ISTO VAI LINDO...
Mário Soares=32% Cavaco Silva=49%
Cavaco Silva à frente tanto na primeira como na segunda volta
O único dos candidatos que ainda não formalizou a sua candidatura é aquele que, segundo a sondagem feita pelo Centro de Sondagens da Universidade Católica para o PÚBLICO, a RTP e a ANTENA 1, aparece mais bem posicionado para ser eleito Presidente da República. Aníbal Cavaco Silva, ex-primeiro-ministro derrotado por Jorge Sampaio nas presidenciais de 1996, é o candidato que estará em melhores condições para vencer as próximas eleições presidenciais.
Caso as eleições presidenciais se realizassem nesta altura, de acordo com a sondagem, o resultado mais provável seria uma vitória do antigo presidente do PSD tanto na primeira como na segunda volta.
Nesta sondagem, Cavaco Silva parece ficar perto de uma eleição logo à primeira. A estimativa feita a partir da intenção declarada dá a Cavaco Silva 49 por cento dos votos. Este valor deixa-o no limiar da maioria absoluta, embora a margem de erro da sondagem obrigue a uma leitura cautelosa sobre esta possibilidade.
Os sinais de alerta para a candidatura anunciada de Mário Soares começam logo aqui. Uma análise às intenções de voto segundo simpatia partidária demonstra outro problema para o socialista: o eleitorado do PS aparece fragmentado, com menos de 50 por cento a declararem intenção de voto em Soares. No PSD, a situação é diferente. 78 por cento dos que se disseram sociais-democratas garantiram o voto em Cavaco.
Cavaco vence na segunda volta
Mas os valores estimados para a segunda volta são os que apresentam a maior novidade. A resposta dos inquiridos sobre o voto numa segunda volta entre Cavaco e Soares deixa o ex-Presidente a uma distância considerável do social-democrata. Segundo a sondagem, Cavaco Silva venceria confortavelmente com 64 por cento dos votos, contra os 36 por cento de Mário Soares.
O fraco resultado de Soares - conseguindo angariar apenas mais alguns pontos do que na primeira volta - parece explicar-se com a aversão do eleitorado mais à esquerda. Ao que tudo indica, as passagens pelas manifestações contra a Guerra do Iraque parecem não surtir grande efeito junto do eleitorado do PCP e do BE. É que tanto num como noutro eleitorado são mais os que dizem ir votar em Cavaco do que os que estão dispostos a eleger Mário Soares.
Comunistas não querem engolir segundo sapo
Uma boa parte dos que votam Jerónimo de Sousa na primeira volta preferem não ir às urnas a voltar a fazer o que fizeram em 1986. De acordo com o que a sondagem recolheu, 56 por cento dos comunistas abstêm-se neste cenário e quase 30 por cento optam por colocar a cruz à frente da candidatura de Cavaco.
O quadro revela-se igualmente perturbador para Soares entre o eleitorado do BE. Entre os inquiridos que numa primeira volta votariam Francisco Louçã, quase metade declaram que na segunda volta optariam por Cavaco Silva. Um quarto destes escolheria a abstenção e só pouco mais de 20 por cento se inclinam para o socialista.
Importa referir que estas preferências surgem depois das mensagens implícitas das direcções destes dois partidos, que já deram a entender que apoiariam Mário Soares numa segunda volta contra Cavaco Silva.
Maioria quer Presidente com mais poderes
A sondagem da Universidade Católica deu ainda outros sinais sobre a atitude dos portugueses perante este cargo. Uma maioria de 52 por cento dos inquiridos considera que o Presidente devia ter mais poderes do que tem hoje.
E uma maioria ainda mais esmagadora quer um Presidente mais interventivo. Mais de 70 por cento dos questionados nesta sondagem defendem que o Presidente "intervenha na política do dia-a-dia de forma a ajudar a resolver os problemas do país".
Mas não vêem "diferença" entre um Presidente da "mesma cor política do Governo" e outro de "cor política diferente". A unanimidade quase se atinge na importância dada a estas eleições. 78 por cento dos entrevistados consideram-nas "muito" ou "algo importantes".
O único dos candidatos que ainda não formalizou a sua candidatura é aquele que, segundo a sondagem feita pelo Centro de Sondagens da Universidade Católica para o PÚBLICO, a RTP e a ANTENA 1, aparece mais bem posicionado para ser eleito Presidente da República. Aníbal Cavaco Silva, ex-primeiro-ministro derrotado por Jorge Sampaio nas presidenciais de 1996, é o candidato que estará em melhores condições para vencer as próximas eleições presidenciais.
Caso as eleições presidenciais se realizassem nesta altura, de acordo com a sondagem, o resultado mais provável seria uma vitória do antigo presidente do PSD tanto na primeira como na segunda volta.
Nesta sondagem, Cavaco Silva parece ficar perto de uma eleição logo à primeira. A estimativa feita a partir da intenção declarada dá a Cavaco Silva 49 por cento dos votos. Este valor deixa-o no limiar da maioria absoluta, embora a margem de erro da sondagem obrigue a uma leitura cautelosa sobre esta possibilidade.
Os sinais de alerta para a candidatura anunciada de Mário Soares começam logo aqui. Uma análise às intenções de voto segundo simpatia partidária demonstra outro problema para o socialista: o eleitorado do PS aparece fragmentado, com menos de 50 por cento a declararem intenção de voto em Soares. No PSD, a situação é diferente. 78 por cento dos que se disseram sociais-democratas garantiram o voto em Cavaco.
Cavaco vence na segunda volta
Mas os valores estimados para a segunda volta são os que apresentam a maior novidade. A resposta dos inquiridos sobre o voto numa segunda volta entre Cavaco e Soares deixa o ex-Presidente a uma distância considerável do social-democrata. Segundo a sondagem, Cavaco Silva venceria confortavelmente com 64 por cento dos votos, contra os 36 por cento de Mário Soares.
O fraco resultado de Soares - conseguindo angariar apenas mais alguns pontos do que na primeira volta - parece explicar-se com a aversão do eleitorado mais à esquerda. Ao que tudo indica, as passagens pelas manifestações contra a Guerra do Iraque parecem não surtir grande efeito junto do eleitorado do PCP e do BE. É que tanto num como noutro eleitorado são mais os que dizem ir votar em Cavaco do que os que estão dispostos a eleger Mário Soares.
Comunistas não querem engolir segundo sapo
Uma boa parte dos que votam Jerónimo de Sousa na primeira volta preferem não ir às urnas a voltar a fazer o que fizeram em 1986. De acordo com o que a sondagem recolheu, 56 por cento dos comunistas abstêm-se neste cenário e quase 30 por cento optam por colocar a cruz à frente da candidatura de Cavaco.
O quadro revela-se igualmente perturbador para Soares entre o eleitorado do BE. Entre os inquiridos que numa primeira volta votariam Francisco Louçã, quase metade declaram que na segunda volta optariam por Cavaco Silva. Um quarto destes escolheria a abstenção e só pouco mais de 20 por cento se inclinam para o socialista.
Importa referir que estas preferências surgem depois das mensagens implícitas das direcções destes dois partidos, que já deram a entender que apoiariam Mário Soares numa segunda volta contra Cavaco Silva.
Maioria quer Presidente com mais poderes
A sondagem da Universidade Católica deu ainda outros sinais sobre a atitude dos portugueses perante este cargo. Uma maioria de 52 por cento dos inquiridos considera que o Presidente devia ter mais poderes do que tem hoje.
E uma maioria ainda mais esmagadora quer um Presidente mais interventivo. Mais de 70 por cento dos questionados nesta sondagem defendem que o Presidente "intervenha na política do dia-a-dia de forma a ajudar a resolver os problemas do país".
Mas não vêem "diferença" entre um Presidente da "mesma cor política do Governo" e outro de "cor política diferente". A unanimidade quase se atinge na importância dada a estas eleições. 78 por cento dos entrevistados consideram-nas "muito" ou "algo importantes".
6 Comments:
LUÍZ PACHECO A PRESIDENTE JÁ!
Será que se Cavaco Silva for para Belém, se vai "vingar" das tropelias que dizia que as forças de bloqueio lhe faziam? Se for assim é capaz de não ser mau...
Cavaco Silva é o favorito às presidenciais numa sondagem da Universidade Católica para a RTP, em que o ex-líder do PSD tem 49 por cento das intenções de voto e o antigo Presidente Mário Soares 32 por cento. Com estes resultados, e se as eleições fossem agora, Cavaco Silva estaria a um ponto percentual dos 50 por cento e de uma vitória logo na primeira volta das eleições. À esquerda, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, recolheria 11 por cento das intenções de voto e Francisco Louçã, coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, teria sete por cento.
Numa eventual segunda volta, o ex-primeiro-ministro, que ainda não apresentou a candidatura, bateria o ex-Presidente com uma vantagem de quase trinta pontos percentuais: 65 por cento para Cavaco Silva e 36 por cento para Mário Soares. Independentemente dos valores da intenção de voto, a sondagem mostra que 36 por cento dos inquiridos estão convencidos de que Cavaco será o vencedor e que 23 por cento é da opinião que a Presidência voltará a ser ocupada por Mário Soares, que já esteve em Belém de 1986 a 1996.
in Portugal Diário
Sendo que uma sondagem é uma sondagem estamos conversados sobre a capacidade unificadora do Dr. Soares...
Parabéns.
À espera das autárquicas
Cavaco anuncia candidatura depois das eleições de 9 de Outubro
Cavaco Silva vai anunciar a sua candidatura presidencial na semana a seguir às autárquicas. A SIC sabe que a decisão está tomada e que os preparativos já estão a ser feitos. Até às eleições de 9 de Outubro, o antigo primeiro-ministro deverá manter-se em silêncio sobre as eleições.
Cavaco Silva mantém apenas na sua agenda compromissos académicos e conferências. Na próxima semana, o ex-chefe de Governo vai dar uma conferência em Londres sobre a economia portuguesa, a convite do BANIF.
As pessoas mais envolvidas na candidatura de Cavaco defendem que têm possibilidade de derrotar Soares na primeira volta, facto sustentado por duas sondagens, da Católica e Aximage, publicadas hoje no Público e no Correio da Manhã.
SIC
A questão presidencial
A sondagem da Universidade Católica ontem publicada revela dados sobre a opinião dos portugueses relativamente à próxima eleição presidencial que merecem reflexão. Uma apreciável maioria dos sondados acha que os poderes do Presidente deveriam ser aumentados (52%) e que o Presidente deveria intervir na política do dia- -a-dia de forma a ajudar a resolver os problemas do País (73%).
Parece resultar destas opiniões que os portugueses estão desiludidos com as instituições que contribuem para o Governo do País - partidos, Parlamento, Governo - e por isso esperam do Presidente uma maior intervenção na política, para além do papel que a Constituição lhe reserva.
Por outro lado, a maioria dos inquiridos acha que o Presidente não tem tido o desempenho adequado à situação que o País vive, seja por influência de poderes, seja por incapacidade própria.
Convergente com estas posições, a sondagem revela também que os portugueses atribuem à próxima eleição presidencial uma grande importância.
Estes dados fazem prever uma enorme expectativa em torno das presidenciais, a que a candidatura do dr. Mário Soares veio acrescentar emoção e dramatismo.
A história não se repete e o confronto não será semelhante ao de 1986, em que Mário Soares derrotou Freitas do Amaral por uma pequena margem. Seria um erro transformar a eleição presidencial num combate ideológico.
O mundo mudou muito nos últimos 20 anos, os problemas são outros, o País tem outras dificuldades a superar, a Europa está paralisada, a globalização é um dado que o Presidente e o Governo não podem modificar um milímetro.
Creio que os portugueses esperam do Presidente um contributo sério e rigoroso para superar a grave crise financeira do Estado, relançar a economia, criar emprego e melhorar as condições de vida dos que mais sofrem com a crise.
Esse papel do Presidente não passará pela alteração dos seus poderes constitucionais - dificilmente se encontraria o consenso necessário para essa alteração. Passará, sim, pela capacidade pessoal de quem vencer a eleição de propiciar as profundas reformas que é necessário levar a cabo, em especial no Estado - Administração Pública, Justiça, Saúde, Educação, Segurança Social -, para que Portugal possa vencer a crise em que está mergulhado.
O Presidente pode ter aí um papel decisivo, munido do poder persuasivo que lhe advém da legitimidade da eleição directa; expondo aos portugueses a sua visão estratégica para o País, promovendo os consensos políticos e sociais necessários e ajudando o Governo a vencer as resistências que se opõem às reformas.
Tem de o fazer com absoluta independência dos partidos, visando unicamente o interesse dos portugueses, esquecido de quem o elegeu e livre dos preconceitos ideológicos do século passado.
Que bom seria se a campanha pudesse esclarecer o pensamento dos candidatos sobre os problemas do País e o contributo que esperam poder dar para os superar.
Como não sou ingénuo, acho que vamos assistir a muita demagogia e alguns golpes baixos; mas como sou também optimista, acho que os portugueses têm mais maturidade do que alguns políticos pensam.
DANIEL PROENÇA DE CARVALHO
Enviar um comentário
<< Home