quinta-feira, 15 de setembro de 2005

DE ALTER DO CHÃO... PARA PORTUGAL


«Os partidos transformaram-se em máquinas de assalto ao poder»
António Borges em entrevista à VISÃO, leia

2 Comments:

At 15 de setembro de 2005 às 15:47, Anonymous Anónimo said...

Entrevista à “Visão”
António Borges não exclui candidatura à liderança do PSD

António Borges não exclui, em entrevista publicada hoje na “Visão”, uma futura candidatura à liderança do PSD, mas apenas na circunstância de não haver nenhum candidato que apoie.

No entanto, na longa entrevista que concede à revista o social-democrata assume que “não está a trabalhar para isso, como outros estão”. Para o vice-presidente do banco de investimento Goldman Sachs, o actual líder do partido, Marques Mendes, tem desempenhado convenientemente o seu papel, fazendo-lhe apenas a crítica de não ser “mais vigoroso” na “limpeza” que impôs no partido.

António Borges assume que essa é uma das prioridades que concorda na liderança de Marques Mendes e que trarão benefícios no futuro. Em primeiro lugar, não pactuar com “certos comportamentos” de militantes dos partidos. “Tem-lhe custado muito caro, mas é o bom caminho”, defende o social-democrata. Isaltino Morais e Valentim Loureiro são os casos mais recentes de exclusões que aconteceram no partido, mas António Borges dá a entender que haveria outras situações passíveis de idêntico tratamento.

A segunda tarefa será concentrar-se nas eleições, “no combate no terreno, nas candidaturas”. A recuperação do eleitorado, depois da derrota “brutal” das últimas legislativas antecipadas, é a tarefa seguinte de Marques Mendes.

Na entrevista, entre outros assuntos, António Borges aproveita para elogiar as qualidades tanto de Mário Soares como de Cavaco Silva, mostrando-se convicto de que o antigo líder social-democrata se irá candidatar à Presidência da República. “Cavaco Silva seria um extraordinário Presidente da República, porque tem um enorme sentido de Estado e de qual é o papel e a responsabilidade dos políticos. Logo, virá trazer um outro patamar de exigência quanto à qualidade da acção política e da acção governativa em Portugal”, argumenta.

Em contraponto, Mário Soares, no seu entender, não é um homem de “exigência. Nunca foi”, insistiu, argumentando a favor da sua candidatura o facto de ser dos políticos “mais interessantes do século XX na Europa”.

Na sua opinião, o sucesso de Mário Soares na Presidência da República deveu-se à acção de Cavaco Silva à frente do Governo. “O país estava a ser bem governado e ele [Mário Soares] pôde exercer uma magistratura de influência porque tinha a vida muito facilitada”, sustenta António Borges.

 
At 16 de setembro de 2005 às 11:15, Anonymous Anónimo said...

"Estou muitíssimo preocupado com a forma como, ao longo dos anos, os partidos políticos têm vindo a funcionar: como máquinas de colocação de pessoas, no exercício de poderes locais e regionais, e na forma como hoje se transformaram em máquinas de assalto ao poder.
Nos partidos, estou a falar de um certo desvirtuamento da actividade política que faz com que as pessoas olhem para eles como forma de defenderem interesses muito particulares. Este assalto aos lugares e às empresas públicas é algo que acho extraordinaeriamente perigoso para a confiança que as pessoas devem ter no regime político. Em paralelo há o problema da corrupção que é muito generalizado e ninguém actua. Isto é muito grave porque não permite resolver problemas, porque afecta muitíssimo a confiança e leva as pessoas a reagir de forma desesperada.
Se nada se resolve, então vamos para medidas radicais, cada vez mais loucas. Há muita evasão fiscal, então acabe-se com o sigili bancário; há muitos problemas de fogos, então acabe-se com o direito à propriedade privada das florestas."
Esta situação é muito pior do que nos outros paises da Europa, embora tenham existido problemas noutros países da Europa. Houve problemas gravíssimos em França que levaram á condenação de Alain Juppé. O próprio presidente jacques Chirac, quando deixar o cargo não se sabe bem o que irá acontecer-lhe. Em Itália, em Espanha também..."

António Borges
Em entrevista à VISÃO

 

Enviar um comentário

<< Home