segunda-feira, 18 de setembro de 2006

TUDO NA MESMA?

Mais de oito em cada dez alunos (81,7 por cento) do 12º ano tiveram negativa no exame nacional de Matemática relativo ao programa antigo, enquanto na prova referente ao programa novo a taxa de chumbos atingiu os 71,1 por cento.

Entretanto, fecharam mais de 230 escolas em Trás-os-Montes, o que obrigará as crianças a deslocarem-se, em média, uma distância de 15 quilómetros até localidades vizinhas, e a ministra da Educação rejeitou qualquer possibilidade de adiar o programa de encerramento de 1460 escolas, apesar de muitos dos estabelecimentos de acolhimento não estarem preparados para receber os alunos. Por outro lado, com o ano lectivo oficialmente inaugurado, existem cerca de 4500 docentes dos quadros sem aulas para dar, enquanto o Ministério contratou cerca de 10 mil professores, e muitos docentes foram transferidos para onde não faziam falta.


São estas as últimas notícias sobre resultados e efeitos do sistema da educação, matéria que não faz parte dos planos para qualquer pacto de regime nem para nenhuma nova paixão anunciada.

Ainda muito recentemente, um relatório da OCDE revelava que Portugal está em último lugar, entre os 30 países da organização, quanto ao tempo médio que os cidadãos com mais de 25 anos passaram na escola e, consequentemente, em relação aos conhecimentos e aptidões da população adulta.
Mas não é por falta de estatísticas deprimentes como esta que o País e os poderes não tomam consciência da calamidade nacional a que tem sido conduzida a educação e não invertem de vez a situação.
Será, eventualmente, porque a educação é um campo de batalha de interesses de corporações e uma passerelle para uma casta de burocratas que vive do sistema. E para a sobrevivência de um sistema que sustente essa casta de burocratas basta ir fazendo as mudanças frequentes, necessárias e suficientes para que fique tudo na mesma.

João P. Guerra

2 Comments:

At 18 de setembro de 2006 às 17:09, Anonymous Anónimo said...

Este comentário destina-se à grande comitiva de Ponte de Sor, que acompanhou o ilustre vereador Laranjeira (grande gromo que não sabe falar Inglês) à Finlândia, visitem o seguinte site e aprendam mais sobre a visita que fizeram e que nada perceberam:
http://www.finlandia.org.pt/doc/pt/infofin/educa.html

 
At 19 de setembro de 2006 às 11:46, Anonymous Anónimo said...

o anonymous, e vc acha que eles sabem o que e um site? ou mesmo Internet? Ainda pensam qu sao cidades para geminar com a nossa e as quais podem ir passar ferias de borla para verem como funcionan as casas d ebanho publicas.

 

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