terça-feira, 8 de maio de 2007

A POLITICA DO PS

Para o PS, Alberto João Jardim é um mal-entendido.
Com isso tenta disfarçar a sua preguiça mental, expressa nas palavras de Vitalino Canas após as eleições.
O PS não percebe e não quer perceber porque Jardim derrete os socialistas como se estes fossem latão de duvidosa qualidade. E, na verdade, são.

O Governo quis travar uma batalha com Jardim por causa das finanças regionais.

O PS, sobre a humilhante derrota na Madeira, comporta-se como alguém que foi degolado, mas mesmo quando está a esvair-se em sangue, recusa reconhecer que tem de ir ao hospital.
Já se sabia que o PS de Sócrates no Governo é o exemplo perfeito da teimosia compulsiva: mesmo quando está equivocado, continua a gritar que tem razão.
Quando for chutado do poder, alguns anos depois ainda há-de pensar que é o mordomo de São Bento.
Jardim pode ter todos os defeitos populistas do mundo.
Mas ganhou.
Só o PS não comprou óculos para ver o que aconteceu.
Até porque a forma que o partido governamental utiliza para combater Jardim é a de um pugilista que está derrotado antes de começar a luta.
Para derrotar o líder regional do PSD, o PS necessita de apresentar argumentos diferentes.
Uma é difícil: como explicar aos madeirenses que é possível níveis de desenvolvimento como os que Jardim conseguiu sem abdicar das actuais transferências de fundos?
No seu autismo político Vitalino Canas não explicou como.
O seu discurso oco só serviu para uma coisa: para Sócrates evitar publicamente uma nova humilhação política.


F.S.

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