SE QUEREM "FAZER A EUROPA" POR TRATADOS ENTRE GOVERNOS...
Quem não quer que haja referendo sobre a chamada Constituição Europeia não quer democracia na União Europeia.
Tão simples e tão grave como isto.
Parece, a julgar pelo Expresso, ser o caso de Durão Barroso que está a pressionar o governo para romper com o compromisso referendário do PS e do PSD.
Esta atitude é tanto mais grave quanto sem referendo não haverá debate, e mesmo com referendo será um debate viciado pela desproporção de meios, e que este "método" é impensável depois do que aconteceu em França e na Holanda, e iria acontecer de certeza noutros sítios. Nem sequer será eficaz, porque como receita para pressionar os países desfavoráveis à Constituição com truques para alargar o número dos que a aceitam, dará como resultado uma União Europeia dividida como nunca aconteceu.
Se querem "fazer a Europa" por tratados entre governos, podem fazê-lo, mas depois não se queixem se o anti-europeismo deitar fora o menino com a água do banho, e os cidadãos se sintam ainda mais marginais de um processo de engenharia política que culparão de todos os males, até porque os afasta de qualquer intervenção.
Este é só um dos maus sinais que se adensam á volta da Presidência portuguesa.
José Pacheco Pereira
Tão simples e tão grave como isto.
Parece, a julgar pelo Expresso, ser o caso de Durão Barroso que está a pressionar o governo para romper com o compromisso referendário do PS e do PSD.
Esta atitude é tanto mais grave quanto sem referendo não haverá debate, e mesmo com referendo será um debate viciado pela desproporção de meios, e que este "método" é impensável depois do que aconteceu em França e na Holanda, e iria acontecer de certeza noutros sítios. Nem sequer será eficaz, porque como receita para pressionar os países desfavoráveis à Constituição com truques para alargar o número dos que a aceitam, dará como resultado uma União Europeia dividida como nunca aconteceu.
Se querem "fazer a Europa" por tratados entre governos, podem fazê-lo, mas depois não se queixem se o anti-europeismo deitar fora o menino com a água do banho, e os cidadãos se sintam ainda mais marginais de um processo de engenharia política que culparão de todos os males, até porque os afasta de qualquer intervenção.
Este é só um dos maus sinais que se adensam á volta da Presidência portuguesa.
José Pacheco Pereira
Etiquetas: Constituição Europeia
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