quarta-feira, 29 de novembro de 2006

A DITADURA SOCIALISTA

O silêncio não é o nosso dever. Do que se vai lendo nos blogues da linha da frente da guerra sistémica em curso e na amplificação nos media tradicionais, o poder socialista semeou ventos totalitários para varrer a independência da justiça e arrisca-se a colher, mais tarde ou mais cedo, a tempestade democrática. Finalmente, há uma reacção do poder judicial contra a dependência imposta pelo governo e parlamento socialistas, acolitados pelas antenas sistémicas das mesmas irmandades e negócios noutros partidos.

Perante a debilidade dos partidos da oposição formal, mais entretidos a tratar de proteger negócios e posições remanescentes das suas oligarquias, o poder socialista pretendeu o domínio total do Estado, entortando o já obsoleto modelo de democracia representativa para a prática da ditadura da corrupção moral do Estado.

O Estado é corrompido pelo nepotismo e fisiologismo oficiais, pela protecção dos criminosos entalados nos mais sórdidos crimes, pela violação dos direitos dos cidadãos outrora livres (de que a liberdade de expressão é o sinal), pela promiscuidade com os media dependentes da publicidade, do salário e do subsídio.

Embora obsoleto - perante a evolução tecnológica e a ânsia de democracia directa dos cidadãos descontentes -, o modelo da democracia representativa exige pluralismo político e representatividade social, divisão dos poderes e primado do Direito. Na prática, hoje, em Portugal, nada disto temos.

Não há um verdadeiro pluralismo político com representatividade social, pois os partidos e os órgãos de comunicação social, apenas se distinguem por diferenças de grau de adesão a um modelo de Estado Social, ele próprio também vítima da obsolescência tecnológica e económica - com a excepção, ideológica, do Partido Comunista que destoa do consenso sistémico burguês mas está mais preocupado com a sustentação de posições no Estado e autarquias -, enquanto concordam nas questões duras de regime. Os membros do sistema limitam ainda o acesso ao poder através de leis eleitorais restritivas das candidaturas independentes que poderiam refrescar o sistema e da instituição de controleiros que fazem aprovar nos partidos, em comissões obedientes, os candidatos oficiais para as candidaturas disponíveis. Os eleitores, chocados com os péssimos resultados da condução do País, apenas podem escolher mais dos mesmos. A representação popular está a cargo de uma casta política endogâmica, mais ou menos incompetente, que defende a sua classe em vez de representar os eleitores. Para governar, disfarçando o analfabetismo científico - nas chamadas áreas técnicas - montam-se em serventuários fiéis aos benefícios de carreira, agradecidos pela deferência e acesso aos benefícios marginais dos sistema, e em editores e jornalistas, gratos por lhes manterem o salário, na espera da benesse de um cargo político que premeie os anos de serviço diligente.

Não há separação real dos poderes porque o poder socialista - na refrega do caso de pedofilia da Casa Pia e de casos de corrupção -, que assume o governo e domina o parlamento, conseguiu o controlo directo e imediato, até agora aparentemente consentido, do poder judicial, imposto através da punição político-mediática-administrativa dos desobedientes, a escolha de fíéis, o e a perseguição de autonomistas, inclusive com a ameaça ostensiva e pública e concretização da mudança da lei para garantir a subalternidade e o cúmulo do aggiustamento desavergonhado de processos críticos.

Não há primado do Direito porque a lei pesada para os simples não é a mesma com se aliviam os poderosos. Não só a aplicação da lei conhece a inclinação da balança do poder, como até se chega a promover regimes de excepção para os poderosos.

É face a esta usurpação do Estado pelo poder socialista que se percebe, agora, a reacção do poder judicial. É que,
em rigor, já não vivemos numa democracia representativa. Sofremos a ditadura socialista.

António Balbino Caldeira

4 Comments:

At 29 de novembro de 2006 às 10:02, Anonymous Anónimo said...

Retrato de um país perdido
“O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. (...)
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. (...)
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!"

Descrição de Eça de Queiroz no ano de 1871.
Descubra as diferenças para a realidade actual.

 
At 29 de novembro de 2006 às 22:49, Anonymous Anónimo said...

Quem Pia mais alto que Eu???
Quem manda mais do que EU??
Quem censura mais do que EU???
Quem maltrata mais do que EU???
Quem tem pior gosto do que EU???
Quem é mais déspota do que EU???
Quem é o mais animal do que EU???
Quem é mais deputado do que EU???
Quem tem menos cultura do que EU???

Quem é o Pinto mais esperto do Galinheiro???

(Todo o galinheiro em uníssono) - O Sr. Todo Poderoso, Divino e Excelso Dr. Chicken

Chicken

 
At 29 de novembro de 2006 às 23:37, Anonymous Anónimo said...

Retrato de um país Perdido? Qual perdido qual carapuça, O povo está na miséria, Qual miséria qual carapuça. eles vão de férias para a Suíça eles vão comprar casa no Algarve... à agora já não é para o Algarve, é para outros la dos como se chama? Vocês sabem bem para onde eles vão. E depois quem paga por esta desgraça toda, o pobre desgraçado, que anda lá atrás das ovelhas, etc. etc... Ajudas da União Europeia para gastarem em valentes BMW e brutas Casas. Enfim acordem em quanto é tempo. Outro 25 de Abril não fazia mal a certa cambada que anda a encher os bolsos à conta do pobrezinho. Talvez quando acordarem já seja tarde, já eles estão lá bem longe de Portugal a gozar a grande... E a gozar com tudo e com todos, acoredem!...
Ás vezes até já tenho vergonha de ser Português...

 
At 1 de dezembro de 2006 às 14:06, Anonymous Anónimo said...

Além do seu vencimento como autarcas, são abonados "a expensas do Estado de um vencimento fixo e despesas de representação que totalizam mensalmente mais de 12 salários mínimos no ano de 2004" (um deles, com vencimento de € 10.723,00 mensais);
... São-lhes distribuídos "prémios de gestão", entre 87.000 a 95.000 euros/ano;
... Não têm responsabilidades executivas;
... Apenas comparecem a reuniões quinzenais e satisfazem outros compromissos de natureza meramente pontual;
... Têm automóvel, motorista, portagens, seguros, reparações e combustível pago pelos cidadãos;
... Têm cartão de crédito com plafond de € 1.250,00 mensais;
... Têm seguro de vida e telemóveis suportados pelo erário público.

 

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