segunda-feira, 16 de abril de 2007

UM PAÍS DE PAROLOS

Só pode ser governado

por um parolo

Segundo José António Saraiva, director do jornal «Sol», «a polémica em torno do diploma do primeiro-ministro é mesquinha e parola», «fruto da obsessão nacional em relação aos canudos, aos títulos de “senhor dr” ou “senhor eng”».

Ora, se houve, neste caso, alguém que se comportou como um parolo foi José Sócrates, quer ao intitular-se licenciado em engenharia (quando era apenas bacharel), quer ao intitular-se engenheiro (quando nunca o foi), quer ao inscrever-se na Universidade Independente para tirar uma licenciatura em Engenharia que não era (nem é) reconhecida pela Ordem dos Engenheiros. De facto, só uma pessoa com uma grande obsessão por um canudo se candidata a um curso que não tem, objectivamente, outro interesse a não ser dar um canudo.

Mas o que é mais surpreendente no discurso, quer de José António Saraiva, quer de todos aqueles que defendem a irrelevância da questão, é o argumento de que José Sócrates «não é pior primeiro-ministro por ter frequentado a universidade que frequentou nem seria melhor por se licenciar noutra qualquer».

E este argumento surpreende precisamente porque vem daqueles que defendem que o futuro de Portugal depende de uma aposta séria na Educação, ou seja, num sistema de ensino rigoroso, exigente e que forme pessoas competentes. Então, mas em que é que ficamos? O rigor e a exigência de uma escola ou universidade é ou não absolutamente indiferente na formação do indivíduo? É que, se uma licenciatura, qualquer que ela seja, não tem a faculdade de transformar um indivíduo num melhor primeiro-ministro do que seria se não a tivesse, então não há qualquer razão para nos preocuparmos com a Educação… Nem tão pouco o Presidente da República tem autoridade para lamentar o abandono escolar. Porque se uma licenciatura não faz de José Sócrates um melhor primeiro-ministro, também o 9º ano não faz do Zé um melhor pastor, um melhor tractorista, um melhor tirador de cortiça, um melhor pedreiro, etc.

Além disso, é também muito estranho que quem elege a luta contra a corrupção como o grande objectivo nacional considere que é absolutamente indiferente saber a forma como o primeiro-ministro obteve o diploma.

É normal uma universidade conceder as equivalências a um aluno sem que este entregue o certificado de habilitações? Não. É normal que as equivalências tenham sido concedidas por um professor que, ao tempo, não era sequer reitor? Não. É normal um aluno em cinco cadeiras ter o mesmo professor a quatro (professor esse que apenas estava referenciado como leccionando uma dessas cadeiras)? Não. É normal um aluno que teve apenas dois professores, sendo um deles o reitor e o outro (o tal das 4 cadeiras) seu colega de Governo, não se lembrar de nenhum? Não. É normal um aluno terminar uma licenciatura a um domingo? Não. É normal um aluno ter dois certificados de habilitações com datas diferentes de conclusão da licenciatura? Não. E com disciplinas diferentes? Não. E com classificações diferentes às mesmas disciplinas? Não. É normal um aluno ter terminado a sua licenciatura numa Universidade num ano em que, segundo a Universidade, nenhum aluno concluiu essa licenciatura? Não. Etc. Etc. Etc….

Apesar de já não se ensinar a tabuada nas nossas escolas e de sermos um povo com pouca queda para a Matemática, a verdade é que todos (ou, pelo menos, a maioria) ainda sabemos somar dois e dois.

Mas basta ler o teor das escutas telefónicas a que foram sujeitos Valentim Loureiro e Pinto da Costa para percebermos o incómodo que estas questões causam à maior parte dos nossos dirigentes. A explicação é muito simples: se, em vez de Valentim Loureiro e Pinto da Costa, tivessem sido ordenadas escutas telefónicas à maior parte dos “manda-chuvas” deste país, quer a nível nacional, quer a nível regional e local, encontraríamos muitas, mas muitas, conversas semelhantes.

Quando vejo as entrevistas de Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras e José Sócrates, o que mais me faz desconfiar da sua razão é precisamente aquilo que a todos convence: a grande segurança e convicção com que se movem nas areias movediças. Nunca lhes treme o braço, para usar a metáfora do Padre António Vieira.

Mas é desta gente que o nosso povo gosta. As eleições não enganam.


REXISTIR

Etiquetas: , ,

13 Comments:

At 16 de abril de 2007 às 15:33, Anonymous Anónimo said...

Verdade, Mentira
Verdade, mentira; certeza, incerteza...
Aquele cego ali na estrada também conhece estas palavras.
Estou sentado num degrau alto e tenho as mãos apertadas
Sobre o mais alto dos joelhos cruzados.
Bem: verdade, mentira, certeza, incerteza o que são?
O cego pára na estrada,
Desliguei as mãos de cima do joelho
Verdade mentira, certeza, incerteza são as mesmas?
Qualquer cousa mudou numa parte da realidade — os meus joelhos e as minhas mãos.
Qual é a ciência que tem conhecimento para isto?
O cego continua o seu caminho e eu não faço mais gestos.
Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual.
Ser real é isto.

Alberto Caeiro

 
At 16 de abril de 2007 às 17:27, Anonymous Anónimo said...

Sócrates queria um selo com a sua imagem, para deixar para a posteridade a memória do seu Governo e da sua excelente governação. Chamou Luís Nazaré, o administrador dos CTT, e encomendou-lhe a tarefa. Os selos foram criados, impressos e vendidos. O nosso PM andava radiante!
Passados poucos dias chegam-lhe aos rumores de que os selos não aderiam aos envelopes. O Primeiro-ministro ficou furioso. Convocou a administração dos CTT e ordenou-lhes uma investigação rigorosa e o apuramento de responsabilidades doa a que doer.
Os CTT assim fizeram. Investigaram todas as agências dos Correios do país e elaboraram um minucioso relatório, que concluiu: "Não há nada de errado com a qualidade dos selos. O problema é que o povo cospe no lado errado."

 
At 16 de abril de 2007 às 17:31, Anonymous Anónimo said...

A MORAL DE SOCRATES

Qual a moral do PM, quando fala em funcionários a mais na função pública, fazendo reformas no sentido de dispensar os que "não fazem falta", quando ele próprio ocupa um lugar do quadro na Câmara Municipal da Covilhã, sem lá exercer quaisquer funções efectivas, impedindo outro funcionário de ocupar esse lugar. Que falta é que ele faz lá, quando na realidade nem lá está?

Se fôssemos perguntar ao PM, quiçá respondesse: a culpa é de quem fez a lei. Só que desta vez, a culpa não é independente. Encontra-se na própria casa.

Porque não revoga essa lei? Quer ter o lugar seguro, quando o povo se cansar dele? Outra imoralidade. Então a precariedade não é um bem para todos? E que nota de avaliação deve ser dada a esses alunos ausentes? É que, segundo consta, os alunos com nota negativa podem ser demitidos mediante processo disciplinar...

A Wikipedia faz referência à profissão de Sócrates, como sendo: político. Pois eu acho que desta vez, não há erro nenhum na biografia dele. O erro está, outrossim, na lei.

Pretende o PM que o regime de trabalho dos funcionários públicos seja igualado ao do trabalho privado, e com razão. Mas estaremos a falar de todos os funcionários públicos?•

Agora passemos aos factos, ou antes, à mesquinhez, como muitos lhe querem chamar (só que desta vez a mesquinhez sai do bolso de todos nós):

1. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa foi nomeado por reclassificação profissional para Engenheiro Técnico Superior de 1ª Classe do grupo de pessoal técnico superior (requer licenciatura), do quadro da Câmara Municipal da Covilhã, por despacho do Presidente da Câmara, Carlos Pinto.

2. Antes dessa nomeação tinha a categoria de Engenheiro Técnico Especialista do grupo de pessoal técnico do mesmo quadro e Câmara.

3. Se o PM tomou posse daquele novo lugar de nomeação então o PM é actualmente Engenheiro Técnico Superior daquela autarquia. Eu acredito que tenha aceite, caso contrário não se teria apressado a entregar o famoso certificado de habilitações de 1996, na Câmara Municipal, conforme foi já noticiado.

QUESTOES QUE SE LEVANTAM:

1. Sendo requisitos para a reclassificação profissional, além das habilitações literárias, o exercício efectivo das funções correspondentes à nova carreira, em comissão de serviço extraordinária, por um período de seis meses, ou pelo período legalmente fixado para o estágio, se este for superior, podendo este último requisito de tempo ser dispensado quando seja comprovado com informação favorável do respectivo superior hierárquico o exercício, no mesmo serviço ou organismo, das funções correspondentes à nova carreira por período não inferior a um ano ou à duração do estágio de ingresso, se este for superior, findo o qual o funcionário que para tanto revele aptidão é provido no lugar vago do quadro do serviço ou organismo onde se opere a reclassificação,

é caso para nos questionarmos como pode um funcionário ausente do serviço, e que portanto não obedece àqueles requisitos, beneficiar de tal "promoção"?

e qual foi a fundamentação de facto do despacho de nomeação?

Como todos sabemos, o PM naquela altura, e estamos a falar de 2000, era Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território do 2º Governo de António Guterres.

 
At 16 de abril de 2007 às 20:48, Anonymous Anónimo said...

José Sócrates Pinto de Sousa, Taveira pinto, Pinto da Costa, Pinto de Sousa... Não me digam que o Valentim Loureiro e a Fátima Felgueiras também são Pintos?... Se queremos acabar com a corupção, temos de limpar a capoeira.

 
At 16 de abril de 2007 às 20:49, Anonymous Anónimo said...

Sócrates devia ser o primeiro a ser despedido da Função Pública.

 
At 16 de abril de 2007 às 22:24, Anonymous Anónimo said...

Mas o povo está satisfeito com os papeis que o Socrates mostrou (não mostrou)na televisão.

Com gente mediocre, só podemos ter governantes mediocres

A. Soares

 
At 16 de abril de 2007 às 23:50, Anonymous Anónimo said...

O relatório da Inspecção-geral do Ensino Superior à Universidade Independente, divulgado no semanário Sol pela jornalista Andreia Félix Coelho, é verdadeiramente demolidor, traçando um retrato negro da instituição que José Sócrates escolheu para concluir o curso.
Desde 2002 que a universidade não era inspeccionada, o que atesta bem dos critérios de rigor dos sucessivos governos nesta matéria. Incluindo o actual, que tanto apregoa a prioridade à "qualificação" dos recursos humanos.
O que diz o relatório?
Passo a citar:

- O reitor "não tem o doutoramento registado, não lhe sendo, assim, legalmente reconhecidos os direitos inerentes à titularidade deste grau académico".
- O corpo docente não garante, "na maioria dos cursos, as qualificações académicas legalmente exigidas, bem como o regime de funções em tempo integral".
- "A concessão de equivalências é realizada sem a intervenção do Conselho Científico", o que viola a lei.
- "O Conselho Científico não é composto exclusivamente por doutores", o que também viola a lei.
- O ingresso de alunos na universidade "revela a existência de frequentes actos de negiglência e falta de rigor na aceitação e apreciação das candidaturas".


Há mais, muito mais.
Mas fico-me por aqui.
Assim vai o ensino "superior" em Portugal.
Alguém aí falou em qualificação?

 
At 17 de abril de 2007 às 21:35, Anonymous Anónimo said...

Um país de corruptos não podia ter encontrado melhor primeiro-ministro.

 
At 17 de abril de 2007 às 21:37, Anonymous Anónimo said...

O José Sócrates é o chefe da pandilha... Com políticos deste calibre é natural que o povc tenha saudades de Salazar. Mal por mal um ditador honesto do que um ditador aldrabão.

 
At 17 de abril de 2007 às 21:39, Anonymous Anónimo said...

O Sócrates concluiu a licenciatura no dia 8/8/2006, ou seja, antes de ter entregue o trabalho de casa numa folha A4 com que passou a Inglês Técnico (26/8/2006).
Vai-te embora, ó vigarista!

 
At 18 de abril de 2007 às 12:36, Anonymous Anónimo said...

Temos o primeiro-ministro que merecemos, uma mossa atrás, duas bossas em frente, a caravana passa e só os vermes vão ladrando

Virada a página dos meandros curriculares do Engenheiro Sócrates, digo-o sem ironia, mas por cortesia, como o exige esta sociedade da Corte, e das pressões que, em boa hora, substituíram os cortes da censura, quase me apetecia sugerir que voltássemos às boas tradições parlamentares, quando a assembleia vintista não quis dispensar um jovem redactor parlamentar da época, que precisava de ir a Coimbra concluir a respectiva graduação, e tratou de lhe atribuir, pela via da legalidade, o título em falta...

Em contraponto, talvez mais realista, importa recordar que algumas das mais sufragadas personalidades políticas do país, em termos demoliberais, no auge das suas maiorias absolutíssimas, acabaram por abandonar o poder por coisas minimalistas. Foi Fontes Pereira de Melo em torno de uma dessas quezílias à moda do Minho, entre Guimarães e Braga (a primeira cidade, sem ser por causa de Vizela, queria passar para o distrito do Porto...). Foi Cavaco Silva, por causa de um "tabu" ainda não revelado (não me parece que tenham sido as guerras de Nogueira contra Loureio por causa das portagens...). Foi Guterres, quando sentiu o pantanal (não me parece que bastem as estórias do cunhado...). Isto é, tem sido sempre o fogo lento a transformar os membros inferiores dos gigantes em vulneráveis pés de barro.

Sejamos claros: ninguém de bom senso quer que o Presidente Cavaco dissolva o parlamento e provoque eleições gerais. Julgo até que os principais interessados na não dissolução são os barões assinalados, mas já poucos, do PSD, que ainda não se consensualizaram quanto a um líder predador que seja capaz de os voltar a levar ao poder. Reparo até que nem os anti-socratistas do PS querem provocar a instabilidade, mesmo sabendo que, se agora voltássemos às urnas, obteriam uma refrescada maioria absoluta. Por outras palavras, as forças mais interessadas na subversão da credibilidade do actual situacionismo governamental apenas estão a lançar balões de ensaio para a habitual guerrilha do "poker" interno, no âmbito dos blocos de conquista do poder do decadente Bloco Central de interesses e cunhocracia. Daí o regresso de Santana Lopes ou de Paulo Portas, dois excelentes profissionais desse tipo de paúlismo, com rumsfeldismos à mistura...

Aliás, o episódio Independente ainda vai em certo átrio processual e espero, com alguma curiosidade, a defesa que Rodrigo Santiago vai levar a cabo face às tradicionais fragilidades técnicas dos juristas do Ministério das Universidades, bem expressas nos projectos de diplomas que já semearam sobre as fundações universitárias ou o estatuto da carreira docente. E as anunciadas voracidades, também já manifestadas pelas privadas da concorrência, a fim de receberem as propinas das principais vítimas deste processo, se forem objecto da necessária, independente e rigorosa inspecção, poderão deixar mossas gravíssimas na já fragilizada credibilidade do sector. Ao contrário do que proclamou o ex-ministro Mendes e com a ingenuidade de quem nunca experimentou essa sensação do supremo mando ministerial, julgo que as inspecções estaduais, apesar de tuteladas, devem estar dependentes de uma ideia de Estado de Direito... caso contrário, contratem advogados que possam vir a ser seus futuros vice-presidentes partidários.

Ao contrário do que aconteceu no caso Moderna, onde se encontrou a media via, de um ilustre catedrático, ex-ministro do sector e futuro deputado europeu, assumir a reitoria, mantendo a transição, agora temos uma ameaça de vazio e debandada, que podem não ser boa alternativa. Basta recordar-me do que há uns anos aconteceu a uma privada em falência, onde vi professores da mesma a serem contratados pela rival, desde que também transportassem os alunos da anterior, coisa que até no âmbito das regras de concorrência do mercado meramente económico seria punida, mas onde todos lavámos as mãos como Pilatos...

O Engenheiro Sócrates, como Primeiro-Ministro, mantém toda a sua legitimidade. Do alto de um absolutismo democrático e de uma opinião pública que não lhe fará guerrilha global, ele ainda pode dar o salto costumeiro de uma mossa atrás para duas bossas em frente, porque os cães ladram, mas a caravana passa, tal como os ex-maoístas, neocons e neolibs que mordem e remordem, mas se ficam pela vermicidade da vindicta. Contudo, ficou para sempre o registo de uma ameaça de tempestade e as consequentes olheiras de angústia, como todos poderão confirmar nas political quotations da Internet.

Mas não foi isto que levou Aznar à derrota eleitoral. E também não foi por esta causa que Collor de Mello acabou "cassado". Seria ridículo que a PGR repetisse um inquérito à Lewinski contra Clinton. O episódio não passará de uma nota de pé-de-página da história, bem ao nível das conversas gravadas de Valentim Loureiro, hoje reveladas no "Correio da Manhã", onde o barrosismo ficou com as orelhas em rubro.

Por mim, não quero que o chefe do governo de Portugal seja reduzido a essa dimensão. Sobretudo, por causa de Portugal. Temos o primeiro-ministro que merecemos, a culpa já não vai morrer solteira e os sucessores de Ramiro Valadão já não são delgados.

 
At 18 de abril de 2007 às 12:40, Anonymous Anónimo said...

Lei de Gresham

O Presidente da República tem de ter todo o cuidado.

Cuidado porque por culpa dele o PSD perdeu as eleições para o PS.

Cuidado porque ninguém quer que ele seja a OPOSIÇÃO ao Governo.

Mas é exigível que não seja a MULETA de José Sócrates!!!!!!!!

As declarações de hoje - aos media - de Cavaco Silva, deixam-nos perplexos. Deu a mão a José Sócrates.

Mas Cavaco Silva não teve o mínimo problema em assassinar politicamente Santana Lopes e por via da invocação - metafórica - da Lei de Gresham , deu o mote a Jorge Sampaio para dissolver a Assembleia da República e abrir o caminho à maioria absoluta do PS.

Cavaco Silva não pode ser a tábua de salvação do Governo do Partido Socialista.

A história da licenciatura de José Sócrates tem várias vertentes: Políticas, éticas, culturais criminais, anedóticas - "vou de pulo ou de salto", como dizia o parvo na obra " a Barca do Inferno" - e de respeitabilidade.

De respeitabilidade porque os portugueses merecem respeito. Muito respeito Um político que goze com o Povo é inominavel. O Povo tem de ser respeitado.

Politico porque quem exerce o Poder, em nome do Povo tem de ter um comportamento intocável.

A Licenciatura de José Sócrates, já revelou aspectos anedóticos:

1 - Completou o curso a um Domingo: Ora num Domingo não se fazem exames nas Universidades, públicas ou privadas;
2 - O mesmo professor em 4 cadeiras não lembra a ninguém, é irregular; irracional; não há qualquer precedente; é anormal;
3 - O Primeiro Ministro aparecer como licenciado em engenharia civil no livro da classe política, muito antes da data em que diz ter-se formado, é no minimo, bizarro;
4 - Pedir equivalência , fazer o ano todo numa universidade e só um ano depois apresentar o certificado da escola precedente é anormal ,suspeito.
4.1. - José Socrates, com tantos anos de estudos, sendo deputado e não podendo desconhecer a lei sabia que esse tratamento era de favor Não deveria ter aceite;
5 - José Sócrates sabia que em 1995 a Universidade Independente era um bébé, logo não tinha qualquer credibilidade formada no universo das Universidades Nacionais; Ninguém podia dizer que era uma Universidade de prestígio;
6 - A "história" dos certificados na Câmara da Covilhã é anormal, bizarra, anedótica só aceitável em Portugal porque em França, no Reino Unido, na Suécia, na Filândia era um "escândalo";
7 - O facto de Luis Arouca não ser "Reitor" em 1995 é outro escândalo.
8 - A Engenharia sanitaria fica onde? ;
9 - O Primeiro Ministro podia ignorar que não é engenheiro? Então porque estava no site oficial do Governo essa indicação?

Do ponto de vista cultural eu não aceito que os portugueses sejam burros. Mesmo os menos letrados se esclarecidos sabem que o trigo não é colhido antes de o semear: Logo a licenciatura de José Sócrates não pode ter sido obtida antes de ele a obter;

Do ponto e vista ético o que temos é um homem que a todo o custo quer uma licenciatura- até esteve matriculado em Direito na Lusiada!!!? - e que tem um percurso académico tudo menos normal.

Do ponto de vista criminal urge a Procuradoria-Geral da República fazer aquilo que está na lei: Investigar, porque é para isso que os portugueses pagam os seus impostos.

E bem vistas e ponderadas as coisas, se José Sócrates fosse presidente de uma Câmara Municipal ja inha processos crime em cima. Como Primeiro Ministro não está acima da lei.

Mesmo que o Procurador-Geral da República seja da Maçonaria - informação que temos - e José Sócrates também - o que nos contaram - a lei é para todos.

Ou então mais valia termos uma ditadura, porque nessa circunstância nós sabiamos que havia intocáveis e pronto Comer e calar.

José Sócrates tem de ter a consciência de que Povo não é parvo , apesar das lavagens cerebrais que os partidos lhes fazem.

A Lei de Gresham está mais actual que nunca.

O Presidente da República tem de fazer uma leitura muito atenta dos factos ,até porque em qualquer parte da Europa isto sabe-se e José Sócrates terá sempre carpideiras internacionais a lembrar esta questão da licenciatura.

O Povo merece todo o respeito, não deve ser considerado um rebanho.

 
At 19 de abril de 2007 às 02:33, Anonymous Anónimo said...

O que é que é a sesta de Santana Lopes comparado com esta pouca vergonha?... Favorecimento pessoal, corrupção, etc. etc. Mais vale cair em graça do que ser engraçado.

 

Enviar um comentário

<< Home