desprezo pelos valores da democracia por parte de uma boa parte dos nossos políticos que mais se assemelha a uma colónia de percevejos.
Sócrates teve a oportunidade de mostrar que era, não se lhe exigia que fosse inteligente ou competente, esperava-se que mudasse as práticas da governação.
Mas não o fez, mais do que ficar grato aos portugueses que votaram nele retribuindo-lhes com isenção, honestidade e competência optou por ir a correr empregar velhos amigos que o ajudaram na ascensão no PS. Para isso usou os recursos do Estado, o mesmo que está em crise obrigando os mais pobres a sacrifícios cada vez maiores.
Terá Sócrates percebido que da sua actuação não depende o sucesso dos seus amigos mas, mais importante do que isso, a saúde da democracia?
Eu não peço desculpas porque fui enganado. Eu votei pelo não aumento dos impostos que era a principal promessa de Sócrates. Só que este gajo depois de se apanhar com o meu voto fez precisamente o contrário do que me prometeu... Eu quero é o meu voto de volta.
Para mim, o voto é como uma procuração ou credencial: só as passo quando convém e em quem confio.
Um cidadão português, consciente dos seus direitos e desiludido com a forma como este governo está a a governar, decidiu publicar este anúncio no jornal «Público» do passado dia 9 de Setembro de 2005, página 58:
«PEDIDO DE DESCULPA
Rogério Guimarães, cidadão eleitor n.º 6823, da unidade geográfica de recenseamento das Caldas da Raínha, vem por este meio pedir desculpas a todos os democratas por ter contribuído com o seu voto para a eleição deste Governo».
Para o efeito, pagou dinheiro do seu próprio bolso, sem outro intuito que não fosse o de transmitir a um grande número de pessoas o seu sentimento.
Ao que este país chegou.
Enviar um comentário
<< Home