PROFESSORES LANÇAM CRÍTICAS AO GOVERNO - TUTELA PARA AUTARQUIAS REVELA-SE "PREOCUPANTE"
A Direcção do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) realizou nos dias 16 e 17 de Julho no Hotel Sol e Serra Golf, em Castelo de Vide, a última das suas cinco reuniões efectivas no ano lectivo findo.
Um encontro que contou com cerca de quatro dezenas de elementos e que serviu para fazer um balanço do ano lectivo, onde se apontaram também as perspectivas para 2007/2008.
Considerando que a Educação vive neste momento um período extremamente difícil e de grande complexidade, porque a demagogia dos responsáveis ministeriais é praticamente inesgotável, Joaquim Páscoa, presidente da Direcção do SPZS, recorda que nas recentes declarações relativas ao grande êxito das actividades de enriquecimento curricular o Ministério da Educação apenas fala em números e percentagem em termos de quantidade faltando-lhe uma parte relativa à qualidade". Segundo defende, a qualidade é extremamente baixa de uma forma geral, e por isso o SPZS considera que mais uma vez o Ministério da Educação e o Governo têm desrespeitado as leis para as quais se rege, desvaloriza e desrespeita completamente a negociação.
Sobre a regulamentação ECD, Joaquim Páscoa recordou que os sete diplomas foram entregues mesmo no final do ano, numa altura em que a generalidade dos professores entra em férias, além de que a Fenprof se recusa a negociar em período de férias de professores. Neste sentido, o presidente da Direcção do SPZS adianta que o Sindicato irá procurar estabelecer um calendário de negociação que forçosamente terá que saltar o mês de Agosto.
No que diz respeito às perspectivas para o próximo ano lectivo, Joaquim Páscoa anuncia alguns constrangimentos à profissão docente, nomeadamente o aumento do número de professores sem trabalho efectivo na escola fruto do aumento da carga lectiva dos professores e do encerramento de algumas escolas. Outras das questões levantadas está relacionada com os contactos que se estão a estabelecer entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses e o Ministério da Educação sobre a passagem da tutela dos professores e educadores para as autarquias. Para já, tanto quanto temos indicação, serão os educadores e professores do 1º Ciclo do Ensino Básico. No entanto o que está no horizonte é a passagem de todos os professores do Ensino Básico para a tutela das câmaras municipais, adianta Joaquim Páscoa.
Uma situação que deixa o presidente da Direcção do SPZS preocupado, uma vez que a experiência que temos em Portugal relativamente à municipalização é que foi desastrosa. Acha-mos que as autarquias devem ter um papel crescente nos apoios a prestar às escolas, mas a Tutela Pedagógica e Disciplinar deverá continuar nas mãos do Ministério da Educação, acrescenta.
Afirmando que o Ministério da Educação e o Governo resolveram acabar o ano alterando também a Lei Sindical, Joaquim Páscoa manifesta-se contra esta alteração que ao ser aprovada criará limites, em termos de representatividade sindical. E isto porque o Ministério e o Governo entendem que só poderão ter créditos sindicais um dirigente por cada 200 associados com um limite até 10 mil associados, uma situação que vai fazer com que nos sindicatos grandes esse constrangimento seja superior porque ficariam com 10 dirigentes quando têm cerca de 20 mil sócios. Assim, Joaquim Páscoa defende que poderá ser legal o Governo criar alguns limites ao número de dirigentes, no entanto, em termos de representatividade sindical não pode estar a criar limites. De qualquer forma, garante que se a Lei for aplicada poderá levar a uma alteração da actividade sindical, embora não irá de forma nenhuma paralisar a actividade sindical, pois continuaremos a defender os direitos dos professores.
Presente na reunião de trabalho, o sindicalista José Janela criticou o facto de a ministra da Educação ter recebido a Medalha de Mérito da cidade de Ponte de Sor no dia em que aqui se deslocou para presidir ao lançamento da primeira pedra da nova escola, e contou ainda que segundo parece o dinheiro que devia ir para essa obra vai ser transferido para a ampliação do Aeródromo da cidade e já não vai avançar a construção da escola.
Em declarações à Rádio Portalegre, Taveira Pinto, presidente da autarquia de Ponte de Sor afirmou que a Câmara está de boa saúde financeira e que a escola vai ser construída.
É com muita mágoa e imensa tristeza que ouvi uma pessoa que se diz representante e ainda por cima coordenador distrital do Sindicato dos Professores e que teve a coragem de fazer as afirmações que fez. Primeiro não tem nada que se pronunciar sobre a bondade da decisão da Câmara em atribuir a Medalha de Ouro à ministra. Mas mais grave é que o senhor assume para si a responsabilidade de afirmar que a Câmara Municipal já não vai construir a escola porque o dinheiro que devia ir para a escola vai ser investido no aeródromo. É muito triste e eu penso que os professores não podem continuar a estar representados por uma pessoa desta índole e com este nível de comportamento como também repercuto como fazendo parte da direcção distrital da Quercus. A Quercus é uma entidade tão competente, responsável e reconhecidamente de uma importância extrema a nível nacional que não pode ter uma pessoa destas que apregoa a falsidade, faz afirmações que são mentirosas e que tem um fim proclamado na Quercus e agora na Educação. A Câmara Municipal de Ponte de Sor pode ensinar a esse senhor como é que faz boa Educação e investe em Ponte de Sor, através da Câmara, na Educação. Que esse senhor esteja descansado que ele não nos irá dar nunca lições daquilo que deve ser uma boa Educação e em vez de representar os professores, deve tirar algum curso para que de uma forma efectiva quando fizer afirmações as faça de uma forma coerente, responsável e honesta. Este senhor deve, de uma vez por todas deixar descansar a Ponte de Sor e a Câmara Municipal, disse Taveira Pinto à Rádio Portalegre.
Catarina Lopes
Jornal Fonte Nova
Um encontro que contou com cerca de quatro dezenas de elementos e que serviu para fazer um balanço do ano lectivo, onde se apontaram também as perspectivas para 2007/2008.
Considerando que a Educação vive neste momento um período extremamente difícil e de grande complexidade, porque a demagogia dos responsáveis ministeriais é praticamente inesgotável, Joaquim Páscoa, presidente da Direcção do SPZS, recorda que nas recentes declarações relativas ao grande êxito das actividades de enriquecimento curricular o Ministério da Educação apenas fala em números e percentagem em termos de quantidade faltando-lhe uma parte relativa à qualidade". Segundo defende, a qualidade é extremamente baixa de uma forma geral, e por isso o SPZS considera que mais uma vez o Ministério da Educação e o Governo têm desrespeitado as leis para as quais se rege, desvaloriza e desrespeita completamente a negociação.
Sobre a regulamentação ECD, Joaquim Páscoa recordou que os sete diplomas foram entregues mesmo no final do ano, numa altura em que a generalidade dos professores entra em férias, além de que a Fenprof se recusa a negociar em período de férias de professores. Neste sentido, o presidente da Direcção do SPZS adianta que o Sindicato irá procurar estabelecer um calendário de negociação que forçosamente terá que saltar o mês de Agosto.
No que diz respeito às perspectivas para o próximo ano lectivo, Joaquim Páscoa anuncia alguns constrangimentos à profissão docente, nomeadamente o aumento do número de professores sem trabalho efectivo na escola fruto do aumento da carga lectiva dos professores e do encerramento de algumas escolas. Outras das questões levantadas está relacionada com os contactos que se estão a estabelecer entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses e o Ministério da Educação sobre a passagem da tutela dos professores e educadores para as autarquias. Para já, tanto quanto temos indicação, serão os educadores e professores do 1º Ciclo do Ensino Básico. No entanto o que está no horizonte é a passagem de todos os professores do Ensino Básico para a tutela das câmaras municipais, adianta Joaquim Páscoa.
Uma situação que deixa o presidente da Direcção do SPZS preocupado, uma vez que a experiência que temos em Portugal relativamente à municipalização é que foi desastrosa. Acha-mos que as autarquias devem ter um papel crescente nos apoios a prestar às escolas, mas a Tutela Pedagógica e Disciplinar deverá continuar nas mãos do Ministério da Educação, acrescenta.
Afirmando que o Ministério da Educação e o Governo resolveram acabar o ano alterando também a Lei Sindical, Joaquim Páscoa manifesta-se contra esta alteração que ao ser aprovada criará limites, em termos de representatividade sindical. E isto porque o Ministério e o Governo entendem que só poderão ter créditos sindicais um dirigente por cada 200 associados com um limite até 10 mil associados, uma situação que vai fazer com que nos sindicatos grandes esse constrangimento seja superior porque ficariam com 10 dirigentes quando têm cerca de 20 mil sócios. Assim, Joaquim Páscoa defende que poderá ser legal o Governo criar alguns limites ao número de dirigentes, no entanto, em termos de representatividade sindical não pode estar a criar limites. De qualquer forma, garante que se a Lei for aplicada poderá levar a uma alteração da actividade sindical, embora não irá de forma nenhuma paralisar a actividade sindical, pois continuaremos a defender os direitos dos professores.
José Janela põe em causa
construção de escola em
Ponte de Sor
construção de escola em
Ponte de Sor
Presente na reunião de trabalho, o sindicalista José Janela criticou o facto de a ministra da Educação ter recebido a Medalha de Mérito da cidade de Ponte de Sor no dia em que aqui se deslocou para presidir ao lançamento da primeira pedra da nova escola, e contou ainda que segundo parece o dinheiro que devia ir para essa obra vai ser transferido para a ampliação do Aeródromo da cidade e já não vai avançar a construção da escola.
Em declarações à Rádio Portalegre, Taveira Pinto, presidente da autarquia de Ponte de Sor afirmou que a Câmara está de boa saúde financeira e que a escola vai ser construída.
É com muita mágoa e imensa tristeza que ouvi uma pessoa que se diz representante e ainda por cima coordenador distrital do Sindicato dos Professores e que teve a coragem de fazer as afirmações que fez. Primeiro não tem nada que se pronunciar sobre a bondade da decisão da Câmara em atribuir a Medalha de Ouro à ministra. Mas mais grave é que o senhor assume para si a responsabilidade de afirmar que a Câmara Municipal já não vai construir a escola porque o dinheiro que devia ir para a escola vai ser investido no aeródromo. É muito triste e eu penso que os professores não podem continuar a estar representados por uma pessoa desta índole e com este nível de comportamento como também repercuto como fazendo parte da direcção distrital da Quercus. A Quercus é uma entidade tão competente, responsável e reconhecidamente de uma importância extrema a nível nacional que não pode ter uma pessoa destas que apregoa a falsidade, faz afirmações que são mentirosas e que tem um fim proclamado na Quercus e agora na Educação. A Câmara Municipal de Ponte de Sor pode ensinar a esse senhor como é que faz boa Educação e investe em Ponte de Sor, através da Câmara, na Educação. Que esse senhor esteja descansado que ele não nos irá dar nunca lições daquilo que deve ser uma boa Educação e em vez de representar os professores, deve tirar algum curso para que de uma forma efectiva quando fizer afirmações as faça de uma forma coerente, responsável e honesta. Este senhor deve, de uma vez por todas deixar descansar a Ponte de Sor e a Câmara Municipal, disse Taveira Pinto à Rádio Portalegre.
Catarina Lopes
Jornal Fonte Nova
Etiquetas: Câmara Municipal de Ponte de Sor, Educação
posted by Zé da Ponte @ 27.7.07
20 comments
20 Comments:
Já não vai ser em 2007, quanto muito em 2009, não é o Pinto Bugalheira, tu és mesmo um mentiroso.
Dizes tu que ninguém de dá lições sobre educação, vê-se, pela tua grande educação e pelo estado em que os nossos filhos tem as escolas do concelho sem aquecimento, sem material.
Podes limpar as mãos à parede tu e as tuas funcionárias como aquela da seita brasileira a Susana, a qual é uma nulidade aberrante ao nível do sector de educação do município que diriges.
Aguardamos pois o inicio das obras, pelo andar da carruagem deve ser no ano de 2009.
O senhor Taveira Pinto está louco, então não diz a seguinte barbaridade:«Primeiro não tem nada que se pronunciar sobre a bondade da decisão da Câmara em atribuir a Medalha de Ouro à ministra.»
Então este senhor que é presidente de um município não sabe que qualquer decisão de um órgão pode ser criticada pelo comum dos cidadãos.
Ou será que ele é o detentor da verdade e da sabedoria e os outros cidadãos são verbos de encher.
Este senhor presidente está mesmo louco.
Um professor, sindicalizado, militante do Partido Socialista e dirente de uma secção do PS.
António José Silva
A boa gestão da educação do Pinto ao longo dos anos foi:
-Fechar salas dos Jardins de Infância;
-Fechar escolas do 1º ciclo do Ensino Básico;
-Não fornecer material às escolas;
-Há escolas onde os professores e os alunos tem de levar de casa material para terem aulas, até uma simples cartolina não há;
-Não fornecer mobiliário às salas do JI/1ºciclo;
-As salas não tem aquecimento;
-As escolas não tem sanitários em condições;
-Não tem recreios nem campos de jogos;
-Não tem biblioteca escolar;
-Faz os alunos saírem de casa de manhã e voltar à noite longe da sua residência;
No fundo a educação têm sido ao longo dos seus mandatos o parente pobre do orçamento da Câmara Municipal de Ponte de Sor.
O bugalheira vai tu tirar um curso, mas tem de ser um curso em que as principais cadeiras devem ser a educação. Pois tu infelizmente de educado não tens nada.
Cada vez mais tenho vergonha de ser governado por um presidente arrogante e com falta de senso.
É com muita mágoa e tristeza que vejo o Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Sôr, o socialista João Taveira Pinto, pronunciar-se desta maneira sobre as críticas que lhe são feitas, prova que de socialista e democrata nada têm, mais mostra que é um ditador da América Latina, na nossa jovem democracia.
Não foi para isto que homens como Mário Soares, Tito de Morais, António Arnaut, Henrique de Barros, Manuel Alegre, Maria de Jesus Barroso, C. de Menezes, Arons de Carvalho, Jorge Campinos, e muitos outros fundaram o PS no ano de 1973, na RFA.
Todos nós democratas e socialistas temos o direito à indignação pela política seguida por este senhor, quer ele queira quer não, somos mulheres e homens livres para discordar da política por ele seguida.
Atribuir uma medalha a uma senhora que ao longo do seu mandato de ministra da educação só têm destruído a escola pública, merece todo o nosso (de alguns de nós) o nosso repudio, mas quem é este senhor presidente para por em causa a nossa opinião.
Só pode ser um ditador que aproveita do voto dos seus eleitores para os levar para o caminho da ditadura, a história do mundo conhece muitos ditadores que foram eleitos.
É muito triste ver um político de meia tigela como este nosso presidente da Câmara Municipal, dar palpites a um sindicato e a uma classe profissional sobre os seus dirigentes, (era o mesmo que eu um professor dar palpites sobre os médicos e a sua respectiva ordem).
Depois e não contente com isto faz mais considerações sobre o empenhamento de um professor, no desempenho de actividades associativas numa ONG.
Quanto à boa educação que o senhor diz que faz no nosso concelho, "pescador sou eu e não sou tão mentiroso", basta ver alguns comentários a este artigo do Fonte Nova, bem como todos os habitantes do concelho sabem bem as escolas que tem e as escolas que tiveram.
A sua politica no âmbito da educação é vergonhosa, basta ver o que se passa em outras câmaras municipais do distrito e comparar as várias politicas, desde edifícios, material, apoio social, etc.
Quanto à escola nova, nunca irá estar pronta no ano 2007/2008, nem que o senhor presidente "corte o bigode e se pinte de amarelo às bolinhas cor de rosa".
O senhor presidente, que se diz socialista, faça um favor ao Partido Socialista, demita-se, o senhor deixe de uma vez por todas de ser o maior corrupto e vigarista que o PS têm como eleito no distrito de Portalegre e no concelho de Ponte de Sor.
O Pinto Bugalheira cada vez que é desmentido, pelas patranhas que afirma fica possesso.
Mais uma vez isso acontece, as mentiras são tantas que já são do conhecimento geral, mas como só ele é que não quer ver, fica neste estado doentio.
Ao Pinto Bugalheira só lhe resta curar-se como diz o Alberto João ao Pinto de Sousa.
grande pinto. gostei
O maior f... da p... de ponte de sor e a sua grande falta de educação. Um jerico com canudo...
Escolas do 1º ciclo do ensino básico encerradas pelo Dr. Pinto:
-Torre das Vargens;
-Vale de Bispo;
-Barreiras;
-Vale da Bica;
-Cansado;
-Vale de Vilão;
-Foros do Mocho;
-Barragem;
-Farinha Branca;
-Ribeiro das Vinhas.
Meu Amigo Taveira Pinto: Sou teu amigo de Infância, mas pá voltei a ver grandes mentiras tuas, e tive conhecimento de outas tantas:vigarisses,e atitudes de governação que se podem considerar do piorio que pode haver, tal como atrás foi referido:O ENCERRAMENTOS DAS ESCOLAS ATRÁS CITADAS....
Eu como teu AMIGO, já por mais vezes te aconselhei, e voltooutra vez - DEMITE-TE RÁPIDAMENTE, É O MELHOR PARA TI......
Acha mal essas escolas terem sido fechadas? pois eu acho muito bem. Nao venha com essa conversa da treta que é amigo do pinto, porque nao engana ninguem. O puto da fotografia deve ser um dos amigos dos charros dos irmaos amante
O último anónimo é um apaniguado!
Olha que o puto da fotografia tem idade para ser teu pai.Além de ser professor à anos.
O sr. anónimo que acha bem o encerramento das escolas é capaz de dizer porquê?
O sr. dr. João Taveira Pinto já nos habituou à linguagem trauliteira que nos brinda.
É um ditador travestido de democrata.
Era uma vez uma escola, com uma sala de aula em que os meninos tinham um quadro preto, mas não conseguiam ler o que neles era escrito. O problema era da janela .Solução: Tapam-se as janelas com cortinas pretas e acendem-se as luzes eléctrivas de 45W todo o dia.Uns meninos viam bem, outros não...mas não interessa, coitadinhos também não iam mais longe...
Os pais não fizeram meninos.
Os meninos não nasceram.
Os professores não têm alunos suficientes e as escolas não esgotam a sua capacidade de acolhimento.
Solução: retêm-se meninos na Escola Azul, para fazer de conta que está cheia. Mantêm-se os pequeninos na Escola do galinheiro, porque não votam e os pais não conhecem, ainda, melhor e o Senhor Presidente vai, de vez em quando, relembrando que a Esola nova vem aí...
Uma aposta, em que para o ano as salas de aula terão todas cortinas pretas?
Há há alguns anos, desde o período pré-Expo, que acho que Portugal parece só ser encarado como viável pela nossa classe política como um destino turístico de 2ª classe, onde se organizam eventos espalhafatosos (basta ver a publicidade paga pelo Ministério da “Economia e Inovação” que todas as semanas inunda a imprensa), onde por vezes aparece uma ou outra celebridade para jogar golfe e onde os indígenas devem sobreviver de guardanapo no braço, esperando que o seu domínio de Inglês Técnico para a Hotelaria e Restauração permita angariar umas gorjetas que fujam à atenção do fisco, assim conseguindo que a remuneração precária e sazonal chegue para, nos intervalos, comprar um telemóvel vistoso e tomar a bica da ordem no café da esquina.
Nunca fiz verdadeira tenção de sair de Ponte de Sor e os defeitos que encontro na nossa classe política e em quem anda por aí protestando contra o presidente da câmara apenas quando não há futebol nunca foram suficientes para procurar abrigo em outras paragens.
Agora não sei se estou pouco novo para isso, mas confesso que o enjoo com a situação da secular choldra começa a atingir máximos históricos, só aflorados ali entre 93-95, quando o cavaquismo apodrecia à vista de todos.
Este tipo de politiquinho, entusiasmadinho, saltitantezinho, satisfeitinho consigo mesminho já começa, até pelo facto da idade não ser factor de distanciação mais respeitosa, a irritar-me e a fazer-me mal à saúde.
Isto que não passa de uma espécie de projecto do concelho, entre, aeroporto,campo de golfe e aparthoteis que nascem como cogumelos numa zona deveriam ser preservada em que os únicos sectores de sucesso garantido são, no topo da escala, a banca e os hipermercados, e no fundo, os snack-bars, as lojas de telemóveis, as agências de intermediação imobiliária e as lojas dos 300, com os stands de carros em segunda-mão a passar por inovação e os Prates a serem tomados como exemplos do sucesso, enquanto os Pintos se riem da Justiça, começa a ter um aroma terrível a ranço, a um ranço que não há fatinhos de bom recorte, apresentações em powerpoint com fanfarra pré-gravada, figurantes pagos à peça e povinho mantido à distãncia ou quadros interactivos que consigam esconder.
O lamentável caso do professor Charrua, acusado pela directora da DREN de ter difamado o primiero-ministro chegou ao fim, com a ministra da Educação a decidir-se pelo arquivamento do processo disciplinar, em nome da liberdade de opinião.
Três meses para uma decisão óbvia.
Soube-se também agora que o delator do professor Charrua foi promovido a assessor da tal directora da DREN.
É o retrato do país que uns certos senhores (e senhoras) metidos no aparelho do Estado estão a construir à sombra do poder socialista.
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