domingo, 3 de dezembro de 2006

NESTE NATAL, CARTA AO MENINO JESUS...


Caro Menino Jesus,


Eu sei que já tenho idade para cartas ao Menino Jesus, mas depois das especiarias da Índia, dos escravos de Angola, do ouro do Brasil, do volfrâmio para a Alemanha, do fundos da EFTA e da CEE, não estou a ver a quem pedir.

Ainda pensei no Pai Natal, mas não tenho com a certeza de que com essa coisa do TLEBS se ele iria perceber a carta, além disso o mais provável seria a carta cair nas mãos de algum dos criadores do TLEBS, e o resultado seria o mesmo.
Mas esteja descansado que não lhe vou pedir nada de especial, só lhe venho pedir sete máquinas de calcular e como são para distribuir por alguns dos nossos “meninos” até poupa no trabalho, para além de ficarem mais baratas pois pode negociar na quantidade.

As máquinas de calcular deverão ser entregues:

A Chicken para que consiga calcular quanto tempo vai ficar preso por todas as vigarices que está fazendo na câmara.

A Zé Logomorfo para calcular as derrapagens orçamentais das obras municipais.

A Quim Relote
para ir fazendo as contas às asneiras que ele e os da sua equipa vão fazendo na Câmara.

A Luísinho Marroquino, o nosso varredor da cultura da batata para que consiga calcular de uma vez por todas um plano cultural para o concelho.

A Nuninho Cão de Fila para fazer as contas do que gasta em fatiotas e telemóveis.

A Joãozinho Chicken para que vá contabilizando as despesas de representação que faz à conta dos contribuintes do município.

•A Luísinho Poeta Pimba
para calcular as comissões que consegui com a venda de terrenos na margem da albufeira.

Obigadinho.



JER

16 Comments:

At 3 de dezembro de 2006 às 19:11, Anonymous Anónimo said...

Quando topei com este weblog julguei (o que me parecia muito acertado na altura) que tinha encontrado um espaço a que valia a pena dedicar algum do meu tempo e (por que não?) endereçar, sem complexos, alguns elogios.
No entanto, ultimamente, o ambiente de lavandaria está a enviar-me para outras paragens.
E nem sequer tenho a pretensão de que a minha presença seja algo de valioso, já que aqui aparentemente ninguém me conhece nem se sente obrigado a esforçar-se por isso...

 
At 3 de dezembro de 2006 às 19:29, Anonymous Anónimo said...

Exmo. Senhor:

Director do Ponte do Sor

Eu, Chicken, Senhor Magnânime, Excelso e Divino Doutor, conhecendo o humor com que se pautam os seus editoriais, Exijo que seja dado conhecimento público do seu blogue (será desnecessário dizê-lo), desta única fonte expressiva da verdade.
Eu assim o Ordeno, para que todos possam tomar conhecimento das minhas acções e reacções despóticas e soberanas na quinta da Ponte de Sôr.
Permito-me desde já informá-lo que estou disponível para figurar na carta ao menino jesus.
Na primeira página mas dá demasiado nas vistas e eu quero ser um pinto de Poder Absoluto mas discreto.
Antes de mais gostaria de o informar que qualquer semelhança com a postura de algum autarca da região é devida à eterna mania de copiarem aquilo que existe de bom.

Sem criatividade e humor essa gentinha passa a vida a imitar a vida de um pinto no seu poleiro.

Por isso para que não haja coincidências, aqui fica o Meu aviso.
A realidade é que imita a ficção!!!
Mas mesmo assim qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência...ou cópia pura da ficção!!

De inspiração Orwelliana, não baseado na Revolta dos Porcos, mas sim no 1984, esta crónica destina-se a relatar as aventuras e desventuras de um pinto cujo Poder é eterno e despótico.
Apesar de não gostar de pardais bloguistas e preferir os meus fieis seguidores lacaios e galinhas, escolhi este blogue por ter ouvido uns piares que já tinha ganho uns prémios.

Afiguram-se tempos de verdade, de inimigos e amigos púbicos.

Mostre-se a crua e nua exactidão de um galinheiro, onde reina um único pinto... a seu belo Prazer... EU, Chicken.

Como a simpatia e a cordialidade não fazem parte do meu piar... a bom jeito... ordeno-vos e ...agradeço desde já.

Chicken
Senhor, Magnânime, Rei, Excelso, Imperador, Divino, Doutor, Crista Real, Governador do Galinheiro, Monarca despótico e essencialmente sem pruridos no bico.

 
At 3 de dezembro de 2006 às 19:44, Anonymous Anónimo said...

Exactamente!
Acho que neste blog se estão a dar bicadas (é isso que fazem as aves,não?) no próprio umbigo.
Será dolorosa essa masoquista atitude?
Espero bem que sim, a ver se da dor sai algo de mais proveitoso...

 
At 3 de dezembro de 2006 às 20:25, Anonymous Anónimo said...

Por anda o vosso sentido de humor?
Ao longo da nossa história foi a única coisa que não paga IRS!

 
At 3 de dezembro de 2006 às 21:56, Anonymous Anónimo said...

Uma cidade, e qualquer Câmara Municipal, precisa de POLÍTICOS e GESTORES.
Uns e outros são úteis e necessários nas suas funções e competências.
Ponte de Sôr não foge à regra.
O que Ponte de Sôr não precisa é de POLÍTICOS arrogantes, surdos à crítica, cegos pelo rancor e prenhes de ignorância.
Tão prenhes que se julguem os donos da sabedoria.

 
At 3 de dezembro de 2006 às 22:38, Anonymous Anónimo said...

Isto anda mau, aqui e em todo o lado. ´Há despotismo descarado mas estas leviandades de pseudo-ataque encapuçado também não ajudam nada nem ninguém. A "coisa" é séria demais... na realidade fala-se muito mas vê-se pouco...e depois abandalha-se.

 
At 3 de dezembro de 2006 às 22:48, Anonymous Anónimo said...

Continuo a pensar que este blog, apesar dos elogios antes feitos por mim (ou por alguém que assina com o mesmo pseudónimo), não passa de uma charla de taberna, em que os circunstantes vão mandando bocas de uma para a outra ponta do balcão...
Senhores, vamos lá a subir o nível!
Eu sou apenas um espectador, e não pago bilhete, mas façam lá por merecer a atenção que vos dou.

 
At 4 de dezembro de 2006 às 00:42, Anonymous Anónimo said...

Perdão, esqueci-me de que as aves não têm umbigo.
Por isso, quando não podem olhar para a frente, olham para onde calha.
Já agora, sempre a mesma cantiga, fica a coisa monótona.
Quá quá... glu glu... piu piu... cócórócócó...

 
At 4 de dezembro de 2006 às 09:12, Anonymous Anónimo said...

Confesso que ainda não tive tempo para ir ver o que é essa coisa do TLEBS, quando ouvi a sigla pela primeira vez lembrei-me dos telettubies, só muito mais tarde é que consegui saber do que se tratava.

Não sou contra as mudanças dos programas de ensino ou dos seus conceitos, mas desconfio por princípio dessas mudanças pois os últimos trinta anos do ensino foram um desastre, que em boa parte se explica pelas sucessivas experiências a que gerações de estudantes têm sido sujeitos. E no que respeita à gramática da língua portuguesa e aos programas já se viu de tudo um pouco.

Esperemos que a mudança seja para melhor, ainda que as mudanças introduzidas nos últimos trinta anos neste capítulo tiveram resultados duvidosos

 
At 4 de dezembro de 2006 às 10:53, Anonymous Anónimo said...

A corrosão democrática

Ainda a propósito da organização do poder político e do fenómeno da corrupção adjacente, na sequência das declarações continuadas de João Cravinho, de Euclides Dâmaso, de Maria José Morgado, do próprio procurador-geral da República actual( no discurso de tomada de posse) , fica aqui um pequeno excerto da entrevista de Paulo Morais, antigo vereador na Câmara do Porto, ao JN de hoje.
A claríssima radiografia do fenómeno efectuada por João Cravinho, ainda há pouco tempo, aquando da apresentação de um plano legislativo de combate, em nome de um partido, deve completar-se com outros retratos que perfilam a corrosão da nossa vida pública.
Este pequeno esboço que por aqui se deixa, da autoria de Paulo Morais, permite mais um pouco de luz nessas sombras persistentes da democracia.
O retrato perfeito do fenómeno não se torna fácil de delinear, porque no mundo das sombras todo o recato é pouco. Assim, as achegas de quem sabe, tornam-se fundamentais para que todos fiquem a saber. E o acrescento de Paulo Morais, neste ponto, é importante: a ligação das pequenas estruturas intermédias dos partidos aos fenómenos de corrupção séria e persitente, não deve ser desvalorizada. E a explicação quase sociológica para a ascensão e permanência no poder nos partidos, é algo de que habitualmente não se fala nem comenta. Porém, parece essencial para aquele retrato.

Jornal de Notícias (J.N.)- Temos alguns "Salazares" na política?
Paulo Morais (P.M.)- Temos. Com a Revolução, as corporações organizaram-se por forma a assaltar os partidos. A democracia é pouco participada não porque os portugueses recusem participar mas porque não os deixam. O espírito de Salazar mantém-se e todo um conjunto de salazaretes de segunda que andam aí a dominar o sistema fazem com que estejamos a ficar quase irremediavelmente afastados do desenvolvimento.

J.N.- Esses "salazaretes" são os líderes dos partidos?
P.M.- São alguns dirigentes intermédios dos partidos. E estão mais ao serviço de quem financia a sua vida política e até pessoal.

J.N.- E os grupos de pressão de que fala no Urbanismo?
P.M.- Normalmente, o planeamento é uma gestão de bolsa de interesses. Criam-se mecanismos de tráfico de influências e corrupção.

 
At 4 de dezembro de 2006 às 14:08, Anonymous Anónimo said...

O foda-se

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de foda-se! que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do foda-se!? O foda-se! aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor.

Reorganiza as coisas. Me liberta. Não quer sair comigo? Então foda-se!.

Vai querer decidir essa merda sozinho (a) mesmo? Então foda-se!.

O direito ao foda-se! deveria estar assegurado na Constituição Federal.

Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

Prá caralho, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que Prá caralho? Prá caralho tende ao infinito, é quase uma expressão matemática.

A Via-Láctea tem estrelas prá caralho, o Sol é quente prá caralho, o universo é antigo prá caralho, eu gosto de cerveja prá caralho, entende?

No gênero do Prá caralho, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso Nem fodendo!. O Não, não e não! e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade Não, absolutamente não! o substituem.

O Nem fodendo é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.

Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo Marquinhos presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicinio.

Por sua vez, o porra nenhuma! atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um PHD porra nenhuma!, ou ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!. O porra nenhuma, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos aspone, chepone, repone e mais recentemente, o prepone - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um Puta-que-pariu!, ou seu correlato Puta-que-o-pariu!, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer puta-que-o-pariu! dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso vai tomar no cu!? E sua maravilhosa e reforçadora derivação vai tomar no olho do seu cu!. Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: Chega! Vai tomar no olho do seu cu!. Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai a rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: Fodeu!. E sua derivação mais avassaladora ainda: Fodeu de vez!. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? Fodeu de vez!.

Liberdade

Igualdade

Fraternidade e foda-se ...

Millôr Fernandes

 
At 4 de dezembro de 2006 às 14:10, Anonymous Anónimo said...

Posso não concordar com nenhuma das palavras que alguém diga, mas defenderei até a morte o seu direito a exprimi-las.

 
At 4 de dezembro de 2006 às 18:31, Anonymous Anónimo said...

" Normalmente, o planeamento é uma gestão de bolsa de interesses. Criam-se mecanismos de tráfico de influências e corrupção."

Por outro lado, a corrupção aparece onde o terreno é propício e adubado para tal.

Os municípios são um latifúndio de interesses vários, mas a Administração Central, politicamente marcada, também terá os seus coutos bem fortificados.

 
At 5 de dezembro de 2006 às 15:59, Anonymous Anónimo said...

Viva o Pinto!! O melhor presidente que esta cidade ja viu. Que se foda o comunismo e o amante pai e filho. O que esta cidade precisa e de Ordem!! Começar a por o pessoal na linha. Ha tanto tempo e ainda nao aprenderam quem manda? Essas vigarices que voces ai dizem sao todas falsas. Depositei e continuarei a depositar toda a confiança que o nosso senhor presidente bem merece, por todo o bem que fez por todos nos e pela nossa cidade.

 
At 5 de dezembro de 2006 às 21:11, Anonymous Anónimo said...

O bugalheira é mesmo um menino de coro...
Basta abrir a pestana, só não ve quem é cego...

 
At 5 de dezembro de 2006 às 21:24, Anonymous Anónimo said...

OS JAGUNÇOS

Sempre que vejo um programa de televisão em que o telespectadores podem telefonar para intervir na discussão ou para dizer a sua opinião fico com a sensação de que uma boa parte das chamadas têm pouco de espontâneo, são uma mistura de posições partidárias com as ideias dos telespectadores. Já há algum tempo que me parece que os partidos, ou pelo menos alguns partidos têm uma estratégia concertada para intervir nestes programas, inundando-os com opiniões que lhes são favoráveis.

Trata-se de uma estratégia de manipulação da opinião pública muito inteligente, ao multiplicarem as intervenções de militantes seus os partidos tentam confundir opinião pública com a sua própria opinião.
Dá o seus resultados mas trata-se de uma estratégia política que tende a ser pouco eficaz, esquece que uma boa parte do eleitorado não actua como um cardume de carapaus, tem opinião própria e vai para onde entende e não para onde se supõe ser o desejo de uma suposta maioria criada artificialmente.

Os partidos não só tentam manipular os espaços públicos saturando-os com as suas opiniões como se esforçam por manipular as audiências.
Ainda há pouco tempo chegou-me um sms de um destacado responsável de um grande partido, alertando-me para a entrevista que o seu líder daria nesse dia à RTP 1.

Uma observação atenta da caixa de comentários deste blogue que é nosso, leva-me a crer que os blogues também já são visados pelos partidos, o Ponte do Sor tem alguns “comentadores residentes” cuja única função é defender o partido das críticas que o podem atingir.
Nalguns casos a estratégia é ainda mais agressiva e a função do comentador” residente é tentar denegrir sistematicamente tudo o que o autor escreve, numa tentativa clara de lançar o descrédito no blogue.
Não participam em qualquer discussão, não dizem o que pensam, não lança uma única sugestão para discussão, limitam-se simplesmente a cumprir a obrigação militante de denegrir o Ponte do Sor.
É evidente que estes “comentadores residentes” só apareceram quando O Ponte do Sor adquiriu dimensão e começou a ser referido na comunicação social.

Com estas estratégias percebe-se que os partidos não só receiam a opinião pública, como adoptaram estratégias que visam inquinar a opinião pública, recorrendo a todos os meios para que os sinais visíveis dessa opinião públicos sejam as suas próprias opiniões. Descobriram que as suas opiniões podem chegar a mais eleitores do que os outdoors, e é mais barato. Só que ao tentarem substituir a opinião pública estão a querer transformar esta num teatro de marionetas, e ainda por cima de má qualidade pois os militantes que se prestam a este serviço é gente que está ao nível intelectual dos jagunços da Amazónia.

 

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