quarta-feira, 22 de novembro de 2006

180 MIL ALENTEJANOS VIVEM COM 10 EUROS POR DIA

Até Catarina Eufémia se converteria

Há 180 mil alentejanos, de uma população de 530 mil, que vivem com 10 euros por dia.
A região perdeu, nos últimos 50 anos, um terço da população (300 mil pessoas).
Estes números dão que pensar.
Porque confirmam que há muita pobreza envergonhada; porque mostram que a Revolução ofereceu ao Alentejo apenas um dos D (Democracia), da promessa feita em Abril de 74 (se assim não fosse, a sangria teria continuado?).

Constatado o problema, é preciso buscar soluções.

Uma delas é confiar apenas no assistencialismo.
Leia-se subsídios.
Seria um erro: basta olhar para o Mezzogiorno, destinatário de biliões de euros de ajudas mas sempre na cauda do rendimento "per capita" italiano, para perceber porquê.

A outra, mais difícil, é repensar o modelo em que assenta a economia da região.
Isto implica rupturas difíceis com um passado de apostas em modelos errados (como as cerealíferas) e vergado à ideologia do PC.

Mas, bem vistas as coisas, o Alentejo não tem alternativa:
ou mete a cabeça na areia, acentuando a periferite... ou faz um reboot de mentalidades. E nem se pode dizer que é uma aposta no escuro.
Basta ver as bolsas de desenvolvimento que alguns projectos (não apenas no Turismo) estão a criar na região, para acreditar que até Catarina Eufémia se converteria.

C.L.

2 Comments:

At 22 de novembro de 2006 às 17:17, Anonymous Anónimo said...

ESTES SIM INVESTEM A SÉRIO; NÃO LAVAM DINHEIRO DE ANGOLA COMO AQUELE VIGARISTA DA BARRAGEM DE MONTARGIL:

Nova Aquapura investe 200 M€ em sete novos projectos

A nova empresa Aquapura Hotels, Villas e Spa, detida maioritariamente por Diogo Vaz Guedes e onde também participa António Mexia, vai investir mais de 200 milhões de euros em sete projectos até 2010, alguns deles fora de Portugal.

A marca Aquapura, hoje apresentada pelos responsáveis do projecto, baseia-se num novo conceito de hotelaria e o seu primeiro empreendimento, no Douro, vai estar concluído no final do primeiro trimestre de 2007, resultado de um investimento de 21 milhões de euros.

Diogo Vaz Guedes sublinhou a aposta no cariz internacional da marca Aquapura e avançou as datas previstas dos restantes projectos, além do Aquapura Douro Valley.

Assim, entre 2009 e 2010, o empresário, que alargou a sua actividade ao turismo, pretende abrir resorts ou hotéis no Brasil, no Ceará, na República Checa, em Praga, em Itália e na Macedónia, alémde duas unidades em Portugal, em Lisboa e outra no Alentejo, na região de Monsaraz, "em cima do Alqueva".

 
At 22 de novembro de 2006 às 23:54, Anonymous Anónimo said...

Sempre que um português quer fazer melhor aparece um chefe, um gestor, um director-geral, ou um governante com ar paternalista avisá-lo de que o óptimo é inimigo do bom, Portugal é um país onde se aprecia a mediania, a competitividade e a ambição são pecados.

Nas escolas o que importa é que chumbem poucos alunos, mais importante do que ensinar aos mais capazes é assegurar que os que menos estudam consigam resultados mínimos. Nas universidades o que importa é manter cursos mesmo que isso seja conseguido à custa de alunos que entram com resultados miseráveis. Na Administração Pública o funcionário que se mostre ambiciosa é promovido a inimigo número um do chefe imediato.

Na economia a concorrência é abafada, a corrupção protege os mais fracos, o Estado é o inimigo da iniciativa privada mas uma boa parte deste vive à sombra das suas encomendas. Acusa-se (com razão) que o Estado tem funcionários a mais mas o que se pretende é que sejam as empresas privadas a assumir as funções do Estado, isto é, o que se pretende não é libertar recursos para que o sector privado se torne mais dinâmico, mas sim privatizar o funcionário público. Perante o imenso mercado mundial as nossas empresas em vez de procurarem aí o espaço para os seus produtos preferem sobreviver nas margens do Estado.

A falta de competitividade da nossa economia é o seu principal problema, mas esquece-se que para que haja competitividade é necessário que exista concorrência, e numa sociedade onde a concorrência foi eleita como pecado capital não existem condições para que a competitividade seja estimulada.
As empresas que vencem nem sempre são as mais competitivas, são as que melhor gerem influências, o empregado que é promovido nem sempre é o mais competente é o que melhor dá "graxa" ao chefe, o funcionário que ascende ao cargo de chefia nem sempre é io mais habilitado, é o que se filiou no partido que está no poder,

A competitividade não é um objectivo, é um resultado.

 

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