terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A VERDADE É COMO AZEITE

Uma organização não governamental (ONG) britânica acusa Portugal de “cumplicidade” no transporte de 728 prisioneiros para a prisão mantida pelos Estados Unidos na base de Guantanamo, em Cuba, entre 2002 e 2006.

A Reprieve, uma ONG que se dedica a prestar assistência jurídica a prisioneiros a quem tenha sido negada justiça, divulgou esta terça-feira um relatório intitulado “Viagem da Morte” que diz provar de forma “conclusiva que o território e espaço aéreo portugueses foram utilizados para transferir mais de 700 prisioneiros para serem torturados e detidos ilegalmente em Guantanamo Bay”.

Para chegar a esta conclusão, a ONG cruzou dados facultados pelas autoridades portugueses, informação do Departamento da Defesa dos EUA com as datas de chegada dos prisioneiros a Guantanamo e testemunhos de vários detidos. No relatório (ver relacionados no final deste texto), a Reprieve “detalha pela primeira vez os nomes destes prisioneiros e as suas histórias”

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1 Comments:

At 29 de janeiro de 2008 às 20:37, Anonymous Anónimo said...

A Reprieve, organização não-governamental criada por advogados, em 1999, para prestar representação legal a presos que enfrentam a pena de morte, divulgou hoje um relatório em que afirma ficar «claramente demonstrado» que o governo português teve «um papel de apoio de relevo» no transporte ilegal de 728 dos 774 suspeitos de terrorismo para o campo de detenção da base norte-americana de Guantanamo.

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, numa primeira reacção oficial mostrou-se muito indignado e afirmou: «Queremos dizer, de forma muito clara para que ninguém tenha dúvidas, que não aceitamos as conclusões deste relatório».

Bem podem berrar os governantes portugueses que felizmente há por esse mundo quem não deixe a culpa e a mentira passarem incólumes.
Desde o momento que este problema dos voos da CIA foi levantado que se notou o incomodo e a tentativa de esconder aquilo que realmente se passou.
Em nenhum momento as afirmações dos governantes foram credíveis.
A maneira como tratavam quem queria esclarecer a situação, nomeadamente a Ana Gomes, não deixava dúvidas que desejavam que o assunto fosse esquecido sem mais investigações.

Tudo isto se passou durante os governos do Cherne Barroso pelo que este mal-estar do PS sobre o assunto só demonstra que tinham conhecimento sobre o assunto e tinham dado o seu ámen a esta clara violação dos direitos humanos.

Na altura o Procurador mandou abrir um inquérito, mas como todos os inquéritos em que o poder pode ser comprometido, parece ter entrado no nevoeiro do esquecimento.

Este é um caso em que a verdade devia ser posta a nu e, a comprovar-se a mentira de quem negou conhecer a verdade, exigir a sua demissão.

 

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