Mandaria o sentido de estado que na visita à designada feira nacional da agricultura (realizada em instalações faraónicas construídas no tempo de um tal Cavaco Silva) o Presidente na República não se pronunciasse sobre o conflito entre o governo e os maiores proprietários agrícolas do país, o facto de os senhores da agricultura terem feito chacota com o ministro da Agricultura dizendo publicamente que não o tinham convidado implicaria distância por parte de Cavaco Silva, para não exigir a sua ausência.
Neste contexto nunca Cavaco Silva deveria tomar partido, uma posição favorável a estes agricultores, ainda que disfarçado num recado sem destinatário evidente, revelaria uma falta de sentido de estado que fragiliza a posição de um presidente da república. Mas Cavaco não resistiu à tentação de apoiar os seus velhos apoiantes e principais beneficiados de um processo e transição gerido de forma oportunista, aliás, dias antes Cavaco havia condecorado o ministro que mais apoiou a subsidio dependência dos grandes proprietários.
Evidentemente Cavaco Silva apercebeu-se da gafe e no dia seguinte chamou a si o papel de Herodes, e para não ser acusado de imparcialidade veio em apoio da ministra da Educação, numa situação em que a ministra nem sequer estava envolvida.
Que Cavaco apoia os grandes proprietários de subsídios não temos dúvidas, que alinha na tentativa de meter no ministério da Agricultura uma marioneta destes proprietários também parece, a dúvida está apenas em saber se apoia efectivamente a política da ministra da Educação, ou se esta seria apenas para corrigir um erro grave. É evidente que muitos professores não gostaram desta emenda de Cavaco e quase aposto que o próximo episódio deste folhetim de gestão de imagem é uma afirmação de Cavaco a passar a mão pelo pêlo dos professores, talvez a sugerir diálogo na educação, veremos se estarei enganado.
Apesar de até Cavaco já se ter pronunciado sobre a hipotética a agressão a uma professora, a verdade é que a história está por esclarecer, e se a crer numa reportagem da TVI a história pode estar muito incompleta:
«"É mentira, estávamos no negócio, não batemos na professora!", diz o pai. "Foi uma cigana que nós conhecemos de passagem que viu o Eduardo a chorar e foi dar à professora a estalada que ela tinha dado à criança!", diz a mãe. Num tom gritado, os pais do rapaz que se queixa de ter sido agredido por uma professora na escola EB1 S. Gonçalo, no Lumiar, garantem que não foram eles quem agrediu de volta a docente. Situação que levou ontem os professores a encerrar a escola como forma de protesto.» [Diário de Notícias Link]
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Mandaria o sentido de estado que na visita à designada feira nacional da agricultura (realizada em instalações faraónicas construídas no tempo de um tal Cavaco Silva) o Presidente na República não se pronunciasse sobre o conflito entre o governo e os maiores proprietários agrícolas do país, o facto de os senhores da agricultura terem feito chacota com o ministro da Agricultura dizendo publicamente que não o tinham convidado implicaria distância por parte de Cavaco Silva, para não exigir a sua ausência.
Neste contexto nunca Cavaco Silva deveria tomar partido, uma posição favorável a estes agricultores, ainda que disfarçado num recado sem destinatário evidente, revelaria uma falta de sentido de estado que fragiliza a posição de um presidente da república. Mas Cavaco não resistiu à tentação de apoiar os seus velhos apoiantes e principais beneficiados de um processo e transição gerido de forma oportunista, aliás, dias antes Cavaco havia condecorado o ministro que mais apoiou a subsidio dependência dos grandes proprietários.
Evidentemente Cavaco Silva apercebeu-se da gafe e no dia seguinte chamou a si o papel de Herodes, e para não ser acusado de imparcialidade veio em apoio da ministra da Educação, numa situação em que a ministra nem sequer estava envolvida.
Que Cavaco apoia os grandes proprietários de subsídios não temos dúvidas, que alinha na tentativa de meter no ministério da Agricultura uma marioneta destes proprietários também parece, a dúvida está apenas em saber se apoia efectivamente a política da ministra da Educação, ou se esta seria apenas para corrigir um erro grave. É evidente que muitos professores não gostaram desta emenda de Cavaco e quase aposto que o próximo episódio deste folhetim de gestão de imagem é uma afirmação de Cavaco a passar a mão pelo pêlo dos professores, talvez a sugerir diálogo na educação, veremos se estarei enganado.
AFINAL BATERAM OU NÃO NA PROFESSORA
Apesar de até Cavaco já se ter pronunciado sobre a hipotética a agressão a uma professora, a verdade é que a história está por esclarecer, e se a crer numa reportagem da TVI a história pode estar muito incompleta:
«"É mentira, estávamos no negócio, não batemos na professora!", diz o pai. "Foi uma cigana que nós conhecemos de passagem que viu o Eduardo a chorar e foi dar à professora a estalada que ela tinha dado à criança!", diz a mãe. Num tom gritado, os pais do rapaz que se queixa de ter sido agredido por uma professora na escola EB1 S. Gonçalo, no Lumiar, garantem que não foram eles quem agrediu de volta a docente. Situação que levou ontem os professores a encerrar a escola como forma de protesto.» [Diário de Notícias Link]
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