Em dia da anunciada “passeata” dos militares contra o Governo, este entendeu ontem oportuno abrir mais uma excepção na regra do nivelamento por baixo do regime das reformas.
E assim, os militares em condições de passarem à reserva desde o final do ano passado vão receber as pensões de reforma por inteiro, ao contrário do que acontecerá com o pessoal das forças de segurança e da Função Pública.
Toda a regra tem excepção, é certo, mas o igualitarismo de que o Governo diz que quer fazer regra geral vai abrindo excepções à medida das conveniências da agenda política, do poder, força e impacto das corporações e de algumas conveniências particulares. Está neste caso, por exemplo, o regime de transição que abrange os próprios deputados. De um modo geral a alteração do regime de direitos tem sido decretada de forma abrupta, com efeitos imediatos, sem apelo nem qualquer consideração de ordem social, quer no caso de regime de pensões como no de subsistemas de segurança social e de cuidados de saúde. Com os deputados, que legislam em causa própria e beneficiam de um regime de reformas absolutamente escandaloso, as alterações não são para já.
A decisão que o Governo acaba de tomar em relação aos militares, em vésperas de uma anunciada demonstração pública de contestação, abre duas excepções em uma. Os militares, que já gozam da excepção de passar à reserva com 20 anos de serviço, vão também gozar da excepção de receber as pensões sem penalizações. E é assim que, pregando o igualitarismo deste “socialismo de miséria”, o Governo mais uma vez abre uma excepção para privilegiar os privilegiados.
O Governo tem assistido absolutamente insensível a manifestações de descontentamento e protesto por parte dos mais variados sectores da sociedade. Mas uma “passeata” da tropa, mesmo à paisana e desarmada, e outra coisa.
RUI NABEIRO "HONORIS CAUSA" PELA UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Antes de prosseguir, e passe a publicidade, esclareço que aprecio o café Delta. Chego a dar voltas até encontrar um sítio que sirva "bicas" Delta. O café é bom, o homem é um grande empresário, dá emprego, manda na zona dele, é um grande socialista. Até aqui tudo bem. Daí ao "honoris causa" ao sr. Azinhais Nabeiro na Universidade de Évora, "apadrinhado" por Jorge Sampaio, devia ir uma prudente distância. Não tarda nada, pelos distintos serviços prestados à pátria - distraí-la do essencial - ainda vamos ver a Floribella, a Romero e a Raposo feitas "honoris causa", devidamente apadrinhadas pelo ministro-sociólogo Santos Silva. Que tristeza.
estou farto que o governo do rectângulo tente tratar os cidadãos como um bando de débeis mentais, uns simples coitados a quem se pode enfiar contínua e impunemente, todo o género de patranhas.
não se olha a meios para esconder a realidade nem para fazer publicidade enganosa a uma governação (?) que não tirou, nem vai tirar, este projecto de país da miserável situação em que se encontra e, que a cada dia que passa, se afasta mais da europa. desta vez, com a colaboração dos lacaios do costume - instituto nacional de estatística e comunicação social - vem anunciar uma melhoria nos números do desemprego. como não se verificava desde 2001 - disse sócrates, acrescentando, qual vendedor de banha-da-cobra: a descida não foi 0.1, não foi 0.2, não, foi 0.3....
infelizmente nada deste discurso corresponde à verdade! vale a pena ver o que foi escrito e a forma ardilosa como os números são manipulados:
«Desemprego baixa para 7,4% (...) Os dados do INE enquadram-se na estimativa do Governo e de Bruxelas, que apontam para uma taxa de desemprego no final deste ano, entre 7.6% e 7.7%.»link
«A taxa de desemprego subiu para 7.4% (...) A criação de emprego na economia portuguesa está a ser feita à custa das profissões menos qualificadas, apesar do rumo pretendido para a recuperação da produtividade ser justamente o contrário. e o sec. de estado diz: "Trata-se da criação de emprego de melhor qualidade. Verifica-se que se criaram fundamentalmente 65.300 postos de trabalho para qualificações médias ou superiores e, por outro lado, há uma perda de postos para as baixas qualificações." (...)o número de desempregados deslizou quase 3%, para 417,4 mil indivíduos, embora a taxa de desemprego tenha acabado por subir ligeiramente em cadeia, até 7.4% da população activa.» link
mas, em 2005, dizia-se: «Desemprego chega aos 7.2% no final de Junho» link
em conclusão:
uns dizem que desce, outros afirmam que sobe. ou dizem que desceu para 7.4, quando em 2005 era de 7.2, ou ainda que desceu, subindo... ou, nas entrelinhas que contrariam o foguetório, que afinal vamos chegar ao fim do ano com mais desempregados do que em 2005.
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Em dia da anunciada “passeata” dos militares contra o Governo, este entendeu ontem oportuno abrir mais uma excepção na regra do nivelamento por baixo do regime das reformas.
E assim, os militares em condições de passarem à reserva desde o final do ano passado vão receber as pensões de reforma por inteiro, ao contrário do que acontecerá com o pessoal das forças de segurança e da Função Pública.
Toda a regra tem excepção, é certo, mas o igualitarismo de que o Governo diz que quer fazer regra geral vai abrindo excepções à medida das conveniências da agenda política, do poder, força e impacto das corporações e de algumas conveniências particulares. Está neste caso, por exemplo, o regime de transição que abrange os próprios deputados. De um modo geral a alteração do regime de direitos tem sido decretada de forma abrupta, com efeitos imediatos, sem apelo nem qualquer consideração de ordem social, quer no caso de regime de pensões como no de subsistemas de segurança social e de cuidados de saúde. Com os deputados, que legislam em causa própria e beneficiam de um regime de reformas absolutamente escandaloso, as alterações não são para já.
A decisão que o Governo acaba de tomar em relação aos militares, em vésperas de uma anunciada demonstração pública de contestação, abre duas excepções em uma. Os militares, que já gozam da excepção de passar à reserva com 20 anos de serviço, vão também gozar da excepção de receber as pensões sem penalizações. E é assim que, pregando o igualitarismo deste “socialismo de miséria”, o Governo mais uma vez abre uma excepção para privilegiar os privilegiados.
O Governo tem assistido absolutamente insensível a manifestações de descontentamento e protesto por parte dos mais variados sectores da sociedade. Mas uma “passeata” da tropa, mesmo à paisana e desarmada, e outra coisa.
RUI NABEIRO "HONORIS CAUSA" PELA UNIVERSIDADE DE ÉVORA
Antes de prosseguir, e passe a publicidade, esclareço que aprecio o café Delta. Chego a dar voltas até encontrar um sítio que sirva "bicas" Delta. O café é bom, o homem é um grande empresário, dá emprego, manda na zona dele, é um grande socialista. Até aqui tudo bem. Daí ao "honoris causa" ao sr. Azinhais Nabeiro na Universidade de Évora, "apadrinhado" por Jorge Sampaio, devia ir uma prudente distância. Não tarda nada, pelos distintos serviços prestados à pátria - distraí-la do essencial - ainda vamos ver a Floribella, a Romero e a Raposo feitas "honoris causa", devidamente apadrinhadas pelo ministro-sociólogo Santos Silva. Que tristeza.
estou farto!
estou farto que o governo do rectângulo tente tratar os cidadãos como um bando de débeis mentais, uns simples coitados a quem se pode enfiar contínua e impunemente, todo o género de patranhas.
não se olha a meios para esconder a realidade nem para fazer publicidade enganosa a uma governação (?) que não tirou, nem vai tirar, este projecto de país da miserável situação em que se encontra e, que a cada dia que passa, se afasta mais da europa.
desta vez, com a colaboração dos lacaios do costume - instituto nacional de estatística e comunicação social - vem anunciar uma melhoria nos números do desemprego.
como não se verificava desde 2001 - disse sócrates, acrescentando, qual vendedor de banha-da-cobra: a descida não foi 0.1, não foi 0.2, não, foi 0.3....
infelizmente nada deste discurso corresponde à verdade!
vale a pena ver o que foi escrito e a forma ardilosa como os números são manipulados:
«Desemprego baixa para 7,4% (...)
Os dados do INE enquadram-se na estimativa do Governo e de Bruxelas, que apontam para uma taxa de desemprego no final deste ano, entre 7.6% e 7.7%.»link
«A taxa de desemprego subiu para 7.4% (...)
A criação de emprego na economia portuguesa está a ser feita à custa das profissões menos qualificadas, apesar do rumo pretendido para a recuperação da produtividade ser justamente o contrário.
e o sec. de estado diz:
"Trata-se da criação de emprego de melhor qualidade. Verifica-se que se criaram fundamentalmente 65.300 postos de trabalho para qualificações médias ou superiores e, por outro lado, há uma perda de postos para as baixas qualificações."
(...)o número de desempregados deslizou quase 3%, para 417,4 mil indivíduos, embora a taxa de desemprego tenha acabado por subir ligeiramente em cadeia, até 7.4% da população activa.» link
mas, em 2005, dizia-se:
«Desemprego chega aos 7.2% no final de Junho» link
em conclusão:
uns dizem que desce, outros afirmam que sobe.
ou dizem que desceu para 7.4, quando em 2005 era de 7.2, ou ainda que desceu, subindo...
ou, nas entrelinhas que contrariam o foguetório, que afinal vamos chegar ao fim do ano com mais desempregados do que em 2005.
estou farto!
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