terça-feira, 19 de junho de 2007

PORTUGAL TORNOU-SE UMA PEÇA DE TEATRO DEMASIADO RIDÍCULA

Orson Welles dizia, para quem o queria escutar, que: eu tenho o terrível sentimento de que como tenho uma barba branca e estou na última fila do teatro, estou aqui para vos dizer a verdade. Mas estes são os lugares mais baratos, não é o Monte Sinai.

A política pode ser um outro palco da representação teatral, mas quando todos os actores parecem ser meros alunos diligentes nas mãos do Governo é porque deixámos de viver numa democracia.
Sobrevivemos num mundo irreal semelhante a Twin Peaks:quem matou o aeroporto alternativo à Ota?
Quando o Governo é o responsável por regar a sua oposição, é claro que esta fique seca. Quando os contornos da forma como foi possível incentivar um estudo alternativo à posição de Mário Lino começamos a vislumbrar em Portugal uma peça de teatro feita de equívocos.
Quando o aparente recuo do Governo na questão da Ota tem como maestro a sua própria Orquestra Sinfónica, estamos a atingir os limites do bom senso.
Até porque o projecto de Alcochete parece credível e fundamentado.
o cacto de alcochete
Mas chegou-se ao cúmulo da demagogia política em Portugal: o Governo escolhe quem devem ser as pessoas que podem investir em ideias que possam surgir como alternativas ao que quer fazer deste sítio.
Quando o Governo se torna em Jekyll e Hyde ao mesmo tempo, a política em Portugal tornou-se uma peça de teatro demasiado ridícula.
Isto é: quando Sócrates é contratado para galã e para vamp ao mesmo tempo, qualquer dia a sala da democracia está às moscas.


F.S.

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1 Comments:

At 20 de junho de 2007 às 23:18, Anonymous Anónimo said...

Estes atrasados emntais transformaram este Pais no caixote do lixo da Europa,
Se tivessem juizo deixamvam-nos se iam para qualquer lado, triste Pais de 800 anos de idade governado por tal gente que ate compram habilitaçoes literarias

 

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