segunda-feira, 24 de julho de 2006

ONDE É QUE ELES ESTÃO?



O ministro das Finanças reconheceu que faltavam 1.000.000 de selos do carros o que antes dos arredondamentos significa 1.000.000 mais coisa menos coisa, sendo a coisa a grande dúvida já que todos os comunicados do ministério das Finanças sobre esta matéria mentiram. Aliás, é muito provável que o primeiro a ser enganado pelos seus comunicados foi o próprio ministro.

A pica para a graxa dos boys que o PSD colocou na administração fiscal é tão grande que tudo fizeram para o governo do Partido Socialista engrace com eles, ao ponto terem dado a barraca que se está a assistir na venda dos selos do imposto municipal sobre veículos, onde um imposto simples e arcaico se transformou num martírio para os contribuintes, graças aos modernismos do SIMPLEX.

Assim, no fisco existe o novo verbo, o verbo simplexar que significar complicar o que era simples.


J E R

4 Comments:

At 24 de julho de 2006 às 15:01, Anonymous Anónimo said...

As 333 medidas anunciadas pelo Governo para simplificar a administração pública estão bloqueadas na teia burocrática da própria administração pública.
Numa frase, a vontade de simplificar a máquina pública emperrou na burocracia.
A notícia não espanta.

No início de Janeiro de 2005 o Jornal Diário Económico fazia manchete com um estudo devastador encomendado por Manuela Ferreira Leite à Inspecção Geral de Finanças. Dizia assim: 64% de toda a actividade do Estado consome-se aí, no próprio Estado.
Isto é, mais de metade do trabalho da máquina pública serve apenas para alimentar essa máquina central.
Esse monstro.

Algum tempo antes, o então Presidente da Associação Portuguesa para o Investimento (API), Miguel Cadilhe, dava nome a este absurdo: custos de contexto. E sublinhava que era por causa desses vários desincentivos que a economia não crescia em Portugal.

Hoje percebe-se que é bem pior.
Por causa de toda esta ineficácia pública as reformas de que o país tanto precisa emperram à nascença. Os detalhes da loucura: os ministérios não foram capazes de se coordenar a tempo, e por isso não se entenderam sobre as leis que os deviam simplificar.
O que transporta este raciocínio para o essencial: é no peso monstruoso do Estado que está o problema.

Para quem não recorda, a burocracia moderna foi uma criação bem intencionada do alemão Max Webber. Logo na génese, este sociólogo concebeu-a para simplificar procedimentos, justificando assim (e não cito) a sua ideia: deve pagar-se para que os funcionários ajam de forma pré-estabelecida, impedindo assim que as suas emoções interfiram no seu desempenho.
O monstro, portanto, foi-se fortalecendo.
Ganhou resistência à mudança, e passou a viver em função dos seus próprios vícios.
Sem papel, nada avança – lembraram os Gato Fedorento.
O Governo, ao que parece, esqueceu este detalhe.

Sócrates é responsável, claro, até porque o Simplex é uma das bandeiras do seu Governo.
O problema é que isso de nada serve ao país – o primeiro-ministro está certo na sua intenção mas chocou em algo mais forte do que ele: o Estado.

 
At 25 de julho de 2006 às 10:51, Anonymous Anónimo said...

MAIS UMA DAS FINANÇAS:

«Estacionou no lugar errado e teve as Finanças à perna


Lugares de estacionamento no centro da polémica

Jorge Mateus estacionou o seu automóvel num lugar reservado à chefia da Repartição de Finanças de Alcobaça (RFA) e passados poucos minutos o seu passado fiscal já estava a ser analisado de modo a "vingar" o atrevimento. Um episódio aparentemente recorrente na repartição, mas que neste caso terminou com um internamento.

Como já alegadamente fizera em pelo menos outros dois casos, o chefe da RFA, Hélder Ferreira, verificou que o condutor que ocupara o seu lugar de estacionamento tinha uma dívida ao fisco e ordenou a apreensão dos documentos do respectivo veículo. A decisão irritou o empresário Jorge Mateus, que, no calor da discussão que diz ter tido com Hélder Ferreira, se sentiu mal (tombou inconsciente em plena repartição) e foi hospitalizado. O chefe de Finanças, ao JN, recusa-se a comentar o insólito caso, invocando sigilo profissional.

A estória começou por volta das 15.30 horas do dia 14 de Julho, quando Jorge Mateus se dirigiu às Finanças. Ao chegar ao parque da RFA, viu um "buraco", e estacionou. "Não vi que era um lugar das Finanças", justifica-se, agora, o dono de uma velha discoteca de Alcobaça. Só no interior da RFA é que Jorge Mateus, que se confessa um "despassarado", se lembrou de aproveitar para comprar o selo automóvel. Meia hora de fila depois, sentou-se à frente de um funcionário, na Tesouraria, e pousou o livrete do carro na mesa.

Nesta altura, o chefe da RFA já chegara ao parque de estacionamento. Como não gostou de encontrar o seu lugar ocupado por um estafado Mercedes, e já no computador do seu gabinete, acedeu a uma base de dados dos contribuintes. Verificou, então, que aquele carro pertencia a Jorge Mateus e que este tinha pendentes vários processos fiscais e uma dívida de 315 euros. Desceu ao rés-do-chão, encontrou Jorge Mateus, pegou-lhe no livrete e ordenou a um funcionário que procedesse à apreensão do veículo. Jorge Mateus alegou que precisava dos documentos, inclusive para "ir a Lisboa fazer uns exames ao coração". O chefe da RFA terá respondido que sabia quem era Jorge Mateus, porque ele deixara o carro no estacionamento das Finanças, e já tinha recebido uma carta para pagar a dívida ao Fisco. O empresário respondeu que se trata de 315 euros e que, naquele dia, não pagou porque não tinha tanto dinheiro consigo. Já muito enervado, ameaçou, em voz alta, fazer "queixa" do chefe da RFA. Este reagiu subindo para o seu gabinete, e foi então que Jorge Mateus caiu inanimado. Esteve sete horas internado (já tinha sido operado às artérias coronárias) e só em casa verificou que alguém lhe tinha colocado o livrete junto dos seus outros documentos.»


Nelson Morais
In: Jornal de Notícias

 
At 25 de julho de 2006 às 16:39, Anonymous Anónimo said...

Como é a primeira vez que todos nós temos de pagar o IMV, o governo muito competente dos xuxalistas do Sócrates, através do muito competente Teixeira e do Paulo Macedo (aquele que é quadro do BCP/Opus Dei/PSD) não sabe muito bem quantos selos de carros são necessários para todos nós pagarmos o imposto para ter a gasolina cara, os carros caros, as auto-estradas sempre em obras, as estradas nacionais e municipais cheias de burracos, etc, etc...
E ainda encher os cofres das câmaras municipais, como a de Ponte de Sôr, geridas por ladrões como o Pinto e a sua equipa de vigaristas.
Vão todos para a p... que os p...

 
At 27 de julho de 2006 às 10:32, Anonymous Anónimo said...

MAIS UMA DO SIMPLEXAR DOS "XUXALISTAS"

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Deficientes impedidos de comprar «selo do carro» via online

Os deficientes que beneficiam da isenção de pagamento do selo automóvel estão impedidos de adquirir o dístico pela Internet, denunciou a Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD), num artigo publicado no Jornal do Deficiente.
Contactado pelo Jornal de Notícias, o Ministério das Finanças prometeu para esta quinta-feira explicações sobre o caso.

Para o efeito, os deficientes continuam obrigados a dirigir-se às repartições de Finanças, alerta a CNOD, que refere «tratar-se de mais um exemplo da discriminação ou esquecimento das pessoas com deficiência».

Com o título «Discriminação estende-se até ao Imposto Municipal sobre Veículos», a confederação acrescenta que a situação é ainda mais discriminatória quando é conhecida a inexistência de acessibilidades, para deficientes, em muitas repartições de Finanças do país.

O artigo, que foi posteriormente transformado em comunicado de imprensa da direcção da CNOD, termina com um apelo: «Deixamos à consideração e apelamos a quem de direito para que no próximo ano se lembrem deste pequeno e tão importante problema que a todos nos afecta».


In:Diário Digital

 

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